León Trotsky, dirigentista contra-revolucionário |
DO DIRIGENTISMO BARATO E DO SEGUIDISMO
Muitos homens se tornam brilhantes oradores e desenvolvem capacidade espantosa de persuasão. Alguns tornam-se lideres de massas e outros dirigentes de comitês centrais. No entanto, acabam trilhando por sendas do orgulho e escorregam um degrau na escada da revolução, tornado-se dirigentistas. Eles se desviam do marxismo revolucionário e arrastam centenas de bons quadros revolucionários até o golfo do conformismo e do desculpismo. Eles são os demagogos da revolução. São na verdade mais perigosos do que os reacionários propriamente ditos. Tornam-se, em seu comportamento antagônico, um contra-revolucionário Eles transformam impetuosos soldados em seguidistas obscurecidos. Um revolucionário pode deixar ser um profissional em sua natureza profissional, e se tornar um artesão rebaixado em sua natureza, e à natureza de artesão por perder sua capacidade e autonomia de pensamento crítico por se tornar um seguidista. Isso é o pior que pode acontecer com um quadro.
Não são poucos os dirigistas pomposos que pousam de ideólogos, teóricos e formadores de opinião. Eles são quadros respeitados em suas agremiações partidárias e aparentemente possuem uma postura acima de qualquer suspeita. No entanto, em seu interior de revolucionário, a chama que brota não é uma labareda de madeira nobre, e sim apenas uma chama de candeeiro. Suas vidas pessoais estão engodadas e egoísmo, ambições pessoais e presunção. A arrogância teórica é seu prato predileto, e o despotismo, o leme de sua alma. Eles são os lobos vestidos de ovelhas. Apesar de conservar o espírito revolucionário, eles se desviam da consciência socialistas. Já conheci pessoalmente alguns.
Tanto nos partidos legalistas bem como nos clandestinos ditos revolucionários, encontramos figuras desvirtuosas como os dirigentistas. O que temos a lamentar é que os quadros em formação sofrem forte influência dessas figuras retrogradas, principalmente a deturpação da visão revolucionária. É preciso estar atendo para se fazer denuncias abertas e constantes depurações no partido, até mesmo dentro dos quadros superiores do comitê central. Lênin já advertia sobre a necessidade dessa depuração de tempos em tempos.
O companheirismo e lealdade são características de bons dirigentes |
Por esse e outros motivos, temos como missão primeira, de efetuar uma seleção meticulosa dos quadros que irão compor as fileiras do parido. Devem ser desprovidos de ambição pessoal, de arrogância e intolerância e individualismo. Devem ter a maestria e grandeza do companheirismo e da justiça. O verdadeiro dirigente revolucionário compreende os males do seguidismo e o condena abertamente. Porem necessitam, ter a mão firme da justiça diante das fraquezas do coração benevolente. Só assim teremos uma organização de revolucionários profissionais segura. E que marchará incontinente a passos largos ao triunfo da luta de classes.
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