Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 22 de janeiro de 2012

UMA PIADA DE MAU GOSTO

O circo da burguesia
O CIRCO DOS HORRORES
    Eu estava prestes a fazer umas considerações sobre um tema que pesquisava, quando me deparei com uma matéria jornalistica da Folha.com. A jornalista falava sobre o sucesso da sociedade brasileira, que conseguiu elevar o número de sua classe média para sessenta por cento da população. Isso de fato é espantoso. Só os países onde o capitalismo está mais avançado -chamados primeiro mundo-  e que baseiam sua manutenção e crescimento nas guerras de pilhagem, como vimos recentemente na Líbia, conseguem manter um padrão elevado de vida para sua população.
    Se considerarmos a matéria da jornalista Erica Fraga, e sabendo que a burguesia é formada por uma média de dez por cento da população, e tendo em sua órbita mais vinte por cento que formam uma classe média alta, restam setenta por cento. Segundo a matéria. baseada em estudo Data Folha, sessenta por cento ascenderam à classe média intermediaria. Isso nos leva a crer que apenas um, em cada dez brasileiros, está na pobreza. Curiosa contradição. Pois até mesmo a ciência capitalista, exige que haja de vinte à trinta por cento de pobres para manter o equilíbrio de sua natureza opressora e exploradora.
    As contradições da matéria não são menos curiosa do que a pesquisa. Em determinado trecho, ela fala que a "classe média  -dividida em seguimentos-  intermediaria possui 37 milhões de jovens de 16 anos ou mais com perspectivas educacionais mais elevadas", - como- "grupo que mais se expandiu no pais, só perdendo para os excluídos". Ora, se já observamos que segundo a análise, teríamos apenas um por cento de excluídos, como eles poderiam ultrapassar 37 milhões, e só de jovens, e de apenas um seguimento da chamada classe média? Um por cento de duzentos milhões de Brasileiros seriam apenas dois milhões. Ou a jornalista não sabe fazer cálculos, ou não entendeu a pesquisa.
    O economista Marcelo Neri (FGV), fala do aumento da renda da classe media. "Maior acesso ao credito". O distinto Economista, ou seria Economicista? Esqueceu de explicar que o "aumento da renda", etás consequentemente atrelada ao aumento dos preços, o que fica elas por elas. E que o aumento do consumo está interligado ao aumento do credito, e por conseguinte ao aumento do endividamento. Na continuação, a matéria fala da "posse de bens". Ela quis se referir ao consumo de aparelhos de Televisão, Computadores, Carros, Casas, etc..., pela dita classe media. Essa armadilha de consumo para "elevar o nível da população à classe média" e apresentar boas estatísticas, é importante para o sistema. Ela gera confiança no mercado e mantém um ciclo de crescimento e consumo. No entanto, vai desaguar no máximo em uma década na crise cíclica do capitalismo. Dai, a tal classe média que caiu na armadilha, vai chorar amargamente. Perdendo Casa, Carro, ou indo parar no Serasa com carnês e cheques em dívidas impagáveis. Ou pagáveis a preço de sangue suor e lagrimas.
    Esse é o circo da dos horrores da economia nacional. Pautada em frágeis princípios da moral consumista pequeno burguesa, que não se contenta em ser aquilo que é, ou será: o que não é. Em uma sociedade de classes dominada pelas Oligarquias Financeiras, Industriais, Latifundiárias, Politicas e Burocráticas.
    Para não da como certo o incerto, e se eximir de culpas futuras, a representante econômica dos assuntos estratégicos do governo burguês, Diana Grosner, se pronunciou da seguinte maneira: "Nós estamos tentando pensar em políticas que ajudem essas pessoas a não retornarem para a pobreza, porque esse é um risco", não é um risco é uma certeza. Basta olhar para a cries que jogou milhões de Americanos na miséria. o modelo é o mesmo: Ascender a classe do proletário, possibilitando legalmente a liberação de crédito para aquecer a economia, construir um endividamento insustentável até o blecaute. É uma irresponsabilidade jogar tantas famílias no precipício do consumo sem estrutura para se manter.
    A verdade é que temos um universo de mais de cem milhões de trabalhadores. Apenas trinta e cinco milhões em média, possui carteira assinada. A grande massa se espreme na divisão da informalidade e sem garantias do amanhã. Quanto aos excluídos, basta olhar para o crescente número de favelas nas grandes capitais do pais, incluindo Porto Velho em Rondônia. São mais de quinze milhões de famílias sem um teto  digo para morar. Chamar esse proletariado espoliado, desvalido e humilhado, de classe média, é puro sarcasmo político. É no minimo uma arrogância moral.
A ilusão de ser pequeno burguês
    Encarar a realidade objetiva da miséria que nos cerca, de frente, é de fato muito difícil. O sistema capitalista, que não á auto-sustentável, e está sujeito a crises cíclicas de super produção, não possui uma fórmula para resolver suas próprias contradições. O governo reformista da burguesia, necessita tergiversar constantemente as estatísticas; afim de manter o mercado aquecido, e o ciclo do consumo constante para não entrar em colapso. Sem um governo revolucionário pautado na seriedade do humanismo, não seremos capazes de olhar de frente a complicada tragédia humana que vive nosso pais. 
    Ate lá, vamos continuar rindo das piadas de mau gosto contada pelas instituições, como Data Folha e FGV. Por Jornalistas e Economistas irresponsáveis e sem compromisso com a verdade. Piadas, desde que não sejam de mau gosto, até que são bem vindas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

NUNCA HOUVE PAZ PARA A COREIA

Um povo marcado pela dor
A CONDENAÇÃO DOS CONDENÁVEIS

    Quando eu era adolescente, fui ensinado por líderes religiosos a não acusar as pessoas. Pelo simples fato de que, quando se aponta um dedo para alguém ou algo, você tem três outros voltados para você, te acusando de suas próprias falhas. Esse ensinamento até que me levou a acirrar a luta interna de minhas contradições e me tornou mais tolerante. Hoje consigo enxergar as criticas do mundo que me cerca de forma mais cética. Principalmente quando ela parte dos poderes constituídos da Burguesia mundial.
    A morte do líder Norte Coreano Kim Jong-II já era esperada. O velho líder sofria de complicações cardíacas. Cumpriu o seu papel, e passou para a história proletária mundial, garantindo o seu quadro com moldura dourada na parede dos imortais. Agora assume o seu filho, Kim Jong-Un, como líder de um povo sofrido, espoliado, e que tem em seu legado, um lamento. Um pranto de dor.
    Relembrando a História desse pequeno País da Península Coreana, fronteira com dois gigantes mundias Rússia e China, a Coréia  é em sua essência, uma nação de um povo valoroso, destemido e unido. Invadido pelo império Japonês, seu povo foi humilhado, escorraçado, estuprado e vendido como escravos. Quando as forças de resistências populares com o apoio da China e da Ex-URSS, expulsaram os invasores, veio então o massacre Norte Americano, que tinha grande interesse estratégico na região. No mesmo tom, e com o mesmo ímpeto, o pequeno povo resistiu valentemente até que foram vendidos em um acordo pelas potências nucleares vigentes da época. Assim, o cessar fogo teve como castigo a divisão das famílias em dois Países, em duas Nações.
    Sofrendo constantes ameaças de invasão por parte dos Estados Unidos, que mantém ao longo de suas fronteiras mais de quarenta mil soldados fortemente armados, a Coréia do Norte não viu outra alternativa senão construir um poderio militar desproporcional à suas condições financeiras e estrutural. Esse é o preço da liberdade que esse brilhante povo paga até hoje.
    Não é por acaso que o Japão e a América tem medo da Coréia. Eles sabem, e só eles sabem os sofrimentos que causaram e causam até hoje para este povo. As acusações de que o pais se fechou para o mundo, apontam três outros dedos para os EUA e Japão, que em sua hipocrisia, não admitem terem fechado o mundo para a Coréia. Tentam justificar a construção de armas nucleares para a própria defesa como o motivo para o isolamento. Os USA já violaram mais de quarenta acordos com a pequena nação, inclusive no envio de 50mil toneladas de petróleo em troca da paralisação do programa nuclear, que se deu em julho de 2007. São constantes as provocações Norte Americanas de violação do espaço aéreo, e incentivo à Coréia do Sul a instigar militarmente o Norte. Episódio mais recente foi visto quando do afundamento de um submarino Sul Coreano supostamente pelos Estados Unidos, que acusou o Norte pelo evento tentando abalar a paz na região. Especialistas Russos desvendaram a farsa.
    Em seguida o Sul mais uma vez em exercícios de guerra na fronteira do Norte, bombardeou uma ilha povoada matando dezenas de pessoa. Pyongyang respondeu a altura com centenas de misseis contrários. A imprensa Ocidental logo se apressou a tegervisar o incidente acusando de pronto o Pais Socialista pelo início do confronto. Um conflito armado entre as duas Coreias beneficiaria as empresas armamentistas Norte Americanas em lucros trílionários, e renovaria o capital do já agonizante sistema capitalista dos EUA, em constante crise. Além de tudo, a Rússia mantém na região um poderoso arsenal nuclear. Um conflito na península, seria a chance que os EUA buscam para manterem na fronteira da Rússia e China, uma vigilância permanente e próxima, com um poderoso arsenal de guerra. E com a benção da ONU.
Obama e a falsa moral
Americana
    Hillary Clinton, afirmou em discurso nada convincente, que os USA estão preocupados com a fome na Coréia do Norte. As dificuldades financeiras do pais, movida pelo embargo econômico são de fato preocupantes.  No entanto, a Nação possui uma população média de vinte e cinco milhões de habitantes, com justa igualdade na divisão da riqueza produzida. Acredito que devamos estar sim, preocupados com a fome em todo mundo; patrocinada pela concentração de renda do sistema capitalista. Inclusive dos cinquenta milhões de Americanos famintos. Os dedos da acusação apontaram cruelmente para a Secretária de Estado.
    Quanto as ogivas nucleares defensivas, da coreia, em nada se compara com as cinco mil, cento e treze, do arsenal dos EUA. Dez mil da Rússia. As trezentas da França. As duzentas e quarenta da China, cento e oitenta da Inglaterra. Oitenta de Israel. Oitenta da Índia. E setenta do Paquistão.
    Queremos um mundo livre de armas atômicas? Sim queremos. Mas enquanto os condenadores mantém seus arsenais pronto para atacar, não se pode proibir a Coréia de se defender. Neste caso, no tribunal da história, o accusatus in antecessum  é a única vítima, e os condemnare qui in antecessum, avocam para si a moral que não lhes pertence. Pois nada mais são, do que condenáveis.