Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A LIMPEZA ÉTNICA DA BURGUESA

A limpesa Étnica de Classe
O ODIOSO CARÁTER DE CLASSE

   A crise moral sistêmica que permeia o primeiro mundo, se estende de forma galopante para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Ela se torna moral pelo fato de estar inserida em sua natureza, contradições dos princípios burgueses de desenvolvimento humano. A teoria ainda não conseguiu provar na pratica, que o liberalismo, eleva o nível de qualidade de vida. Os resultados são alarmantes e assustadores, em se tratando de degeneração e desvios de comportamento social. 
   As consequências visíveis nos grandes centro urbanos, tem levado o governo burguês reacionário a intensificar a limpeza étnica de classe, já que a paisagem urbana choca além da classe dominante, pouco acostumada com a miséria, o proletariado que dela tenta fugir. O trabalhador enxerga no tenebroso e escuro esgoto social, o medo de um possível futuro seu, ou de seus familiares. 
   Ciente desse temor, a imprensa se aproveita para firmar posição, não apenas como alidada das classes dominantes, mas também se aproveita do sentimento de terror que paira no senso comum do seio social. O poder da comunicação leva a inverter o caráter humanista do pensamento. Conduz a uma aceitação do inaceitável, apenas por falta de mecanismos de defesa por parte dos aceitantes. Ver jovens e adultos doentes serem arrastados pelas ruas como animais sem vontade própria, parece já ser algo comum, e pouco comovente. Corriqueiro, apesar de anti-democrático ferindo o livre direito, e desumano.
   As garras do estado se mostram afiadas sempre que um evento de porte internacional se aproxima. No caso deste, a copa do mundo de dois mil e quatorze. A direita reacionária e a esquerda passiva, querem de fato limpar as ruas para que o primeiro mundo as veja como irmãs legitima de classe. Para que não sinta nojo de sua casa, e espera ser servida em uma visita reciproca, com uma taça de Romanée-Conti.
   As elites através de seus gerentes políticos, segrega os excluídos, e mostram seu verdadeiro caráter de classe. Depois de ter consolidado o poder com os sucessivos governos, a classe dominante e conservadoras, conseguiram nas grandes capitais do pais, maquiar o triste quadro de degeneração humana. Homens, mulheres e crianças, que o pai do capitalismo, Adam Smith chamou de exército de reserva. Esta parcela de trabalhadores, ao se degenerar com as contradições da produção, se tornam o que Karl Marx chamou de lupem proletário. Primeiro foram os camelos,  esse grande exercito de profissionais, subjugado sob a mira das armas. Eles foram expulsos de seu meio de trabalho e jogados em grande parte no golfo da miséria sócio emocional. Acabaram tornando-se pate do lupem. Os dependentes de drogas que formam um câncer, produto do capitalismo, do estado repressivo e segregador, da exclusão, agora são perseguidos e jogados em masmorras sociais. De onde fugirão na primeira oportunidade. O que  temos visto recentemente pelos suportes de comunicação de massa, são apenas o princípio das dores, do que o estado democrático burguês  tem reservado para o exército de reserva do proletariado, em se tratando de fascismo.


Filósofo Slavoj Zizek.O retorno
 ao comunismo como salvação humana
    Slavoj Zizek, filosofo contemporâneo, em sua visão de mundo, afirma: "O sistema capitalista global aproxima-se de um ponto zero apocalíptico. Seus “quatro cavaleiros do Apocalipse” são a crise ecológica, as consequências da revolução biogenética, os desequilíbrios do próprio sistema (problemas de propriedade intelectual, a luta vindoura por matéria-prima, comida e água) e o crescimento explosivo de divisões e exclusões social". Em sua saga pelo mundo, prega o retorno ao comunismo. Ele afirma que é a única forma de se dirimir as diferenças e salvar a humanidade. No entanto, ele não deixa claro a estrada a seguir, em detrimento de Karl Marx. Como o filosofo não aponta uma teoria concreta e apenas conjectura um modelo de sociedade. O velho Marx e suas teorias revolucionarias, e a ditadura do proletariado, ainda parecem ser a mais objetiva prática em sua forma, de libertar o trabalhador do longo ciclo de escravidão humana.
    Eu respeito a obra de Zizek enquanto pensamento, mas a rejeito enquanto princípio. Pois a dialética histórica  tem provado que a único método em que a burguesia reacionária se sujeita para romper com o sistema de exploração humana, é a tomada violenta do poder.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MARINA SILVA E A BURGUESIA

O PARTIDO REDE SUSTENTABILIDADE

    Os mais velhos sempre diziam: Se conselho fosse bom, não se dava, se vendia. Em se tratando de política: se partido fosse bom para o proletariado, apenas um bastaria. A diversidade de siglas em nada tem favorecido ao trabalhador, e muito menos a suposta democracia.
Marina Silva e a hipocrisia da
 Social Democracia Alemã
    Formar um partido politico no sistema vigente mão é um fator ou causa ideológica, é puramente oportunismo politico e econômico. Uma legenda por menor que seja; no caso do PRS (possível sigla), que não será "nem a favor e nem a contra ao governo" (nas palavras da própria parlamentar), tem um valor venal. Pode ser trocado ou alugado por posições ministeriais, ou até mesmo dinheiro vivo.
    Marina Silva não é flor que se cheire. Aliada da burguesia nacional, com um discurso social democrata, ela ganha a simpatia de parcela do proletariado. Especialmente do norte do pais. Sempre que se dirige ao trabalhador, usa seu passado pobre para tentar uma identificação de classe, no entanto sua realidade objetiva tem outro caráter classista. Ela ascendeu da pobreza para a pequena/média burguesia. Por esse motivo, tal qual o Lula e Dilma, já não representa mais o interesse dos trabalhadores, e sim de sua própria classe.
    Pulando de galho em galho partidário, a Senadora pretende ter sua própria árvore. Pregar seu quadro na parede negra e suja, da história política-Burguesa-Brasileira. Seguindo a orientação à risca da cartilha escrita por seus antecessores, ela defendeu em São Paulo, "um novo pacto politico". Este modelo desgastado e ultrapassado de ideologia conciliadora, já não comove tanto, e não traz alento aos que sofrem da exclusão social. Até porque em uma sociedade de classe, onde há um antagonismo operante entre as classes, não tem como haver um pacto honesto. O filé ficará sempre com a classe dominante. A não ser que o pacto a que ela se refira seja para garantir sua parcela.
   Ela também salientou em palestra que "o estado pertence aos partidos e cada um tem uma parte". Talvez seja isso que a Senadora e sua camarilha pretenda. Pegar a sua parte que está nas mãos das outras siglas. 
    Eu prefiro estar entre os céticos que observam de longe, os gladiadores da bondade e das soluções. Fico também a me perguntar: Se nós proletários somos o objetivo de todos esses projetos que a burguesia coloca na mesa, por que não nos perguntam como, quando, e qual a forma que almejamos, para que seja conduzido nossos interesses?
    Entre o idealismo de Marina e seus pares, fico com a máxima de Josef Stalin: "Para não nos enganarmos em política, é preciso sermos revolucionários e não reformistas".

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A CONDENAÇÃO DE RENAN CALHEIROS

Renan. A irônia de um burguês
ATÉ ONDE ELE É CULPADO

   Conheci Renan em São Luiz do Quitunde,  Alagoas, por volta de noventa e quatro, em sua campanha para senador. Ele pediu meu voto apertando a minha mão como todo político jovem e entusiasmado. Já era figura de renome nacional. 
   Renan é um produto elaborado e moldado do sistema. Soube se inserir dentro do processo político burguês. Tornou-se um representante importante para as Oligarquias Brasileiras. Aprendeu desde cedo que precisava construir uma reserva estratégica para seu clã político, e não fez falsa modesta na busca de sua excelência. Entendeu que a corrupção é parte  integrante do processo, e os inimigos podem ser fortes aliados,
dependendo da realidade objetiva do momento. Agora de volta a chefia do Senado, um forte turbilhão de protestos tentam retira-lo da
 liderança da casa. 
   Porque condenar Renan? Ele é apenas parte de um processo de mudança degenerativa sistêmica, e ao mesmo tempo, de mudança qualitativa. No sentido de acentuar a contradição democrática e o antagonismo de classe. Ele não é culpado. No sentido de estar trabalhando para o seu próprio beneficio.  Um direito humano e individual de cada ser. O sistema exige dele o fortalecimento do seu status quo, a construção e manutenção de seu clã, e enquanto ser, ele age corretamente em beneficio de sua própria existência. Não faria diferença se fosse Cristovam Buarque ou Pedro Simon. Ou até que fosse qualquer ficha limpa. O fato se ser limpo porque conseguiu ludibriar, ocultar ou prorrogar o exame de seu papel higiênico, não faz do sujo um limpo. Até porque o complicador está no sistema o não no individuo.
   Matar Renan por exemplo, se fosse o caso, não abalaria a estrutura sistêmica. Um outro tão ou mais corrupto assumiria a liderança. Por esse motivo ele deve ser absolvido das condenações subjetivas. Por outro lado, deve ser condenado pela historia enquanto individuo coletivo. Ele foge do principio da dignidade da renuncia. Renuncia da quebra das correntes do continuísmo que impede a felicidade humana, e  aumenta a contradição entre os homens. Da escravidão assalariada, e do derrotismo da alma e esperança proletária.
    Toda essa euforia das masas de nada serve se não for canalizada para um processo revolucionário. Por uma organização partidária de vanguarda. Pelo simples motivo de que já tivemos euforias maiores e muito pouco resolveu, ou se traduziu em mudanças objetivas para uma melhora qualitativa ao proletariado.
As massas estão de fato em busca de resposta. Mas não possuem uma direção de vanguarda  revolucionária, à altura. Estão perdidas, desorientadas em seu espontaneísmo.  Seu norte desvirtuado pelo ópio da alienação. A conjuntura, não permite pelo operantem modus,  mudanças significativas, enquanto revisionista.
   O protesto é uma doença. Ambas as classes sociais possui esse vírus benéfico. O que diferencia as sequelas é sua forma social de atuação; que ao se espalhar como um câncer pela sociedade, define o resultado final do paciente. Do lado burguês, ele é silencioso e acontece nos gabinetes e tem como resultado lucros financeiros ou políticos. Do lado proletário, se manifesta nas veias das avenidas com faixas. Seu resultado, se for tratado com o remédio da dialética cientifica,  é uma mudança revolucionária radical na sociedade. 
     O movimento das massas é acelerado por três motivos: Pode ser Cientifico, Espontâneo ou Fanático.  O que é realizado contra Renan não me parece um movimento cientifico, pelo simples fato de não esta sendo encabeçado por uma vanguarda revolucionária. Não me parece ter sido feita uma  análise cientifica  do curso seguido e de seus resultados práticos. Não me parece ser espontâneo porque não nasceu de uma indignação proletária, por danos causado a classe ou ao individuo, e sim no cume da disputa intra-classe burguesa. O mais provável é que ele seja de origem fanática. O fanatismo se origina na dedicação de uma causa sem conhecimento da causa. Isto é algo comum dentro da disputa da consciência. Uma parte da massa mais eufórica vai à reboque da agitação midiática sensacionalista. Até se confunde com  um movimento espontâneo pelas suas características de mobilização. Ao disputar e ganhar a consciência, o vencedor tem a comoção e a fúria dos já vencidos pela ignorância.
     A grande bandeira do movimento na internet, e um pouco nas ruas, é de acusação de desonestidade por parte de Renan Calheiros. Sejamos objetivos, não existe ninguém honesto. A honestidade do homem esta estritamente intrínseca a sua realidade objetiva e a sua subjetividade. Ele é honesto enquanto lhe for conveniente. No momento da contradição ele o deixa de ser. Então, ser honesto é diferente de estar honesto no momento em que lhe convém. Fora disso, é pura hipocrisia tal qual os princípios operantes da moral social pequeno burguesa. Nesse norte, Renan não se diferencia do proletário João ou do burguês José. Ou até mesmo de qualquer outro  que o ouse criticar. Se existe algum principio em voga, da riqueza no sistema democrático burguês que não seja a desonestidade, que o proclamem. Esse conhecimento  é até do meu interesse. Quem nunca foi desonesto em algum momento da vida profissional, social emocional ou amorosa, que atire nele a primeira pedra.
O fanatismo das massas
    Nós temos uma forte tendência a ter uma visão romântica da vida. Não e culpa nossa. Foi o processo alienatório que nos levou a esse norte. A escola, a Igreja, a ética..., enfim. Foram os mecanismos e princípios de persuasão que nos tornou assim. Se tentarmos moldar um boneco de barro saturado, ele ira quebrar-se em dezenas de pedaços, ao passo que isso só sera possível enquanto argila. Precisamos cuidar da próxima geração com um novo sistema.
    Tratando-se de uma conjectura, sou defensor da retirada de Renan do poder,  juntamente   com a queda    do seu        sistema. Destruí-lo individualmente, só   iria construir anticorpos   para o fortalecimento  e construção  de novas  artérias para a manutenção da exploração  proletária.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O LIXO O PREFEITO E O DEPUTADO

O falso antagonismo do Deputado
Hermínio Coelho

O FALSO ANTAGONISMO

  Hoje eu não fui trabalhar. São dias difíceis para um pintor em porto velho, com toda essa chuva caindo. Por esse motivo aproveitei para fazer algumas considerações sobre à polêmica CPI da coleta de lixo na cidade.
    O capitalismo e um sistema predador por natureza. Tem-se registro de suas atividades e nascimento por volta do seculo XVII, com o "cercamento" de propriedades na Inglaterra, que por sinal viveu as primeiras experiências brutais e caóticas desse sistema. Uma desses experimentos foi a criação das PPPs. (parceria público privadas), isso foi à cem anos. O projeto foi abandonado porque não trouxe resultados satisfatórios para a sociedade Inglesa. Ele foi retomado  na década de noventa, por força de domínio do liberalismo econômico.
    Esse modelo de administração foi criado para favorecer parcelas da burguesia empresarial descontente com a divisão do butim pulico, e também como forma de fortalecer o caixa dois das classes dominantes. A experiência tem mostrado que o fluxo de capital destinado a esse modelo administrativo tem crescido em detrimento dos benefícios que eles auferem ao trabalhador. Seja no abastecimento de água, transporte, coleta de lixo, luz, telefone e diversos outros segmentos do serviço público. 
    O fato curioso desse modelo, é que ele tem um ciclo etapista de vida. Primeiro: a parcela da burguesia que esta na administração do erário público, contrata a empresa "vencedora da licitação". Segundo: a outra parcela burguesa que se encontra na "fiscalização" das atividades, vê e deixa rolar até o ponto em que lhe é negada a participação nos lucros escusos da licitação. A terceira e última é a Reação Relativa: Onde a parcela descontente -mas sem querer romper o diálogo de uma vez- com a negação da participação das propinas, solta um grito pelos ares tentando fechar a porta por onde corre dos louros dos beneficiados. E lógico, com o único intuito de ser chamada para a uma "conversa", ainda que em menor parcela. 
   Quando o "diálogo" não acontece, então as instituições públicas e populares, bem como a lei são convocadas como aliados, mesmo com todas as suas contradições. É no momento em que os defensores da "boa fé e moral social" como o deputado Hermínio Coelho, - que provavelmente não foi convidado para a "conversa" no ato da assinatura do contrato da empresa coletora de lixo Marquise -; por não pertencer a parcela burguesa contratante, e que se faz representar o povo, por ter sido referendado por uma cédula de votação e adquirido um mandato de fato, e não de direito. Pois sua representação está nas urnas alienatórias, aliciatórias e obrigatórias. E não no seio das masas proletárias, de onde emana o verdadeiro poder.
     Esse tipico modelo de representante burguês, quer dar a entender ao trabalhador que está alerta, que sua prontidão na defesa dos interesses públicos estão acima de qualquer classe. Mentira! não existe antagonismo entre o Deputado, o Prefeito e o grupo de Vereadores que desejam a revogação do contrato. O que levou a essa briga foi puramente um conflito de interesses intra-classe. E vou até mais longe, não há nem mesmo antagonismo entre a Marquise e os nobres Vereadores, bem como o prefeito eleito Maruo Nazif. Ambos pertencem a mesma classe dominante! Só estão desafinados no que diga respeito ao "diálogo". É como uma luta pela reserva de mercado.
    É até possível que esse contrato com a empresa seja revogado, mas é pouco provável. Até porque o problema não está na empresa e sim no sistema. O poder público foi constituído para administrar e não para terceirizar. Se assim fosse, não precisaríamos de representantes públicos, constituiríamos um estado empresarial. Nesse caso, a contradição continuaria, porque o empresario cuida por natureza dos seus próprios interesses.
    No caso da revogação do contrato, uma outra empresa  ligada ao atual grupo gestor irá ganhar a "licitação" e prestar os serviços. O Presidente da Câmara Municipal Alan Queiroz já deu um norte para o desfecho do complicador:  "Se existe a insatisfação do município, do povo e até da Empresa, que alega que está tendo prejuízos, a ponto de pedir realinhamento de preço e aditivos, que se rompa o contrato entre as partes".  Ele fez questão de frisar a palavra "prejuízo", "realinhamento de preço", e "aditivos". Trocando em miúdos, ele começa a preparar a alienação da sociedade para aceitar que a nova empresa receberá do trabalhador -que não poderá opinar- um preço bem acima do que é pago hoje, para coletar seu lixo. A nova empresa no caso, prestará um bom serviço por alguns meses, e a mesma contradição se revelará no futuro.
Os desvios da coleta de lixo privada
    O falso antagonismo demonstrado pelos Vereadores, ao Prefeito licitador e a empresa Marquise, bem como a CPI, é puro teatro circense. O burguesia a que eles pertencem, continuara a lutar para manter firme o sistema que possibilita a Marquise ou outra qualquer empresa a drenar o erário público para o bolso de parasitas críticos, ou criticados  que estão hoje no poder e que estarão amanha.
    Para o proletariado de Porto Velho, não há diferença entre o Lixo coletado pela Marquise, o Prefeito e o polêmico -enquanto nobre- Deputado.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A BATALHA QUE ALTEROU O MUNDO

O sacificio do Socialismo para libertar o
mundo do Nazismo
O VERDADEIRO DIA "D"

 Na Rússia comemora-se o septuagésimo aniversário da vitória na batalha de Stalingado. O dia 2 de fevereiro é considerado ponto de viragem no desenrolar da Grande Guerra Patriótica. Precisamente na batalha de Stalingrado o exército alemão-nazista sofreu uma derrota e o Exercito Vermelho deu início à sua marcha vitoriosa a partir das margens do rio Volga libertando não somente a Europa, mas também o mundo inteiro do nazismo.
    Na terra de Volgogrado veneram piamente a façanha dos defensores de Stalingrado. A vitória na batalha de Stalingrado, que se deu a 2 de fevereiro de 1943, equivale em importância ao Dia da Grande Vitória, festejado em 9 de maio de 1945. As cerimônias solenes, dedicadas ao septuagésimo aniversário da derrota dos fascistas nas margens do rio Volga, começaram em Volgogrado bem cedo com a deposição de coroas e de flores junto do Fogo Eterno na alameda dos Heróis, situada no centro da cidade. Os presentes baixaram as cabeças e observaram um minuto de silêncio honrando a memória dos que morreram nesta batalha. A seguir na praça de Combatentes Tombados foi realizada uma parada militar, da qual participaram mais de 600 soldados, oficiais, cadetes e alunos de ginásios militares. Desfilaram solenemente três unidades de gala – os marinheiros, os aviados e os fuzileiros, vestindo os uniformes históricos da época de guerra. A parada foi encabeçada por um tanque lendário T-34.
Stalingrado – a Batalha Final
     Os veteranos da Grande Guerra Pátria e defensores de Stalingrado assistiram à parada com os olhos cheios d'agua. Eles vieram de diversas regiões da Rússia, assim como da Ucrânia, Bielorrússia e Armênia. “A batalha de Stalingrado tornou-se um ponto de viragem não somente da Grande Guerra Patriótica: ela determinou o destino de todos os povos do mundo”, disse Svetlana Safonova, presidente do Conselho de veteranos do Qüinquagésimo Primeiro Exército na Crimeia.
     “Este foi o ponto final da guerra. Se não fosse a batalha de Stalingrado, não se sabe, o que seria. Os alemães iriam penetrar no Cáucaso, tomar jazidas de petróleo, e creio que nós simplesmente deixaríamos de existir. A guerra foi parada precisamente aí. Ninguém sabe, quanta gente morreu aqui. Como era vergonhoso o aspecto de Paulus, e dos alemães – esfarrapados, famintos, gelados, mal conseguindo mexer-se.”
Stalingrado: o gosto da vitória
     A batalha de Stalingrado prolongou-se por mais de meio-ano. Os soldados lutavam por cada rua, cada casa. A famosa casa de Pavlov resistiu ao lugar durante 58 dias. A cidade foi reduzida a um montão de ruínas. Combates especialmente encarniçados eram travados pelo Mamaev Kurgan, o ponto mais alto da cidade. Nesta terra jazem os restos mortais de dezenas de milhares de soldados que tombaram na batalha. O total de perdas humanas de ambas as partes ultrapassa dois milhões de homens.
     Por ocasião do septuagésimo aniversário da batalha de Stalingrado, no cemitério memorial do Mamaev Kurgan ao pé do grandioso monumento Pátria-Mãe, foram instaladas mil e quinhentas lápides de mármore negro, em que estão gravados os nomes de 17 mil soldados e oficiais, mortos na batalha de Stalingrado.
     São unidades de busca que ajudam a recuperar os nomes dos soldados que tombaram nesta batalha. Trata-se de um trabalho meticuloso e pesado – é preciso escavar a terra e revirar documentos nos arquivos. Este trabalho é difícil não somente no plano físico, mas também moral, diz Svetlana Pervukhina, representante da organização juvenil social de Volgogrado “Busca”.
     “Temos crianças na idade a partir de 14 anos que trabalham conosco e cada uma delas reconsidera totalmente a situação. Os avôs e avós de todos lutaram e falaram-lhes da guerra. Mas somente quando a expedição concluiu o trabalho e foram acesas velas em homenagem a todos os soldados, cujos restos tinham sido encontrados, somente aí eles compreenderam que estes soldados eram os seus coetâneos, talvez um pouco mais velhos ou mais jovens. E os olhos dos meninos encheram-se de lágrimas. A nossa busca é um trabalho difícil mas, ao mesmo tempo, é grato.”
 Ano 2012 – momento histórico para os povos da Rússia e do Brasil
     A batalha de Stalingrado serviu de tema para milhares de livros, dezenas de milhares de artigos de jornais e revistas, para filmes e para canções. Mas mesmo assim muitos aspectos da batalha ainda continuam desconhecidos. Os participantes da conferência científico prática internacional “Batalha de Stalingrado nos destinos dos povos” tentaram lançar luz sobre estas páginas obscuras da história. Os pesquisadores da batalha de Stalingrado, o pessoal de arquivos e museus, alunos das escolas superiores e dos cursos de pós-graduação de Volgogrado prepararam informes sobre a atividade de guerrilheiros, sobre as façanhas laborais dos defensores de Stalingrado. A derrota de um dos maiores e mais poderosos exércitos alemães nas margens do rio Volga foi mérito de milhões dos soviéticos que lutaram na frente de batalha, ou trabalharam na retaguarda, afirma a historiadora Elena Tsunaieva, co-autora da enciclopédia histórica “Os defensores de Stalingrado e a batalha de Stalingrado”.

     “Este é um dos ramos da ciência histórica que consiste em que através da “micro-história” faz-se uma tentativa de mostrar os processos enormes no pais, mostrar através de biografias das pessoas como o país trabalhava. A ideia da enciclopédia biográfica visa precisamente isso. Mostrar o trabalho heróico, por exemplo, de uma professora, um aceiro, ferroviário ou arrumadeira de uma empresa que participou da evacuação desta empresa para outra margem do rio Volga. Portanto, o destino de uma pessoa serve de lente através da qual se mostram todos os esforços, por mais pequenos que sejam, que formaram, afinal, a vitória.”
Stalingrado. A mãe de todas as batalhas
     Stalingrado continua sinônimo da enorme coragem e firmeza dos soldados soviéticos e da derrota dos nazistas. Esta vitória foi eternizada nos nomes de ruas e praças de Paris, Bruxelas, Milão e outras cidades da Europa. Esta batalha alterou o mundo. Os historiadores afirmam que em Stalingrado se deu a reviravolta moral na guerra. Esta vitória inspirou as forças anti-hitlerianas do Ocidente e não deixou que a guerra se alastrasse mais para o Leste.


Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_02_03/A-batalha-que-alterou-o-mundo/

domingo, 3 de fevereiro de 2013

MASSACRE EM CONNECTICUTE

Obama. Dirigente de um Império terrorista

    O EFEITO BUMERANGUE
  O bumerangue é uma arma de arremesso, confeccionada de madeira escavada e em forma de arco, utilizada pelos indígenas australianos. Quando atirada, descreve curvas no ar e volta ao ponto de onde saiu. O efeito bumerangue é, justamente, essa volta da arma para a pessoa que a arremessou.
    É impossível olhar para o ocorrido na escola Sandy Hook em Connecticut, onde pereceram 26 vidas, a maioria crianças entre 6 e 7 anos, e não pensar exatamente num bumerangue. Principalmente se observamos o fato através da cobertura sensacionalista que dele se faz, destacadamente a repetida imagem de um Barack Obama “consternado e abalado”, falando “como pai e não como Presidente”.
    É indiscutível o sentimento de horror e profunda dor que causa a morte de crianças absolutamente indefesas, que brincavam num dia comum em sua escola. Também é indiscutível que em meio à barbárie temos revigorada toda a grandeza da classe trabalhadora, quando vemos uma professora que trancou seus alunos num armário e se colocou como escudo entre o armário com as crianças e o atirador, ou a diretora da escola que, desarmada, correu em direção ao assassino para deter a matança. São atos de inequívoco heroísmo.
     Mas será que a vida dessas crianças de uma pacata cidade norte-americana vale mais que a das milhares de crianças palestinas assassinadas e/ou estropiadas pelos bombardeios covardes do Estado nazi-sionista de Israel, com apoio irrestrito dos Estados Unidos? Será ainda que as outras milhares de crianças assassinadas no Iraque ou no Afeganistão, ou seqüestradas e transformadas em escravas sexuais em bases militares da OTAN, não merecerão também o mesmo destaque na imprensa e as mesmas lágrimas?
    Na verdade, todo o tempo a cobertura dos monopólios de imprensa tenta apresentar o fato ocorrido em Connecticut como algo quase sobrenatural, sem explicações plausíveis e que une a todos como “seres humanos”, como se sentimentos não tivessem classe. Ocorre que é justamente a classe dominante em cada país, e o imperialismo a nível mundial, quem mais relativiza os sentimentos chamados universalmente de humanos: a morte de um pobre pela polícia nas periferias jamais terá o mesmo tratamento que a morte de uma criança da chamada “classe média”, assim como a morte de crianças no “longínquo” Oriente Médio não ocupará jamais o mesmo espaço que a de pobres crianças norte-americanas. É como se uns fossem humanos e outros não; a morte de um igual causa dor e choque, a morte de um diferente, seja por ser pobre, bárbaro ou “racialmente inferior”, será apenas “efeito colateral” do “necessário” combate ao narcotráfico ou ao terrorismo. Basta reparar que das crianças assassinadas em Connecticut vemos repetidamente a projeção de suas fotos e os seus nomes, portanto, há individualização. Quando se trata, entretanto, de massacres de populações civis perpetrados por tropas invasoras ou por bombardeios –como aqueles revelados pelo Wikileaks –se há notícia, jamais é acompanhada por fotos e, menos ainda, pelo nome das vítimas, ou seja, não realizada a individualização a morte brutal permanece abstrata, facilitando a atitude de indiferença.
    Há, entretanto, uma distinção fundamental entre os massacres cometidos por fanáticos e que se repetem no interior dos Estados Unidos e os massacres efetuados pelas hordas assassinas das forças armadas desse país: num caso são indivíduos perturbados mentalmente, eles mesmos produtos de uma sociedade que cultua em alto grau o individualismo e a força bruta; no outro caso são coletividades sistematicamente treinadas e doutrinadas para se desumanizar, apetrechadas com os equipamentos mais modernos de destruição e morte, cobaias de experimentos psicológicos com estimulantes e música pesada.
   O efeito bumerangue: Há quase cinqüenta anos um estudioso do complexo industrial-militar norte-americano escrevia: “A muleta do Estado militarista é a propaganda. Temos de ser ensinados a recear e a odiar, ou não aceitaremos regimentar as nossas vidas, a suportar os enormes encargos de impostos ainda mais pesados para poder pagar o ainda mais dispendioso equipamento militar, e teremos de o fazer à custa de programas domésticos como a assistência médica, a educação e os desenvolvimentos urbanos de higiene. Como Goebbels tão bem demonstrou sob a direção de Hitler, a propaganda é a arte de induzir convicções; e se a propaganda for suficientemente estridula, se transmitir a sua mensagem com uma repetição interminável, o público pode ser levado a acreditar em qualquer coisa que o governo deseje que ele acredite. No final, o que começara por parecer completamente ilógico, virá a parecer o ideal do bom senso”.1
   Na verdade, o Estado imperialista norte-americano é exemplo acabado de militarismo e fanatismo religioso, como talvez jamais tenha existido sobre a Terra. Até a década de 1990 era o anticomunismo a religião oficial do Estado; agora é o combate ao “terror”. Sabe-se, por exemplo, que o cinema norte-americano tem na origem de sua expansão a aquisição pelo Pentágono do estúdio cinematográfico Paramount, às vésperas da II Guerra Mundial. É, portanto, inevitável que essa propaganda sistemática do ódio racial, do sentimento de superioridade que emana “diretamente de Deus”, da defesa da supremacia mundial, exercida para justificar a opressão brutal sobre outros povos, retorne exatamente como bumerangue, causando efeitos internos como os massacres que se repetem em escolas norte-americanas.
    Mesmo o papel da livre compra e venda de armas deve ser entendido sob essa ótica: os Estados Unidos não são, definitivamente, o único país do globo terrestre em que a população tem acesso legal a armas de fogo. O problema é que essa “liberdade” de comprar armas está de fato associada, nesse país, à ideologia militarista-imperialista, à luta contra o suposto “terrorismo” que pode aparecer um belo dia não se sabe bem vindo da onde, ameaçando a hegemonia e os lares do “povo escolhido”. Há ainda um outro aspecto: ninguém duvida que pessoas que cometem atrocidades como o assassinato em massa de crianças indefesas só podem ser completamente insanas. Evidentemente não é o conteúdo violento de jogos e filmes que levará, por si só, pessoas a cometerem atos atrozes como um massacre. Há determinadas pessoas que, doentes, serão mais suscetíveis a determinados estímulos do que outras.
    Ocorre que o próprio sistema de saúde Estado-unidense, inteiramente privatizado, é completamente incapaz de oferecer tratamento a pacientes que sofrem de doenças psiquiátricas crônicas. Em 1963 o então presidente norte-americano John Kennedy assinou uma lei de desinternação de doentes psiquiátricos, lançando-os simplesmente na rua sem nenhum apoio público. Desde então, jamais o sistema de tratamento de doenças mentais tem sido rearticulado –existe apenas para quem pode pagar, e pagar caro.
Vitima do massacre em gaza pelo terror sionista
    Trata-se de um fato: o imperialismo norte-americano, inimigo número 1 da Humanidade, é inimigo também, naturalmente, do seu próprio povo. Já Marx e Engels sentavam, há 150 anos atrás, que não pode ser livre um povo que oprime outros povos. E por mais chocantes que sejam os episódios de massacres como esses em Connecticut, diante do morticínio causado pelo imperialismo ianque e seus sequazes no mundo, não passam de gotas d’água num vasto oceano.

*Fonte: www.mepr.org.br