Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O EMBUSTE DO SUFRÁGIL UNIVERSAL

"As três maiores frações do capital que disputam o gerenciamento do estado burguês, não ousam colocar em pauta as contradições sistêmicas, como a relação de produção, o controle de capitais, a reforma agrária e o peso do Estado no bolso do proletariado."

PARA QUEM ELES CORREM

Para entendermos o propósito das eleições presidenciais deste ano, precisamos entender duas coisas: O que é, e o que representa o Estado e a Democracia.

Quando o homem moderno nasce, ele jé é incluído no processo de alienação social no primeiro gole do colostro. Em seguida, o processo avança para a construção da consciência, de que o mundo e as coisas foram, são e serão assim mesmo, e que o melhor é se conformar e se adaptar ao que ele encontrou. Na terceira fase da alienação, ele vai se dar conta de que existe uma instituição que está acima da sociedade, mas não nasceu dela, e sim de contradições de relações que ele não compreenderá porque o próprio Estado não tem interesse em educar.

Este Estado será sempre uma instituição da classe econômica e politicamente dominante. Ele é um instrumento de exploração do trabalho assalariado pelo capital. Para Marx e Engels,  "O Estado é um produto e a manifestação do antagonismo inconciliável das classes...um órgão de dominação de classe, um órgão de submissão de uma classe por outra." O instrumento de alienação de massa que ele, o Estado utiliza para justificar seus atos criminosos contra a maioria proletária, é a democracia representativa. E o mecanismo democrático burguês é o sufrágio universal.

É sob a bandeira deste modelo democrático que se desenvolvem os climas de guerras globais, a exploração humana e a escravidão assalariada. É sobre este mesmo pendão que se evolui o caráter repressivo das contradições no seio da sociedade, atenuado exatamente pelo sufrágio universal. É nesse universo de vergonha e aparência democrática que se impõe o engessamento do pensamento, da condenação moral e constitucional da luta de classes. E se desenvolve em tempo, um padrão ecumênico de paz social.

Com isso, a cada quatro anos, a classe dominante fracionada entre oligarquias financeiras, industriais, agrarias e burocráticas, começam a corrida pelo trono presidencial. Os primeiros colocados este ano, são: Dilma Rousseff atual presidente. Surgida das forças populares do PT, que descarrilhou para o revisionismo. Marina Silva, que surge como negação da negação sistêmica. E Aécio Neves, que é a esperança de retorno da direita reacionária derrotada por Lula, à doze anos.

Nessa corrida que nada tem de maluca, cada qual busca em seu Sine Qua Non, os interesses fracionados das oligarquias que representam. Por esse motivo, a cautela é importante no momento de expor o programa que não será cumprido. As três maiores frações do capital que disputam o gerenciamento do Estado burguês, e possuem ligações orgânicas históricas, não ousam colocar em pauta as contradições sistêmicas, como a relação de produção, o controle de capitais, a reforma agrária e o peso do Estado no bolso do trabalhador.

Por essas e outras, é que o elemento ativo do proletariado precisa superar o obscurantismo do idealismo cotidiano, e se abstrair na atual condição histórica. Sem entrar em desacordo entre o sonho e a realidade, deve estabelecer como tarefa imediata, a quebra do elo de alienação sistêmica da ideia de um Estado imutável. Deve utilizar o seu voto para anular o sufrágio universal. Exigir a supressão das despesas de representação parlamentar que chegam a duzentos e cinquenta bilhões de reais em todo o pais. Sessenta bilhões com a magistratura. E mais de dois trilhões em dívida pública, que financia o luxo da fração burguesa do capital especulativo. Este modelo de Estado em decomposição é insustentável, e deve ser superado e trancado a sete chaves no museu da história, para nunca mais ressurgir.

sábado, 23 de agosto de 2014

MARINA SILVA

"Devemos elevar o partido a altura da tarefa histórica que lhe está reservado."

DA ORIGEM CAMPESINA À DEMAGOGIA BURGUESA

Dois mil e quatorze não serão diferente de dois mil e dez, muito menos de outros anos em que se referendou um representante do capital como dirigente máximo, do Brasil. Os representantes da burguesia internacional e nacional, não estão interessados em saber se seu gestor em Brasília será uma mulher, um negro, um gay, ou um hétero. Para eles não importa se sua origem é campesina ou proletária, se pequeno, médio ou grande burguês, desde que siga a cartilha da mais valia, e claro, não seja revolucionário.

Talvez seja por esse motivo, que a mais nova namorada de uma fração que compõe uma certa força dentro do sistema, seja uma antiga campesina que ascendeu de classe, e ficou entre a pequena e média burguesia. Marina Silva nascida no Acre, filha de seringueiros, já teve um discurso sincero quando de sua luta no campo. Hoje se tornou a menina dos olhos das elites, e uma opção para esse grupo que está com a imagem desgastada. Ela segue rezando a cartilha de uma camarilha impiedosa, pelas tortuosas sendas dos mares revoltos da demagogia.

Os elementos ativos do sistema, que em conjunto, compõem a vanguarda reacionária, são nada mais que fração de toda uma classe que se digladiam entre si, a fim de assumir a direção da relação de produção da força de trabalho, de milhões de proletários e campesinos. Convém lembrar que eles nada mais são do que instrumento da democracia burguesa. Por esse motivo, nós revolucionários temos como incumbência a tarefa imediata, de desmentir as promessas que não serão cumpridas e denunciar a fraude do sufrágio universal. Marina, Dilma e Aécio, possuem ligações orgânicas ideológicas que nas atuais condições históricas levarão o proletariado ao continuísmo.

Entendemos perfeitamente que não podemos estar em desacordo entre o sonho e a realidade. Enquanto materialistas compreendemos a necessidade de olhar de frente a realidade que nos cerca. Nos sentimos também, obrigados a tomar decisões e fazer criticas coerentes sob a égide da análise cientifica. Diante da crise histórica da direção do proletariado Brasileiro, e do vendilhismo da aristocracia sindical, e os desvios ideológicos dos partidos revolucionários, teremos que conviver com as demagogias dos representantes do capital.

Compreendemos que um dos três aspirantes assumirá a direção em Brasilia, o que nos obriga a levantar ainda mais alto o estandarte retumbante do ideal da revolução. Único mecanismo de transformação da realidade objetiva dos excluídos. Por isso exorto aos camaradas a agir com mais vigor e determinação na construção da estrutura orgânica do partido, e empenhar suas energias e fúria revolucionária contra os mecanismos usados pelo inimigo de classe. Assim poderemos oferecer uma resposta contundente ao propagandismo da imprensa burguesa no que diga respeito à alienação das almas produtoras. Devemos elevar o partido a altura da tarefa histórica que lhe está reservado.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

TERRA SUOR E SANGUE

A heróica resistência de um povo
Se produzir é um direito, ocupar é um dever sagrado que deve ser conquistado pela força, se preciso for.

RIO PARDO AGONIZA

A terra sempre foi um bem comum. Desde a comuna primitiva os homens organizados em sociedade, passaram a cultivar o solo dentro de uma relação de produção coletiva. Pelo que se tem registro, foi só por volta do século XVII na Inglaterra que surgiu o "cercamento", ou seja, as propriedades passaram a ser cercadas. Esse comportamento sistêmico fez parte do processo de desenvolvimento das relações capitalistas. 

As mesmas relações ultrapassaram as fronteiras do além mar com a vinda de conquistadores, e se desenvolveram no Brasil. Este modelo de relação de produção privada gera grandes conflitos, devido a desigualdade de posse de capital entre os diferentes indivíduos do mesmo grupo social. Apesar da grande extensão territorial do país e particularmente de Rondônia, alguns personagens da sociedade alheios à produção, detém grandes propriedades de terras, tornado-se elementos estressantes dentro do movimento econômico-espiritual da sociedade. São funcionário públicos como Juízes, Delegados e Oficiais das forças de repressão estatal. Ainda há outros de vocação política como Senadores, Governadores e Deputados. Essa dupla ocupação de posse social é desleal.

Por outro lado, os campesinos que deveriam ter o privilégio dentro da relação econômica vigente, se vêem excluídos do processo de produção agrária, e punidos pelo simples exercício do direito legal de reivindicar a posse da terra. É o caso do distrito de Rio Pardo, Rondônia.  Durante mais de dez anos, investiram suas posses, seu sangue e suor no preparo da terra virgem para a produção de carne bovina. Foram mais de vinte mil alqueires de terras preparadas. Tudo feito aos olhos do governo e da instituição pequeno burguesa, ICMBio. 

A pergunta que não quer calar, é o que motivou os reacionários sistêmicos a invadir Rio Pardo e tomar pela força, o que já se havia conquistado por direito do trabalho. A questão seria moral ou econômica? Se buscarmos na base da sociedade, não vamos encontrar a moral! (leon trotsky). Ela pode ser verificada apenas como um instrumento de coesão sistêmica de classe. Então nos resta o interesse econômico do ICMBio. Como toda instituição pequeno burguesa, ela orbita na fortaleza do encastelado capital. Recebe doações e incentivos para cumprir em um pólo oculto, os ditames de forças estranhas ao campesino e ao proletariado do campo. Por esse motivo, ela se utiliza do braço armado do estado e se arma a si mesma para manter seu status quo, a fim de sobreviver.

Chegando a esta conclusão, entendemos que a força é utilizada em uma batalha para se conquistar território, forçar o inimigo a negociar em condições desvantajosa (sun tzu). É precisamente o que mostra a nossa análise de todo esse processo de violência desencadeado em Rio Parto, pela Força Nacional, que culminou na prisão de vinte e dois trabalhadores inocentes, sendo que doze permanecem presos já à oito meses. Após a força nacional realizar o trabalho sujo de violência, e enfraquecer espiritualmente a comunidade, o ICMBio, faz o seu papel de hiena, querendo devorar o que restou da carcaça. Propôs em condições desvantajosa, ceder parte das terras e se apoderar de milhares de alqueires de mata rica em madeira de lei, a fim de gerar mais capital par si mesmo realizando a extração do outro verde! 

O campesino deve entender que, se produzir é um direito, ocupar é um dever sagrado que deve ser conquistado pela força, se preciso for. Deve compreender o momento histórico em que vivem, e saber que negociar em prejuízo não corresponde em uma vitória. Deve estudar novas estratégias de resistência e permanecer na luta. O patrimônio integral da terra deve pertencer a quem de direito, aquele que nela trabalha, e não aos parasitas de instituições de caráter duvidoso.