Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 30 de outubro de 2011

CRIANÇA INFELIZ, QUEBROU O NARIZ

Criar falsa esperança nas crianças
 é um crime
O CRIME DA FALSA ESPERANÇA
    Recebi um convite da Carlinha, minha amiga do Face Book, para participar de um evento comemorativo do dias das crianças, aqui em Porto Velho. Cargas d'agua não pude comparecer.
    Fico considerando, quantos milhares de eventos aconteceram por esse Brasil afora, organizados pela pequena burguesia e suas ONGs.  Pessoas bem intencionadas e de bom coração. Que buscam à sua maneira, atenuar as diferenças sociais que a democracia de classe, burguesa, impõe aos filhos do proletariado.
    Mais de quarenta anos se passaram e eu também era uma criança feliz. Os pequenos burgueses de minha época também faziam festas, distribuíam bolos, bolinhas, apitos e toda sorte de itos. Sempre com a promessa de um futuro melhor. Quando degusto uma fatia de bolo no dia das crianças,  lembro da imagem de um homem: Delfim Neto. Economista do Governo Costa e Silva, que congelou os salários dos trabalhadores e aumentou as tarifas públicas. E que comparou a economia a um bolo, dizendo que era preciso fazer o bolo crescer para poder dividir. Eu e milhões de filhos de trabalhadores cresceram  junto com o bolo. Mas não recebemos a nossa fatia. Ele também ficou conhecido como: M. dix pour  cent (senhor dez por cento). Era como os franceses o conheciam, por cobrar 10% de gorjeta por privilégios concedidos, em transações do governo Brasileiro com empresários Franceses. Essa parte do bolo não foi para as crianças de minha época..
    Há de se convir que uma criança ao receber uma simples lembrança, pela comemoração do seu dia, liberta-lhe um sorriso de encanto, e por certo faz do mundo um pouco melhor. No entanto, os pequenos burgueses que o promovem, esquecem ou não sabem que esse norte, não as libertará das contradições do sistema, que eles mesmo sustentam. Quando elas crescerem, assim como eu cresci, o sorriso se transformará em um pranto de dor. O mesmo que sente todo trabalhador. Ela saberá que não haverá espaço suficiente para todos, apenas um ou outro conseguirá, pois o sistema não suporta à todos. Os qualificados, serão os filhos da burguesia, que abrirão as poucas portas para uma vida decente. No mais, só restarão as lembranças do bolo, do carrinho ou boneca, e dos apitos. Mentir para as crianças ou criar nelas uma falsa esperança, é um crime maior. O norte do dia das crianças precisa ser repensado. A verdade precisa ser dita a elas afim de que não cresçam indignadas, mas revoltadas, e assim, possam pela força coletiva que possuem, ao cresceram, derrubar a força de classe que as oprime e domina.
    Não houve no passado e não haverá no futuro, esperança para as crianças filhas da labuta. O nariz do seu amanhã está quebrado, e não haverá calcificação social, sem que a ditadura capitalista burguesa seja engessada, e elas voltem a sorrir com um novo modelo democrático. A democracia popular.

domingo, 23 de outubro de 2011

DEUS E A MISÉRIA HUMANA



A Tirania Divina


Aii de mim!
Aii probre de mim!
Aqui estou ó Deus para entender que crime cometi contra vós?
Mas sei nasci, eu já entendo o crime que cometi,
Ai está motivo suficiente para vossa justiça,
Vosso rigor, pois o crime maior do homem é ter nascido.

Para apurar meus cuidados, só queria saber que outros crimes cometi contra vós
Além do crime de nascer, não nasceram outros também?
Pois se outros nasceram que privilégios tiveram que eu jamais gozei?

Nasce uma ave, embelezada por seus ricos enfeites não passa de flor de plumas
Ramalhete alado quando veloz, cortando salões aereos!
Recusa piedade ao ninho que abandona em paz
E eu, tendo mais instinto tenho menos liberdade?

Nasce uma fera, com a pele respingada de belas manchas que lembram estrelas
Logo atrevida, feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade
Monstro de seu labirinto!
E eu, tendo mais alma tenho menos liberdade?

Nasce um peixe aborto de ovas e lodo,
E feito um barco de escamas sobre as ondas, ele gira, gira por toda a parte
Exibindo a imensa habilidade que lhe dá um coração frio
E eu tendo mais escolha tenho menos liberdade?

Nasce um riacho, serpente prateada que dentre flores surge de repente,
De repente, entre flores...
Se esconde onde música celebra a piedade das flores!
Que lhe dão num campo aberto a sua fuga
E eu tendo mais vida tenho menos liberdade!?

Assim, assim... Chegando a esta paixão um vulcão qual etna!
Quisera arrancar do peito, pedaços do coração...
Que lei, justiça ou razão pode recusar aos homens privilégio tão suave
Exceção tão única que Deus deu a um cristal, a um peixe, a uma fera, a uma ave?
(monologo segismundo)

domingo, 2 de outubro de 2011

O COMANDO VERDE


Símbolo do Comando
Verde

ENTRE A INTENÇÃO E O GESTO



    A despeito do que propaga as estatísticas, a pobreza aumenta entre os Brasileiros. Basta olhar em volta nas grandes metrópoles. A inflação galopante corroí o salário mímino. Ganhar mil reais, como grande parte dos Bresileiros, não significa mais nada. o DIEESE afirma que o salário deve ser pautado na órbita de R$ 2.293,31. Mas a burguesia insiste em R$ 545,00. Assim podemos resumir,  que os apelos técnicos de pouco valem, diante dos apelos do capital em busca de maiores lucros, sob a égide da exploração humana.
    Nesse norte, se propaga as grande favelas chamadas gentilmente de comunidades. No seio delas, os grupos do lumpemproletário, se organizam em comandos, sejam eles Vermelhos, Terceiros, Ada, Primeiro Comando e outros.
    Não há nada de espantoso nisso, como disse Karl Marx: “Uma acumulação de riqueza em um pólo da sociedade indica a acumulação de miséria e trabalho no outro.” A medida que o Estado oprime com politicas de repressão, o lado da miséria e trabalho, as organizações reprimem o Estado, em sua tentativa de querer convencer com discurso, o  inconvensivel.
    O fato é que o trabalhador não tem muita escolha, de um lado o Estado opressor, do outro, as organizações armadas. Ambas são ruim para uma sociedade livre. No entanto, o proletariado em sua consciência, sabe distinguir em certo nível, o mal maior. O exemplo disso, está na comunidade do Alemão no Rio de Janeiro.
    O projeto de pacificação do Estado Burguês, na gerência de Sérgio Cabral, envolve nada mais que as forças armadas. Esta instituição voltada para a repressão, e com um passado nada glorioso, pautado na tortura, sequestro, e morte de trabalhadores ao longo da história, volta ao cenário sedenta de horrores; e recebe a resposta dos oprimidos em forma de faixas e protestos. Utilizar a força para "pacificar", em detrimento da dialética, da concessão de uma liberdade substantiva, é no mínimo um erro histórico e uma arrogância política.
    As faixas expostas na comunidade por populares revelam essa consciência: "governador trocou seis por meia dúzia. A ditadura continua.", "O povo do Alemão é humilhado pelo Exército. Sai o Comando Vermelho, entra o Comando Verde."

Genral Leme Justo
Chefe do Comando Verde

     O Chefe do então intitulado Comando Verde, General Leme Justo, afirmou que o policiamento continua reforçado, mas somente as pessoas de "comportamento suspeito" estão sendo revistadas. "Não podemos fazer a revista durante todo o tempo, senão a comunidade não circula. Vai interferir no direito de ir e vir das pessoas. Por isso, essas operações são eventuais". Belo discurso.
    O fato, respeitável  General, é que existe um abismo profundo entre a intenção e o gesto.