Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O IMPERIALISMO OCIDENTAL

Medvedev: "Essa atitude mancha a reputação dos povos que
 iniciarama operação militar nessas regiões" Foto: ITAR-TASS
Em entrevista ao canal Russia Today neste domingo (4), o primeiro-ministro Dmítri Medvedev criticou a interferência do Ocidente no Oriente Médio, descrevendo-o como “um touro em uma loja de porcelana”. Segundo ele, alguns países ocidentais empurram nações inteiras a um ponto sem volta, no qual é muito difícil convencer os lados em conflito a tentar negociações.
E A TRAGÉDIA ÁRABE
Achei interessante a postura do primeiro ministro da Russia. Não que ele seja isento de atos imperialistas, mas pela sua negação à barbárie que se desenvolve no oriente médio.
“Nossos parceiros ocidentais às vezes se comportam como um touro numa loja de porcelana – destroem tudo e depois não sabem o que fazer. Fico surpreso com a opinião de seus observadores e quão inconsistentes são os projetos estimulados por seus líderes, bem como com os resultados atingidos”, disse Medvedev ao entrevistador do RT.
“Se formos sinceros, qual benefício trouxe a Primavera Árabe para a região? Trouxe liberdade? Um pouco, na melhor das hipóteses. Na maioria dos países, levou a um derramamento de sangue sem fim, mudança de regime e agitação contínua. Não tenho ilusões sobre nada disso”, acrescentou Medvedev.
Os acontecimentos na Líbia e no Iraque e atualmente na Síria mostram que há um desmantelamento forçado do sistema político de um país sob o pretexto da luta pelos interesses nacionais, segundo o premiê, “mas na verdade trata-se de uma intromissão nos assuntos internos para promover um regime político leal a eles”.
“Nada de bom saiu desses movimentos. Sabemos o que aconteceu e podemos ver o que está acontecendo. A situação no Iraque é muito volátil, dezenas de pessoas são mortas todos os dias. É claro que estamos fazendo o nosso melhor para dar apoio ao Iraque”, completou Medvedev.
“A Líbia foi dilacerada pela guerra, e ainda há regiões onde as autoridades centrais não conseguiram recuperar o controle completo, exatamente como esperávamos. Sem falar do que aconteceu com [o líder líbio Muammar] Gaddafi. Essa é outra mancha na reputação dos povos que iniciaram essa operação militar”, continuou o primeiro-ministro.
A tragédia Síria promovida pelo ocidente
A Síria também está à beira de uma guerra semelhante, garantiu Medvedev. “Basicamente, não há uma guerra civil assolando o país. Há um desastre. Sempre acreditei que o poder de resolver os problemas da Síria deveria ficar com o seu povo. Mas a interferência ativa que vemos agora pode potencialmente levar aos mesmos problemas e criar outro país em estado permanente de guerra civil.” (extraído da gazeta russa, na íntegra)

Publicado originalmente pelo The Moscow Times

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