Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

PRINCÍPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA -TOMO VII -

"A morte de uma organização acontece quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem"(lênin)

DA CONSTRUÇÃO  DE ESTRUTURAS

O princípio da organização é fundamental para a construção de uma estrutura revolucionária, que tem como proposta  se contrapor à estrutura burguesa. Os anarquistas normalmente propõem a organização oriunda do movimento espiritual espontaneísta das massas; no entanto, a história mostra que esse modelo oriundo da necessidade objetiva dos oprimidos, tem suas limitações, ao trilhar o caminho elevado, até o pico do monte revolucionário.

Entendemos claramente a necessidade de olharmos para o passado, a fim de compreendermos o presente e prepararmos o futuro. Neste norte, Lênin foi o Aio ideológico do princípio organizacional das massas. Ele propôs com sucesso o modelo de organizações, como organismos revolucionários, para construção de estruturas financeiras e de formação política. 

Trilhando este caminho, e entendendo a necessidade da construção de uma superestrutura revolucionária, vimos a necessidade do primeiro passo adiante, com a inauguração de uma organização que possa representar os anseios de uma sociedade oprimida e temerosa, de um Estado policialesco com adornos de democracia.

A inauguração da Associação Campesina Vladímir Lênin, no distrito do Rio Pardo, Porto Velho, Rondônia; se constitui em sua forma orgânica, em uma instituição de cunho popular, a fim de suprir as necessidades espirituais e ideológica, da massa campesina e proletária da região. Entendemos que a luta ideológica, enfrenta dificuldades dentro dos organismos alienatórios do sistema, primeiro pelo monopólio das estruturas que circundam o Estado, como a Igreja, a Imprensa e a Escola. Eles precisam ser combatidos com o bom combate da verdade e a massificação da ideia, através de constantes documentos esclarecedores de suave cunho linguístico, e com ideias revolucionárias.

O segundo entrave está no seio corrompido do idealismo pequeno-burguese. Talvez esta seja uma das mais importantes barreiras a serem rompidas com fortes ondas; oriundas do mar aquecido pela chama ardente do fogo revolucionário. Esta classe social que constrói entraves obscurantistas, é a principal responsável pelo andar atartarugado da construção de uma estrutura revolucionária. Em seus sonhos idealistas de poder, e com suas deias corrompidas, ela tropeça em seu divisionismo egoísta e crucifica o seu próprio messias.

O terceiro e não menos importante entrave na região é o medo. O Estado repressor agiu recentemente com violência sobre a comunidade local. Foram efetuadas prisões arbitrárias, dentre as quais ainda permanecem trabalhadores encarcerados há mais de um ano.

O rompimento desses entraves só poderá acontecer, com a construção elaborada de um campo de batalha ideológico; sendo este o melhor organismo para romper os grilhões e desenvolver a consciência de classe. Porém é preciso ressaltar que estes organismos por si só não oferecem garantias de sucesso, sem um braço forte de uma vanguarda revolucionária que garanta a caminhada do andor. 

Para resolver este último entrave, a aliança da associação com a LCP - liga dos camponeses pobres -, foi um grande avanço na construção da estrutura revolucionária Brasileira. O resultado desta aliança já pode ser visto com a conquista de estruturas para o distrito do Rio Pardo. Em reunião com a Eletrobras, a ação contundente da LIGA, foi fundamental para aterrorizar o representante do Estado Burgues, que se viu forçado a estabelecer prazo para o acendimento da luzes no distrito. Ainda com esse apoio, está encaminhada a resolução dos sem terra que foram despejados da Flôna Bom Futuro.

O caráter de uma organização que preserve seu norte revolucionário, é fundamental para a conquista da consciência tanto do proletariado como do campesinato. Essa gente simples, se apega como uma criança aos que acalentam seus sonhos de dignidade; conforme os ditames de sua consciência. Suas aspirações são justas, elas são uma exigência natural da necessidade substantiva. Elas nascem no córtex do inconsciente; mesmo do elemento deformado, corrompido pelas promessas amorosas dos ideias burgueses. é fruto da economia da natureza, que busca preservar a reprodução, que é principal organismo da vida. Porém, apedrejam sem quaisquer questão moral os lobos vestido de ovelhas que tentam desviar o rebanho do norte de suas necessidades. A ausência da moral revolucionária leva a qualquer vanguarda ao fogo do inferno. "Pois a morte de uma organização acontece quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem". (lenin).










domingo, 26 de abril de 2015

             
Pedro Justino Pereira
(saudades)



  MEU VELHO PAI

I
Ah! Meu velho pai
Na velhice junto a mim eu ti queria.
Mas na sepultura onde estás...
Quero-te ainda!

II
Ainda consegues ouvir a minha prece?
Esses dias ainda de ti lembrava;
Lembrava do quão pouco te conheci.
Apesar do muito que contigo sonhei, e assim vivi!

III
 Mas são dias idos...
Chorados, sorridos...sei La.
Nada à lamentar...
As vezes nem quero lembar!

                        

domingo, 8 de março de 2015

O DESPOTISMO DA JUSTIÇA AMERICANA

Fidel e os cinco ante terroristas presos injustamente nos EUA

"Disponho, desde ontem, afortunadamente, de tempo suficiente para solicitar-lhes que invertam uma parte de seu imenso prestígio em algo que será sumamente útil a nosso povo."

ENTREVISTA COM FIDEL

Os recebi no sábado, 28 de fevereiro, 73 dias depois de pisarem em terra cubana. Três deles haviam consumido 16 largos anos de sua mais plena juventude respirando o ar úmido e repugnante dos sótãos de uma prisão ianque depois de serem condenados por juízes venais. 

Outros dois, que igualmente tratavam de impedir os planos criminosos do império contra sua Pátria, foram condenados também a vários anos de um prisão brutal.


Os próprios organismos de investigação, alheios por completo ao mais elementar sentido de justiça, participaram do encarceramento desumano.

A inteligência cubana não necessitava, em absoluto, seguir os movimentos de uma só equipe militar dos EUA, por que isto podemos fazer em todo o espaço sobre a terra através da Base de Exploração Radioeletrônica “Lourdes”, ao sul da capital de Cuba. Este centro é capaz de detectar qualquer objeto que se mova a milhas e milhas de nosso país.
Os cinco heróis antiterroristas, que nunca fizeram dano algum aos EUA, tratavam de prevenir e impedir atos terroristas contra nosso povo, organizados por órgãos de inteligência estadunidenses que a opinião mundial conhece sobejamente.

Nenhum dos Cinco Heróis realizou suas tarefas em busca de aplausos, prêmio ou glória. Receberam seus honrosos títulos por que não o buscaram. Eles, suas esposas, seus pais, seus filhos, seus irmãos e seus concidadãos, temos o legítimo de direito de nos sentirmos orgulhosos.

Em julho de 1953, quando atacamos o quartel Moncado, eu tinha 26 anos e muito menos experiência do que a que eles demonstraram. Se estavam nos EUA não era para fazer dano a esse país, ou realizar vingança pelos crimes que ali se organizavam e abasteciam de explosivos contra nosso país. Tratar de impedí-los era absolutamente legítimo.
O principal em sua chegada era saudar seus familiares, amigos e ao povo, sem descuidar um minuto a saúde e um rigoroso controle médico.

Fui feliz durante horas ontem. Escutei relatos maravilhosos de heroísmo do grupo presidido por Gerardo e apoiado por todos, incluindo o pintor e poeta, ao que conheci enquanto construía uma de suas obras no aeródromo de Santiago de Cuba. E as esposas? e os filhos e filhas? as irmãs e mães? Não as vai receber também a elas? Pois também há que celebrar o regresso e a alegria com a família!

Ontem, de imediato, queria intercambiar com os Cinco Heróis. Durante cinco horas esse foi o tema. Disponho, desde ontem, afortunadamente, de tempo suficiente para solicitar-lhes que invertam uma parte de seu imenso prestígio em algo que será sumamente útil a nosso povo.

Fidel Castro, 1 de Março de 2015.

domingo, 11 de janeiro de 2015

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO V -

 O caráter opressor e contra revolucionário da ideologia feminista.
“Para elucidar o complexo enigma do conjunto de leis naturais, é preciso um nível de abstração elevada; e de aguçar o código da inteligência do questionamento. Da dúvida e da crítica. Dirimir as contradições intestinais, conflituosas; geradas por elementos estressantes de conteúdo material e espiritual, com rótulos culturais e sistêmicos”.

DA LUTA DE CLASSES À LUTA DE GÊNEROS

DOS OBJETOS DE USO DA NATUREZA

A necessidade de aceitarmos e convivermos com leis naturais é imperiosa. É delas e por elas que podemos entender a nossa origem e construir nossas relações orgânicas e inorgânicas. Enquanto objetos de uso da natureza, pois é o que somos, dividimos com outros objetos externos [observados a partir do que nos é interno] no ambiente universal de forma igualitária, relativa; os espaços ocupados.  A igualdade relativa é gerada exclusivamente pela dependência entre os iguais, enquanto gêneros, e ou diferentes, pelo impulso espiritual da natureza, a fim de manter o ciclo da vida na terra. Vimos anteriormente que o elemento só pode ser igual a si mesmo, enquanto em sua natureza, pela negação. Pois com relação a outros elementos, a igualdade só pode se dar enquanto relativa, mediante a uma negação da própria negação. O princípio segue atingindo também o produto e os objetos da natureza, incluindo as espécies e suas variedades. Ele serve como lei geral de relação entre coisas.

Quando as coisas, ou objetos de uso da natureza, sejam elas de origem mineral, vegetal ou animal, se necessitam entre si, [para poder realizar o propósito de sua existência]  motivada pela impulsão comunicada,  elas entendem que necessitam se anularem de forma relativa a fim de cumprirem o propósito de sua união, que é servir à natureza dos organismos, vivos ou inanimados.  E ainda continuarem a serem objetos de uso da natureza das condições; manipulados pela força impulsora. Segundo Darwin, a natureza é uma “ação combinada e os resultados complexos de um grande número de leis naturais; e, por leis, a série de fatos que temos reconhecido”. Por esse motivo, mediante uma linha de autoridade natural entre os objetos organizados, frente à natureza, se estabelece uma ordem de dependência, de forma natural entre grupos de objetos, e ou objetos isolados. Desta forma, a natureza constrói e mantém a sua economia.

Entendemos por anulação relativa, não a negação da natureza do objeto em si, ma sim do estado espiritual da natureza do objeto. Desta forma, no momento do ponto de colapso na relação entre as coisas, depois da sua decomposição, o estado natural se mantém, pois ele é de propriedade de um todo; e uma fração do conjunto que se fragmenta e se recompõe, mediante ao movimento  materialista dialético. Assim, segue renovando-se o espiritual, no momento de uma nova construção. O equacionamento das leis fundamentais deste movimento dialético da natureza é um organismo necessário. É também um código permanente para sua própria economia.  

Como vimos no tomo IV, um simples exemplo do objeto de uso da natureza; um João de Barro, motivado por uma impulsão comunicada, faz uso do produto argila para construir um abrigo para si, sua companheira e sua prole. A argila enquanto produto mineral da natureza serviu na escala da linha de autoridade, a um objeto de escalão superior enquanto modelo de organização; na ordem da dependência.  Neste caso, a relação foi à anulação relativa da argila, a fim de se tornar um objeto de uso da natureza. Porém ainda em uma escala inferior, apesar de sua igualdade relativa [apenas enquanto negação de ambos] com o objeto João de barro. Quando a argila renunciou a sua natureza espiritual, superando os entraves da sujeição ao João de barro para se tornar a sua casa, ela cumpriu a já citada, lei econômica da natureza. Ela elevou-se ao status de objeto de uso e fruto da natureza, em uma escala de igualdade relativa enquanto grandeza de valor com João de barro; porém qualitativamente diferente.

Para elucidar o complexo enigma do conjunto de leis naturais, é preciso um nível de abstração elevado; e de aguçar o código da inteligência do questionamento. Da dúvida e da crítica. Dirimir as contradições intestinais, conflituosas; geradas por elementos estressantes de conteúdo material e espiritual, com rótulos culturais e sistêmicos.


Esperamos com pacincia a passagem da
 onda da história! (lênin)
Necessitamos entender o homem a partir da observação interna, como um objeto da natureza. Organizado por sua força impulsora, para o seu uso e fruto. E porque a natureza organizou a vida?Segundo Darwin, o propósito da vida é a reprodução. Para podermos entender esse enigma, necessitamos entender se é o objeto homem que expressa o valor no ato da reprodução na natureza, ou é o valor natural do objeto que expressa o tal valor. Pois a expressão de valor tanto pode, enquanto pólos equidistantes, ter o mesmo conteúdo espiritual e mesmo assim oporem-se, e se excluírem mutuamente. Continuaremos no TOMO VI.