Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO IV -

Dicotomia feminista entre o sonho e a realidade.
“Não se pode imaginar que no universo, tanto dos elementos, dos produtos e dos objetos de uso da natureza, não haja uma ordem natural de subordinação espontânea entre as coisas.”

DA NATUREZA DAS CONDIÇÕES DOS PRODUTOS E OBJETOS

Dando sequência a nossa pesquisa, de onde partimos do elemento; seguiremos para o entendimento da natureza do produto e seu desenvolvimento; até a forma de objeto natural. Passaremos também pelo processo de evolução espontânea, enquanto função de uso pela natureza. Este desenvolvimento ou evolução é um organismo da natureza, e necessário enquanto interesse da própria natureza. É quando ela troca o elemento e renova o produto constituído; podendo ser relativa ou não. Porém, tendo sempre um resultado de natureza qualitativa, no processo da evolução.

O caráter da relação entre o elemento A e B, conforme citamos no TOMO II, origina-se dentro do caos, por um processo espontâneo de grandeza positiva. Porém isso acontece por uma necessidade imperativa, e apenas de satisfação da natureza da própria relação. Dessa forma ele se constitui enquanto produto organizado com uma função e valor agregado. Esse movimento dialético de evolução pela negação gera uma dependência simbiótica, agregando vida espiritual inorgânica à natureza dos produtos.

Essa valsa veneziana entre os produtos se constitui, no ponto central da relação entre as coisas. Citamos anteriormente o produto argila enquanto união dos elementos na natureza, para facilitar o entendimento. Porém ele é apenas um produto com um valor mínimo enquanto produto organizado, e sua função de uso é apenas relativa. Sua grandeza de valor não difere dos demais produtos naturais; nesse norte, apenas a sua função de uso qualitativo exerce um valor desigual; seja este valor, de caráter afirmativo positivo ou negativo. Lembremos que o produto, enquanto resultado objetivo de uma relação elementar, é apena uma fração da relação universal do conjunto dos produtos.

Para que ele, o produto, se torne um objeto essencial a serviço, e para uso da natureza que o organizou, necessita se relacionar com os seus equivalentes. A sua natureza, e a natureza organizadora exige dele, de igual forma que exigiu do elemento, uma negação relativa a fim de agregar-lhe valor e estabelecer a sua nova função no mundo das coisas organizadas. O produto só consegue cumprir a sua função de uso pela natureza se estiver disposto a entrar em concorrência com os outros produtos, que às vezes se torna uma concorrência desleal. Para não ser descartado, ao ponto em que concorre, ele se esforça para construir uma união relativa com os outros produtos e dar continuidade a sua própria existência.

Não podemos imaginar que no universo tanto dos elementos, dos produtos e dos objetos de uso da natureza; não haja uma ordem natural de subordinação espontânea entre as coisas. Entre os grupos que se agregam e se submetem a outros grupos para continuarem agregados e exercendo sua função natural, por uma “impulsão comunicada.” (Darwin). Se não fosse assim, não haveria espaço para um processo dialético de desenvolvimento, e o caos, não sujeito a uma força externa de relação espontânea em si mesmo, promoveria a desorganização; e as condições uniformes entrariam em colapso, culminando com o fim. Nós não possuímos compreensão perfeita desta lei natural de subordinação espontânea das coisas. Pois esse enigma da natureza organizadora e sua relação espiritual com a natureza dos elementos e produtos, ainda carecem de estudos mais profundos. Eu também não encontrei referencia filosófica a altura para este assunto. A nossa intervenção neste caso é apenas de observação superficial.

Vamos tentar facilitar o entendimento com um simples exemplo de negação, e relação simbiótica do produto com o objeto, no processo de superação dos entraves em sua cadeia de evolução, ao objeto organizado. Decidimos então tomar como exemplo, o João de Barro. Enquanto espécie já desenvolvida, atuando enquanto objeto de uso da natureza, ele transforma o produto C (argila), enquanto agente natural, e mediante a impulsão comunicada; em objeto de uso da natureza para o próprio desenvolvimento da natureza. Essa relação equacionada entre produto e objeto, permite que o João de Barro, construa sua moradia a fim de oferecer garantias a continuação de sua espécie.

No momento em que o produto C se nega enquanto produto, ele aceita uma relação de subordinação ao objeto, promovendo uma união relativa para servir a um novo proposito em favor da natureza. Ele concorre nesse momento com outros produtos e até mesmo com objetos formados para fazer valer a sua função natural. Agora em seu estado avançado enquanto objeto de uso (casa do João de barro), ele concorrerá em uma ordem elíptica de evolução com os demais produtos em uma cadeia superior. Isso só foi possível, devido ao principio da negação e da subordinação espontânea. Esse parece ser o código alfa do processo de desenvolvimento das coisas.

"Ideias são mais
 letais que armas".
Caso o elemento C se negasse à sua negação ao João de Barro, ele promoveria um ponto de colapso na ordem natural, desmontando uma cadeia de desenvolvimento de natureza orgânica e inorgânica. Porém, enquanto objeto constituído ele se permite renovar em tempos e tempos, para cumprir uma
reorganização espontânea do processo qualitativo de desenvolvimento. Ele voltará a ser argila e em seguida barro e água. Esse ciclo permite que ele retorne ao seu estado de produto, e até de elemento, para se reorganizar e voltar ao seu estado evoluído de objeto. Este entendimento, do principio da negação, da subordinação e da união espontânea nos dará suporte para à compreensão no futuro, da constituição de uma ordem natural na cadeia de vida entre as espécies, bem como na constituição de uma ordem social. Entenderemos também quais os danos que uma ideia doente pode causar a toda uma ordem natural de vida. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO III -

"A crítica é um organismo do pensamento organizado. Necessário para levar a reflexão e reorientação de um norte, supostamente desorientado. É um questionamento que enquanto consciente, pode levar a auto-crítica."

A CRÍTICA DA CRÍTICA

Decidi adiar a publicação da pesquisa na busca da uma lei geral da relação de gênero, a fim de esclarecer alguns mal entendidos que se revelaram desde a publicação do TOMO II. Eu estava ciente de que haveria severa oposição a ideia. Pois estamos vivendo um momento histórico muito sensível, onde o materialismo se encontra em uma crise sem precedentes, desde os anos oitenta; com os questionamentos que levaram ao fim da URSS.

Com um espaço vazio na história materialista, a burguesia reacionária passou a assumir um novo projeto de manipulação de consciência da massa. Ele deveria ser de caráter emotivo, buscar no cerne da psiquê proletária, o processo antidiatético do pensamento. O código racional deveria ser anulado e um Eu passivo construído. O resultado objetivo deste projeto, se pode ver na nova geração de jovens alienados em busca de uma personalidade ou de um projeto para seguir e cultuar. E quando a encontram, tornam-se seguidistas e renegam a ciência em nome do moderno, do emocional, do romântico, e pasmem: Em nome da liberdade que mais se assemelha ao liberalismo. Pensar diferente se tornou anormal.

Com o novo pensamento construído, emotivo e romântico, tudo que lembre a realidade objetiva e materialista, é motivo de susto e arrepios. A linguagem cientifica se tornou um absurdo. Incompreendida. O nível de entendimento e capacidade de abstração, desceram até o limiar do submundo de Hades. Mas eu já esperava por isso. E estava pronto para receber as criticas das mais diversas naturezas. Alguns estão dizendo que minha pesquisa é de caráter Nazista. Outros me acusam de reacionário. Alguns de machista. Ainda há aqueles que dizem serem meus textos muito complexos para o entendimento. E há aqueles que se sentem ofendidos, e nem sei por que. Enfim...entre mortos e feridos, acredito que todos encontrarão o seu norte, com os esclarecimentos futuros nos próximos TOMOS.

Eu acredito que a crítica é salutar e necessária. Ela sempre será bem vinda, tendo como origem o intelectual, o estudioso, o curioso, o romântico, o sonhador, o ofendido, e até mesmo o idiota. A crítica é um organismo do pensamento organizado. Necessário para levar a reflexão e reorientação de um norte, supostamente desorientado. É um questionamento que enquanto consciente, pode levar a auto-crítica. Eu a aceito de bom grado, no entanto, gostaria que ela tivesse um sentido que levasse a reflexão. Que não tivesse uma origem na revolta. Que não fosse pessoal, infantil e de baixo nível ideológico. Que ela seja serena, consciente, imparcial, e acima de tudo que seja pautada dentro de uma análise cientifica.

Espero sinceramente que os críticos não se ofendam por serem criticados. Pelo contrário, desejo que continuem lendo, relendo e criticando. Que sejam sugestivos, colaboradores e inteligentes. Que possam compreender o meu proposito, de levar esclarecimento cientifico a uma sociedade empobrecida de consciência cientifica. De reorientar o norte revolucionário de uma vanguarda à galope, perdida nas pradarias, de ideologias fraudulentas.








sexta-feira, 31 de outubro de 2014

AFIRMAÇÃO E NEGAÇÃO DO SUFRÁGIO UNIVERSAL

 O caráter revolucionário do voto nulo no segundo turno


“Nós revolucionários, não pretendemos melhorar ou reformar o modelo de Estado burguês, pretendemos  destruí-lo. Neste pântano forrado de cetim, adornado com flores de perfume jasmim, está à armadilha que se debate a vanguarda da esquerda revolucionaria, com suas narinas já sufocadas de areia pantanosa. E que se digladiam também até entre si, para ver qual dos elementos fraudulentos, consegue primeiro agarrar o galho da vaidade legalista; que servirá de suporte, para sua salvação”.

O VALOR IDEOLÓGICO DO VOTO NULO

A deformação da conduta ideológica dos comunistas, que são levados a participar das eleições e votar no candidato da burguesia que é “mais avançado”; se baseia no preceito de  Lênin, que em determinado momento histórico determinou que a esquerda revolucionaria da Rússia deveria votar nas eleições burugesas. Isso se tornou um determinismo entre os intelectuais seguidistas como sendo um credo. Esse comportamento pode ser avaliado como sendo um desvio ideológico.

Votar no mais “avançado”, no caso do segundo turno, no candidato do PT; não faz diferença para o proletariado.  Pois Dilma representa tanto a burguesia quanto o Aécio. A diferença é que eles representam apenas frações oligarcas diferentes, porém com interesses iguais. A alegação da esquerda, de que com o Lula orientando  a administração do Estado, Cuba e os governos progressistas são beneficiados, é uma falácia. Pois os investimentos financeiros na ilha caribenha, possui apenas um caráter econômico e de natureza capitalista com aplicação de mais valia. Isso a China já faz há algum tempo. E a Odebrecht que está executando as obras, também está financiando a campanha do candidato Tucano. Utilizar este argumento para justificar a participação no sufrágio universal burguês, é uma postura oportunista e não um avanço; pelo contrário, é uma postura contrarrevolucionária e pedante, da esquerda revolucionaria.

Renunciar a participação nas eleições burguesa, e incentivar o voto nulo no segundo turno,  é um ato consciente que deveria ser propagado aos quatro ventos, e soado pelas sete trombetas apocalípticas, a fim de que os selos do obscurantismo fossem rompidos, e o sistema levado a um colapso moral. No momento da contradição conflituosa, o proletariado teria ratificado pela critica da negação, mesmo indo as urnas, a sua insatisfação. Teria então, a classe laboriosa, se elevado a um nível de consciência avançada, e levado a burguesia a um choque de gestão em sua autocrítica.

A negação nem sempre se da pela ausência, ela pode acontecer mesmo diante da afirmação. No período histórico em que Lênin incentivou a participação, a esquerda revolucionária já estava em um estágio avançado de confronto direto com o Czarismo. Em nosso momento histórico, nem mesmo a união de toda a esquerda revolucionária, chega a fazer cócegas nos pés do sistema. Pelo contrario. O incentivo a participação no segundo turno das eleições, apenas  reafirma a democracia burguesa, a cada eleição. Esse comportamento conciliador é típico da pequena burguesia, autointitulada revolucionária. O voto no primeiro turno até pode ser levado em conta enquanto teste de força, e avaliação dos resultados qualitativos do trabalho de formação da consciência de massa. Mas  no segundo turno, na disputa entre a burguesia, ele, o tal voto consciente e obrigatório, no candidato “mais avançado”, não cabe.

QUANDO A AFIRMAÇÃO TORNA-SE NEGAÇÃO E A NEGAÇÃO TORNA-SE AFIRMAÇÃO

Vejamos dois exemplos simplistas para elevar o nível de abstração, compreensão e esclarecimento da contradição, no horizonte da afirmação e da negação. Um patrão dono de uma metalúrgica oferece ao seu escravo assalariado, um aumento de dez por cento em seus vencimentos. Porém no momento do cumprimento do acordo, ele, o patrão, só concede oito por cento. Ele alega que refez suas contas e que o aumento proposto levará a empresa a entrar em dificuldades financeiras, o que poderá acarretar em demissões.  Neste caso, a afirmação só teria se realizado, no universo do cumprimento do acordo anteriormente firmado, que foi de dez por cento. Assim,  ele tornou a afirmação do reajuste em uma negação do próprio reajuste, mesmo no cumprimento relativo de sua palavra, concedendo um aumento relativo abstrato, em relação, e apenas em relação aos dez por cento. Que foi o reajuste de oito por cento.

Em outro polo, o escravo assalariado que havia reivindicado o aumento  de dez por cento, passa a negar a proposta de reajuste afirmativo relativo, do patrão, que foi de oito por cento. Ele alega que o resultado objetivo dos vencimentos não custearão suas despesas de renovação de sua força de trabalho. Ela, a afirmação relativa da proposta de oito por cento, não satisfaz suas necessidades substantivas. Ou seja, ela é para ele uma negação da afirmação. Neste caso, a negação da aceitação da afirmação do patrão, tornou-se uma afirmação relativa, da negação do escravo assalariado. Em relação, e apenas em relação aos oito por cento. Que deveria ser de dez por cento.

Seguidismo é corrupção ideológica

Seguindo este raciocínio lógico, entendemos o porquê da burguesia permitir tanta abertura, e um forte incentivo na participação do sufrágio universal, dentro de sua democracia; muito pouco democrática. Essa cortina de fumaça que referenda e legaliza o representante burguês,    que irá gerenciar os interesses de classe no trono do Estado; além de constituir a AFIRMAÇÃO do caráter reacionário sistêmico, constitui a NEGAÇÃO do caráter revolucionário da abstenção. Serve apenas  para ofuscar o cristalino do olhar político revolucionário, pouco desenvolvido no espírito inconsciente do elemento  proletário.

Nós revolucionários, não pretendemos melhorar ou reformar o modelo de Estado burguês, pretendemos  destruí-lo. Neste pântano forrado de cetim, adornado com flores de perfume jasmim, está à armadilha que se debate a vanguarda da esquerda revolucionaria; com suas narinas já sufocadas de areia pantanosa. E que se digladiam também até entre si, para ver qual dos elementos fraudulentos, consegue primeiro agarrar o galho da vaidade legalista; que servirá de suporte, para sua salvação.


domingo, 26 de outubro de 2014

DO OUTUBRO VERMELHO AO OUTUBRO ROSA

O feminismo tergiversa a história
Na linha tênue do horizonte da história,
Brota uma semente, ao som da lira de Orpheus;
Regas então a rubra flor perfumada,
P’ra ressurreição do outubro teu!"

A TERGIVERSAÇÃO DA HISTÓRIA

O modismo é um comportamento danoso para a luta de classes, enquanto tática, da estratégia revolucionária. Ele é o elo transmissor de ideias tergiversadas oriundas do pensamento ideológico corrompido. 

Dentre os muitos comportamentos modistas, nascido do útero da pequena burguesia oportunista, está o OUTUBRO ROSA; que se alimenta no seio do movimento feminista.

Eu não pretendo formar outra crítica além da que já fiz neste blog, no passado. O leitor curioso poderá acessar o documento, caso esteja interessado em ler. Desta vez estou registrando uma manifestação poética, para relembrar a importância de manter viva a lembrança da revolução Bolchevique, na Rússia, em outubro de mil novecentos e dezessete; sob o comando de Lênin.

OUTUBRO VERMELHO

Lembro no jardim da saudade
A flor vermelha que robusta crescia,
Lembro-me do rouxinol, que com o vento da historia;
Suave, sua asa batia!

O sol que banhava de luz
Da flor vermelha desabrochando,
Do orvalho que regava a rica terra,
Do doce mel da vinha brotando!

Ai! lembranças de minha saudade.
Ai! Saudades da minha lembrança.
Quando ao lado do pai proletário,
Eu brincava enquanto criança!

 Colhia no jardim a rosa,
E o fruto  do pomar.
Ai! saudosa pátria mãe,
Dos produtores do mundo
Que te lembram a chorar!

A mãe que tão bondosa acalentava,
O rebento que de leite nutria.
Ai! balanço do berço de saudade.
Do aconchego da pele quente,
Da liberdade que vivia!

Porem tu, alma dorida. Porque choras?
Perolas amargas brotam do pranto teu.
Que se rompam os grilhões que te prendem,
Que renasçam tuas forças. Saudoso filho meu!

Ergue-te rebento choroso, 
Pois que na terra fria tua mãe não adormece.
Ela vive no solo fértil do seu peito,
Pois uma mãe, o filho nunca esquece! 

Na linha tênue do horizonte da história,
Brota uma semente, ao som da lira de Orpheus;
Regas então a rubra flor perfumada,
P’ra ressurreição do outubro teu!


sábado, 25 de outubro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO II -

Exigir igualdade é queimar etapas rumo a autogestão.
 “A lei do mais forte também constitui um direito, e que é esse direito que sobrevive. Com outra forma naquilo que chamam estado de direito.” (karl Marx)                                                                         


DA LUTA DE CLASSES À LUTA DE GÊNEROS

DO ELEMENTO AO PRODUTO

Antes de lidarmos com o ser social, com o estereótipo homem e mulher, necessitamos partir do princípio que o originou e forneceu o produto. A forma humana se gerou dentro de um processo de desenvolvimento dialético constante, resultando em caráter objetivo qualitativo; no concurso das circunstâncias. Estamos falando do elemento e suas características específicas. A organização espontânea da natureza material em elementos, ou o homem inorgânico, é um organismo necessário do processo dialético da continuidade da existência.

Ele, o elemento, possui características próprias em sua natureza subjetiva; enquanto elemento desorganizado, e inserido em um sistema materialista caótico. Ele possui uma função e um valor natural enquanto elemento isolado em sua própria órbita existencial. Enquanto elemento isolado em sua existência, ele é a negação da vida. Ora, se temos um elemento A que possui uma função e um valor na natureza, unido-se de forma espontânea a um elemento B, que de forma idêntica também possui uma função e um valor, resultará desta união, ou podemos afirmar, de sua própria negação - enquanto autocrítica-, em um novo organismo sistêmico. Esta autocrítica dos elementos acaba resultando em um organismo que podemos chamar de produto C. Ou seja, A+B=C.

No resultado desta equação, o produto C é o produto objetivo quantitativo e qualitativo da união espontânea dos elementos A e B. Por isso, enquanto negação, os elementos se realizarão  com um maior valor, devido a sua nova função na natureza. A nova forma realizada dos elementos, agora produto, abrirá mão apenas em caráter relativo, da natureza primeira subjetiva  para gerar uma segunda natureza, agora em estágio superior. Segundo Marx, esse estágio superior será o resultado oriundo da negação da negação. Porém, eles continuarão lutando  em sua natureza para conservar o princípio do elemento original, que não se desfaz.  O resultado dessa negação, não será uma mutação, mas uma evolução. Pois se trata da união das negações e não do seu contrário. O que mudará será a sua função e valor de uso na natureza, e apenas pela natureza enquanto exterior.

Um exemplo simples poderá elucidar esse mistério. Consideremos dois elementos resilientes: O barro, quer  seja o resultado oriundo do caos que gerou o elemento A. E a água, o resultado que gerou o elemento B,enquanto também elemento. O movimento dialético dessa união será a negação subjetiva desses dois elementos, de naturezas relativas diferentes; e dará enquanto resultado, a Argila, ou o produto C. A sua função e sua importância na natureza, agora, será diferenciada do elemento A e B, mediante a realização do seu valor enquanto necessidade substantiva; no caso, como já citamos, da própria natureza exterior.

Enquanto ainda na forma de elementos, A e B se diferem em sua natureza e grandeza de valor pela posição contrária, que exercem na natureza. Lutam dentro de si em busca de uma autor realização; porém só conseguem se realizar no momento de sua própria negação. Neste norte, eles não podem ser iguais em função natural, pela natureza diferente, e papeis exercidos. Ambos possuem sua importância enquanto elementos na formação uniforme do produto, para beneficio do funcionamento sistêmico.

 É preciso compreender a perfeição dessa lei natural de relação entre os elementos, partindo da negação para encontrar a realização; a fim de não incorrermos em erros de avaliação, e corrupção dos nossos instintos; ou engendrarmos por vias vicinais, quando do estudo  das leis mais complexas futuras; da união dos produtos e objetos, manipulados pela natureza, enquanto inorgânica.   

Podemos agora imaginar que os elementos A e B se tornaram iguais por terem feito a autocrítica, se negado e produzido o produto C. Nosso raciocínio em nível de abstração ainda não está completo. Pois A só pode ser igual em relação a si mesmo, e ainda enquanto A, relativo. Pois A, é o resultado objetivo qualitativo de sua própria negação, enquanto união de sua fração, -A. Ou seja, ele é o elemento segundo, negado pela fração do elemento primeiro.  Bem como B. para que A se torne igual a B, ele precisa ser contrário de si mesmo, tornando-se -A, ou seja, negando a sua negação; o que o levaria a anular a sua própria natureza. O antagonismo entre A e B, só podem ser dirimidos a partir da primeira negação, pois a segunda os anulariam entre si. Porém, mesmo dirimindo os antagonismos, e apenas se negando,  não os tornam iguais, apenas se completaram de forma relativa, para a formação do produto. Eles ainda permanecem diferentes. Este ponto obscuro ficará para os futuros pensadores.

A igualdade só pode existir enquanto relativa.
Agora surge uma pergunta: Qual dos dois elementos A e B contribuíram mais, para a formação do produto C? Qual dos dois possui mais direito nesta formação? Seria até interessante desvendar esse novo enigma. Porém entendemos que seria uma via vicinal para atingir o nosso norte, e sua descoberta ou não, pouco faria diferença em nosso objetivo maior. Seria um investimento desnecessário. Teríamos que entender com clareza maior, sobre a relação entre o forte e o fraco, o que poderemos fazer mais adiante já em uma forma mais avançada enquanto no estudo do objeto, e não do elemento e do produto. O resultado almejado não sofrerá alteração até porque, Marx já descobriu essa lei de relação, na economia política, que nos serve de lei geral. “A lei do mais forte também constitui um direito, e que é esse direito que sobrevive. Com outra forma naquilo que chamam estado de direito.” (critica à economia política pg. 4)

Agora que entendemos a lei da negação, para resultar na construção da formação, mediante igualdade relativa, poderemos seguir adiante com a nossa pesquisa no TOMO III. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO I -

A utopia feminista de igualdade de gênero
"A necessidade de se Descobrir uma lei natural na relação de gênero da sociedade humana, é um feito importante e necessário. Estudando suas fases de desenvolvimento desde o homem objeto natural, resultado do processo dialético de construção da vida, até os atuais conflitos dogmáticos deflagrados pelo feminismo enquanto instrumento do inimigo de classe."

DA LUTA DE CLASSES À LUTA DE GÊNEROS

Os apelos apaixonados e românticos da filosofia feminista, aliado aos seus sonhos insensatos, ainda não me fizeram deslocar do centro de gravidade da luta de classes, e da revolução proletária. No entanto, diante das controvérsias e polêmicas que esta ideologia secundária tem gerado para o desconforto filosófico, sou forçado a fazer uma intervenção ainda que breve, espero. 


Simone Beauvoir (1980) afirma que “não se nasce mulher, torna-se mulher” na obra “O segundo Sexo”, publicada em 1949. Podemos entender então, que o modelo de relação de produção, divide as funções a serem exercidas pelos gêneros, e constrói o seu pensamento. Ele orienta às fêmeas o norte de suas atribuições femininas, bem como aos machos as suas atribuições masculinas. Essa divisão possibilita melhor identificar os valores e vocações, atribuídos a homens e mulheres, bem como as regras de comportamento oriundas desses valores. Cientificamente não há nenhuma contradição. Porém o desacordo entre o sonho idealista e a realidade, leva o feminismo a um desvio ideológico conflituoso, mediante a uma abstração fraudulenta. Ele oculta o fato de que “...a humanidade sempre se atribuirá à tarefas realizáveis.”( Marx). E não à sonhos imaturos.

O movimento feminista, enquanto fetichista, é resultado do desenvolvimento das relações antagônicas capitalistas e de sua necessidade de renovação. No atual momento histórico, e repleto de investidas, pode-se dizer contra-revolucionárias, ele tem gerado sérias consequências para o proletariado contemporâneo, com o seu intervencionismo mecanicista, através do encastelado congresso burguês. Entendemos que ele é um presente de grego do capital, para o consolo do proletariado derrotado e seus intelectuais conciliadores. “Como na produção, a relação entre pessoas se esconde atrás da relação entre as coisas.”(Marx) Não é de se estranhar que as principais relações patrocinadoras da ideologia feminista, estão entre as maiores instituições burguesas do mundo. Como as fundações: Mccartney, Ford e Rockefeller. (conforme já denunciado). 

Ele, o feminismo, é um instrumento do capital e colaborador de uma engrenagem reacionária e perversa, de opressão ao trabalhador. Promotor de conflitos existênciais na construção de relações entre homens e mulheres. Logo, ele é também um instrumento, e inimigo da classe laboriosa. Ele mudou os costumes através de leis reacionária e apaixonantes, e sem base científica. Ele não é autorizado pela lei natural, por isso se utiliza do liberalismo como  principal fonte de apelo e estímulo. Entendemos então, que há necessidade da uma pesquisa minuciosa que possa desvendar esse curioso enigma, que é o feminismo. Ela poderá criar novas equações para a nova geração de pensadores resolver, enquanto buscamos entender as antigas.

O desenvolvimento feminista acontece especialmente nos países onde o capital é mais avançado. Onde há necessidade de novos mecanismos de opressão, devido ao esgotamento dos métodos já superados. Essa aliança é importante para a reprodução e ou acumulação superior do capital. Podemos também afirmar que sua conduta é um desvio de comportamento ideológico pequeno burguês. Além de tergiversar o  conceito de liberdade transformando a moral em capital, mergulhando a vaidade feminina, e seu corpo, na fonte prostituída de Jezabel. “o feminismo prejudicou a mulher ao colocá-la numa prisão de pensamento negativo e ao promover um beco sem saída de promiscuidade.”( Suzanne Venker)


Nas sociedades onde ele, o capital se encontra em fase embrionária ou relativa de desenvolvimento, o feminismo goza de pouca atenção. Pois os métodos primitivos de exploração humana, ainda não se esgotaram e se encontram em pleno desenvolvimento. No outro polo, a luta de classes nesses paises ainda não se desenvolveu. Ouso até fazer um desafio. Se retirarmos o intervencionismo do Estado burguês, das escolas e da família, bem como o financiamento do capital, ele se tornará uma página escura rasgada, no livro negro da historia!

A necessidade de se Descobrir uma lei natural na relação de gênero da sociedade humana, é um feito importante e necessário. Estudando suas fases de desenvolvimento desde o homem objeto natural, resultado do processo dialético de construção da vida, até os atuais conflitos dogmáticos deflagrados pelo feminismo, enquanto instrumento do inimigo de classe. Entender a origem de sua ordem natural –relação de gênero- e o ponto de desequilíbrio histórico onde ela se perdeu, é fator preponderante para a construção do novo homem, e o equilíbrio simbiótico da vida.

Nosso ponto de partida original sugere uma orientação não da ideia, mas do movimento dialético  materialista marxiano, enquanto metodologia. Nesta pesquisa não pretendemos pintar ou moldurar os gêneros. Pretendemos personifica-los enquanto gênero em suas vocações, dentro do seu desenvolvimento  histórico, e com suas leis externas próprias, oriundas do movimento espiritual  conforme seus estágios de desenvolvimento. Os pontos obscuros que surgirão, podem ficar para um futuro com dados científicos mais avançados, e que possam surgir com o amadurecimento de novas realidades históricas que permitam sua investigação. Também ajudarão, a acumulação de novas noções de caráter afirmativo positivo, que venham a se desenvolver.

Convém também ressaltar que nossa investigação tem como norte a natureza fisiológica do ser. Deixaremos de lado as intenções apaixonantes e românticas da metafísica. A orientação espiritual em que vamos sempre nos referir, diz respeito apenas, enquanto manifestação do pensamento; resultante do conhecimento. Para podermos entender a complexidade do tema, teremos nós, que nos elevarmos a um nível relativo de abstração, fugindo do histerismo social que permeia o tema. Pelo menos no princípio da pesquisa, a fim de que o entendimento seja facilitado.

O enigma da esfinge
Faremos algumas intervenções esporádicas  nos campos neurológico e psicológico, relativo aos estímulos e  objetos estressantes que atuam na psiquê do elemento social, oriundos do movimento espiritual  sistêmico. Desta forma teremos melhor entendimento quanto ao comportamento de gênero. No entanto, esse não será a nossa  orientação principal, até porque não somos especialista na área, e seria uma irresponsabilidade o aprofundamento do tema nesse norte. Nos pautaremos estritamente no campo do materialismo dialético e histórico. 

Após esta introdução, iniciaremos no tomo II os estudos propriamente ditos. As intervenções do leitor se farão sempre bem vindas a fim de que possam enriquecer a pesquisa e contribuir para a elucidação do enigma da esfinge.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PORQUE LULA FOI RUIM PARA O BRASIL -TOMO II -

Lula acendeu um cigarro nas brasas da inquisição
 proletária
“Lula reduziu as tarefas do enfrentamento político superior, ao estreito horizonte da atividade econômica cotidiana, e de natureza orgânica do seio social. Ele fugiu da batalha contra o capital, como os covardes porta-estandartes de césar fugiam das batalhas da Gália. Histéricos. Tal qual os cães de Pavlov, na subida das águas de Leningrado.”

O ASSISTENCIALISMO (CONTINUAÇÃO)

Lula amordaçou a luta política do elemento proletário com alguns quilos de feijão, e cinquenta por cento de descontos nas vendas de diplomas universitários, da iniciativa privada “deseducacional”. Com sua luta economicista, forneceu crédito fácil, porém, caro. Elevou o nível de endividamento do trabalhador à mais de cinquenta e cinco por cento. Levando também para essa armadilha, a pequena burguesia.

Deslocou o centro de gravidade das discussões ideológicas para os interesses pequeno-burgueses. Disseminou as ONG's enquanto instituições pretensamente populares da pequena burguesia, porém a serviço do  capital. Também fortaleceu o apoio ao movimento feminista que possui um caráter reacionário em relação ao proletariado, desviando o olhar da luta de classes, e fracionando a já desgastada, esquerda revolucionária. Essas instituições e movimentos, escondem um caráter de classe. Servem como prêmio de consolo para a brilhante pequena burguesia pensadora como Leonardo Boff e tutti quanti. Vendidos. Levados à reboque.

O desenvolvimento econômico e social, real, em contradição ideológica ao assistencialismo, são gerados pelo movimento conflituoso e constante de forças antagônicas. Por esse motivo elas devem ser incentivadas, e não arrefecidas com ilusões, com sonhos insensatos e criticas superficiais de natureza hipócrita, que gera contradições internas de classe. Pensar que construir idéias abstratas mudará o caráter ou o curso da história, é tergiversar as ideias brilhantes do pensamento histórico revolucionário.  É pura arrogância. Não passa de um  comportamento de "desvio ideológico pequeno burguês". (Lenin)

O ato assistencialista, apesar de ser fisiológico de caráter afirmativo positivo, pode torna-se de forma inteligente, propositalmente negativo. Anulando-se em sua natureza ideológica substantiva. Na verdade,  enquanto  elemento resiliente social, ele torna-se um estímulo estressante. Vai gerar conflito no código da critica, da psique proletária, inibindo sua capacidade de reação, e construindo uma zona paralela conflituosa de sugestionabilidade. Ao construir uma inércia patológica no córtex cerebral social, pode se inserir um novo código passivo, tornando o eu proletário submisso as vontades do capital. Isso de dá, no tocante as reivindicações necessária e de liberdade substantiva, de natureza revolucionária. Surge ai a conciliação como resultado esperado, atendendo aos interesses do inimigo de classe.

No outro polo, aliado ao projeto de classe, a imprensa burguesa tenta encobrir como pode as mazelas resultantes do projeto agonizante do capital, no Brasil. O IDH Cubano superou mais uma vez o nosso. A educação foi avaliada dentre as de menor desempenho intelectual do mundo. Comparando-se às das nações Africanas. São quinze milhões de proletários analfabetos no país. Esses são dados ainda não superados de mais uma década atrás. Estima-se que haja mais de sessenta milhões de analfabetos funcionais. Ou seja, aquele que lê e não é capaz de interpretar. A saúde enquanto direito humano, já se estabeleceu em um senso de massa, como “coisa de mercado”.  A comunidade internacional já aceita o fim da Policia Militar Brasileira, devido ao grau de violência que esta instituição exerce sobre os trabalhadores pobres. E não se trata de comportamento subjetivo, e sim de ideologia institucional.

Ao assentar-se no trono das  trevas da democracia burguesa, Lula promoveu o Obscurecimento da consciência de classe. Estabeleceu de forma indireta o fascismo contra o proletariado. Colocou um marco equidistante entre o discurso e a prática e criou um vácuo conciliador resultante do investimento de capital. Obtendo assim, resultado objetivo esperado pelos financiadores oligarcas da ideologia vigente. Ou seja, o continuísmo histórico de um projeto neoliberal, de manutenção e renovação constante do exército de reserva da força produtiva. Conseguiu  aprisionar as mais brilhantes ideias libertárias. Apoiou sem piedade a perpetuação da escravidão assalariada, e da exploração do homem pelo homem. 
Derrubar o Estado é a tarefa superior do
 proletariado

No atual estágio histórico superior de desenvolvimento capitalista contemporâneo, o que Lula fez com o seu projeto continuísta e conformista, foi conciliar com a burguesia reacionária. Ele abriu a caixa de pandora, e acendeu  um cigarro nas brasas da inquisição proletária. Lula reduziu as tarefas do enfrentamento político superior, ao estreito horizonte da atividade econômica cotidiana, e de natureza orgânica do seio social. Ele fugiu da batalha contra o capital, como os covardes porta-estandartes de césar fugiam das batalhas da Gália. Histéricos. Tal qual os cães de Pavlov, na subida das águas de Leningrado.

domingo, 14 de setembro de 2014

PORQUE LULA FOI RUIM PARA O BRASIL - TOMO I -

Lula trilhou a contra-mão da história revolucionária
"Sem margem para mudanças radicais ou revolucionárias, Lula teve como opção, apenas o assistencialismo enquanto plataforma de governo. Em seus oito anos de administração, seguiu como orientação o continuísmo do projeto tucano, que teve sucesso com o plano real e o equilíbrio econômico". 

O ASSISTENCIALISMO

Para fazermos uma crítica de caráter científico,  e não incorrermos no erro do estreito universo da natureza  subjetiva, necessitamos a priori de dois nortes na avaliação. O primeiro é analisar a realidade objetiva de forma imparcial, e o segundo é se abstrair dessa mesma realidade para poder olhar à distância, de forma racional, seus benefícios e ou, suas contradições.

A eleição de Lula foi contagiante para a nação. A burguesia reacionária não ficou tão atônita com o momento histórico, que se assemelhou ao da Venezuela de Chaves, quando ele afirmou que “era o fim da direita na Venezuela”. O que foi uma precipitação do comandante, pois o chavismo hoje se encontra ameaçado por alguns erros amadores cometidos por ele, conforme documento que publiquei anteriormente neste blog. O próprio PT, de tão eufórico, pensou ter realizado uma revolução. O êxtase se estendeu até a Casa Branca nos EUA, quando da primeira visita do presidente. Ele fez questão de usar uma boina, estilo à Che Guevara, com a estrela vermelha do PT. No entanto, os elementos ativos da assessoria do “companheiro Bush”, logo convenceu a comitiva Brasileira de que os americanos não gostavam do estilo Che.

Ninguém sabe o que de fato aconteceu naquela reunião. No entanto, ela não deve ter ido além da simples lembrança ao então presidente Lula, de que ele já havia assinado o consenso de Washington, e mudanças bruscas no leme da Nau Capitânia da América do sul, não seriam permitidas. Este documento reacionário foi uma imposição à América Latina, inclusive ao Brasil, por que deu um norte político e econômico aos interesses das nações Anglo-saxônicas.  Foi a partir de sua assinatura, que se validou a alternância do poder, permitindo então ao PT, assumir o gerenciamento do Estado Burguês Brasileiro.

Com um projeto conciliador e sem margem para mudanças radicais, Lula rebaixou as tarefas revolucionárias, restando como opção, apenas o assistencialismo enquanto plataforma de governo. Em seus oito anos de administração, seguiu como orientação o continuísmo do projeto tucano, que teve sucesso com o plano real e o equilíbrio econômico. A explosão monetária foi possível devido a abertura da economia para a entrada de capital estrangeiro, especulativo. Lula desfrutou em seu governo, da Genesis desenvolvimentista da ideologia Neo Liberal de FHC. Pode-se observar com clareza que o PT não se desviou do projeto revolucionário Brasileiro, porque nunca  teve um, de fato. Fernando Henrique chegou a declarar publicamente: “não há diferenças ideológicas entre o PT e PSDB”.

Sem um norte ideológico, Lula acentuou a crise histórica do proletariado, e optou pelo continuísmo conformista dos projetos burgueses assistencialistas tucano. O primeiro foi a ampliação do programa Bolsa Família. Havia de fato uma demanda contida pelo histórico social de exploração humana, nos sucessivos governos orientados pelo capital. Na prática esse programa trouxe pouco resultado objetivo qualitativo, a despeito das estatísticas bem elaboradas. Seu resultado foi meramente político, elevando Lula ao pedestal dos panteões. O segundo programa foi: Universidade para todos. Esse foi de fato oportunista e caiu como uma luva, agradando a gregos e a troianos.  Ele foi uma exigência do interesse do capital internacional, a fim de ampliar o ciclo de renovação do capital nacional. Abrindo assim, o caminho para os grandes investidores internacionais, em um futuro próximo, depois de estabelecida, claro,  a alienação cultural do ensino privado, superior.
Não há demérito na assistência, criticamos apenas a ajuda permanente.

A principio nos parece, à grosso modo, que todos esses benefícios oriundos dos recursos públicos foram bem direcionados. Que o proletariado, a classe “beneficiada” nos projetos assistencialistas, foi de fato assistida. No entanto, uma avaliação em uma ótica mais crítica e ampliada, logo perceberemos o comportamento struvista, com um claro obscurecimento da consciência de classe, oriunda de diversas contradições conciliadoras que iremos descobrir juntos, na próxima publicação do Tomo II. Entenderemos por que Lula foi um instrumento da democracia burguesa. Por hora nos basta essa introdução para não tornarmos a leitura e o entendimento, cansativos.  

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O EMBUSTE DO SUFRÁGIL UNIVERSAL

"As três maiores frações do capital que disputam o gerenciamento do estado burguês, não ousam colocar em pauta as contradições sistêmicas, como a relação de produção, o controle de capitais, a reforma agrária e o peso do Estado no bolso do proletariado."

PARA QUEM ELES CORREM

Para entendermos o propósito das eleições presidenciais deste ano, precisamos entender duas coisas: O que é, e o que representa o Estado e a Democracia.

Quando o homem moderno nasce, ele jé é incluído no processo de alienação social no primeiro gole do colostro. Em seguida, o processo avança para a construção da consciência, de que o mundo e as coisas foram, são e serão assim mesmo, e que o melhor é se conformar e se adaptar ao que ele encontrou. Na terceira fase da alienação, ele vai se dar conta de que existe uma instituição que está acima da sociedade, mas não nasceu dela, e sim de contradições de relações que ele não compreenderá porque o próprio Estado não tem interesse em educar.

Este Estado será sempre uma instituição da classe econômica e politicamente dominante. Ele é um instrumento de exploração do trabalho assalariado pelo capital. Para Marx e Engels,  "O Estado é um produto e a manifestação do antagonismo inconciliável das classes...um órgão de dominação de classe, um órgão de submissão de uma classe por outra." O instrumento de alienação de massa que ele, o Estado utiliza para justificar seus atos criminosos contra a maioria proletária, é a democracia representativa. E o mecanismo democrático burguês é o sufrágio universal.

É sob a bandeira deste modelo democrático que se desenvolvem os climas de guerras globais, a exploração humana e a escravidão assalariada. É sobre este mesmo pendão que se evolui o caráter repressivo das contradições no seio da sociedade, atenuado exatamente pelo sufrágio universal. É nesse universo de vergonha e aparência democrática que se impõe o engessamento do pensamento, da condenação moral e constitucional da luta de classes. E se desenvolve em tempo, um padrão ecumênico de paz social.

Com isso, a cada quatro anos, a classe dominante fracionada entre oligarquias financeiras, industriais, agrarias e burocráticas, começam a corrida pelo trono presidencial. Os primeiros colocados este ano, são: Dilma Rousseff atual presidente. Surgida das forças populares do PT, que descarrilhou para o revisionismo. Marina Silva, que surge como negação da negação sistêmica. E Aécio Neves, que é a esperança de retorno da direita reacionária derrotada por Lula, à doze anos.

Nessa corrida que nada tem de maluca, cada qual busca em seu Sine Qua Non, os interesses fracionados das oligarquias que representam. Por esse motivo, a cautela é importante no momento de expor o programa que não será cumprido. As três maiores frações do capital que disputam o gerenciamento do Estado burguês, e possuem ligações orgânicas históricas, não ousam colocar em pauta as contradições sistêmicas, como a relação de produção, o controle de capitais, a reforma agrária e o peso do Estado no bolso do trabalhador.

Por essas e outras, é que o elemento ativo do proletariado precisa superar o obscurantismo do idealismo cotidiano, e se abstrair na atual condição histórica. Sem entrar em desacordo entre o sonho e a realidade, deve estabelecer como tarefa imediata, a quebra do elo de alienação sistêmica da ideia de um Estado imutável. Deve utilizar o seu voto para anular o sufrágio universal. Exigir a supressão das despesas de representação parlamentar que chegam a duzentos e cinquenta bilhões de reais em todo o pais. Sessenta bilhões com a magistratura. E mais de dois trilhões em dívida pública, que financia o luxo da fração burguesa do capital especulativo. Este modelo de Estado em decomposição é insustentável, e deve ser superado e trancado a sete chaves no museu da história, para nunca mais ressurgir.

sábado, 23 de agosto de 2014

MARINA SILVA

"Devemos elevar o partido a altura da tarefa histórica que lhe está reservado."

DA ORIGEM CAMPESINA À DEMAGOGIA BURGUESA

Dois mil e quatorze não serão diferente de dois mil e dez, muito menos de outros anos em que se referendou um representante do capital como dirigente máximo, do Brasil. Os representantes da burguesia internacional e nacional, não estão interessados em saber se seu gestor em Brasília será uma mulher, um negro, um gay, ou um hétero. Para eles não importa se sua origem é campesina ou proletária, se pequeno, médio ou grande burguês, desde que siga a cartilha da mais valia, e claro, não seja revolucionário.

Talvez seja por esse motivo, que a mais nova namorada de uma fração que compõe uma certa força dentro do sistema, seja uma antiga campesina que ascendeu de classe, e ficou entre a pequena e média burguesia. Marina Silva nascida no Acre, filha de seringueiros, já teve um discurso sincero quando de sua luta no campo. Hoje se tornou a menina dos olhos das elites, e uma opção para esse grupo que está com a imagem desgastada. Ela segue rezando a cartilha de uma camarilha impiedosa, pelas tortuosas sendas dos mares revoltos da demagogia.

Os elementos ativos do sistema, que em conjunto, compõem a vanguarda reacionária, são nada mais que fração de toda uma classe que se digladiam entre si, a fim de assumir a direção da relação de produção da força de trabalho, de milhões de proletários e campesinos. Convém lembrar que eles nada mais são do que instrumento da democracia burguesa. Por esse motivo, nós revolucionários temos como incumbência a tarefa imediata, de desmentir as promessas que não serão cumpridas e denunciar a fraude do sufrágio universal. Marina, Dilma e Aécio, possuem ligações orgânicas ideológicas que nas atuais condições históricas levarão o proletariado ao continuísmo.

Entendemos perfeitamente que não podemos estar em desacordo entre o sonho e a realidade. Enquanto materialistas compreendemos a necessidade de olhar de frente a realidade que nos cerca. Nos sentimos também, obrigados a tomar decisões e fazer criticas coerentes sob a égide da análise cientifica. Diante da crise histórica da direção do proletariado Brasileiro, e do vendilhismo da aristocracia sindical, e os desvios ideológicos dos partidos revolucionários, teremos que conviver com as demagogias dos representantes do capital.

Compreendemos que um dos três aspirantes assumirá a direção em Brasilia, o que nos obriga a levantar ainda mais alto o estandarte retumbante do ideal da revolução. Único mecanismo de transformação da realidade objetiva dos excluídos. Por isso exorto aos camaradas a agir com mais vigor e determinação na construção da estrutura orgânica do partido, e empenhar suas energias e fúria revolucionária contra os mecanismos usados pelo inimigo de classe. Assim poderemos oferecer uma resposta contundente ao propagandismo da imprensa burguesa no que diga respeito à alienação das almas produtoras. Devemos elevar o partido a altura da tarefa histórica que lhe está reservado.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

TERRA SUOR E SANGUE

A heróica resistência de um povo
Se produzir é um direito, ocupar é um dever sagrado que deve ser conquistado pela força, se preciso for.

RIO PARDO AGONIZA

A terra sempre foi um bem comum. Desde a comuna primitiva os homens organizados em sociedade, passaram a cultivar o solo dentro de uma relação de produção coletiva. Pelo que se tem registro, foi só por volta do século XVII na Inglaterra que surgiu o "cercamento", ou seja, as propriedades passaram a ser cercadas. Esse comportamento sistêmico fez parte do processo de desenvolvimento das relações capitalistas. 

As mesmas relações ultrapassaram as fronteiras do além mar com a vinda de conquistadores, e se desenvolveram no Brasil. Este modelo de relação de produção privada gera grandes conflitos, devido a desigualdade de posse de capital entre os diferentes indivíduos do mesmo grupo social. Apesar da grande extensão territorial do país e particularmente de Rondônia, alguns personagens da sociedade alheios à produção, detém grandes propriedades de terras, tornado-se elementos estressantes dentro do movimento econômico-espiritual da sociedade. São funcionário públicos como Juízes, Delegados e Oficiais das forças de repressão estatal. Ainda há outros de vocação política como Senadores, Governadores e Deputados. Essa dupla ocupação de posse social é desleal.

Por outro lado, os campesinos que deveriam ter o privilégio dentro da relação econômica vigente, se vêem excluídos do processo de produção agrária, e punidos pelo simples exercício do direito legal de reivindicar a posse da terra. É o caso do distrito de Rio Pardo, Rondônia.  Durante mais de dez anos, investiram suas posses, seu sangue e suor no preparo da terra virgem para a produção de carne bovina. Foram mais de vinte mil alqueires de terras preparadas. Tudo feito aos olhos do governo e da instituição pequeno burguesa, ICMBio. 

A pergunta que não quer calar, é o que motivou os reacionários sistêmicos a invadir Rio Pardo e tomar pela força, o que já se havia conquistado por direito do trabalho. A questão seria moral ou econômica? Se buscarmos na base da sociedade, não vamos encontrar a moral! (leon trotsky). Ela pode ser verificada apenas como um instrumento de coesão sistêmica de classe. Então nos resta o interesse econômico do ICMBio. Como toda instituição pequeno burguesa, ela orbita na fortaleza do encastelado capital. Recebe doações e incentivos para cumprir em um pólo oculto, os ditames de forças estranhas ao campesino e ao proletariado do campo. Por esse motivo, ela se utiliza do braço armado do estado e se arma a si mesma para manter seu status quo, a fim de sobreviver.

Chegando a esta conclusão, entendemos que a força é utilizada em uma batalha para se conquistar território, forçar o inimigo a negociar em condições desvantajosa (sun tzu). É precisamente o que mostra a nossa análise de todo esse processo de violência desencadeado em Rio Parto, pela Força Nacional, que culminou na prisão de vinte e dois trabalhadores inocentes, sendo que doze permanecem presos já à oito meses. Após a força nacional realizar o trabalho sujo de violência, e enfraquecer espiritualmente a comunidade, o ICMBio, faz o seu papel de hiena, querendo devorar o que restou da carcaça. Propôs em condições desvantajosa, ceder parte das terras e se apoderar de milhares de alqueires de mata rica em madeira de lei, a fim de gerar mais capital par si mesmo realizando a extração do outro verde! 

O campesino deve entender que, se produzir é um direito, ocupar é um dever sagrado que deve ser conquistado pela força, se preciso for. Deve compreender o momento histórico em que vivem, e saber que negociar em prejuízo não corresponde em uma vitória. Deve estudar novas estratégias de resistência e permanecer na luta. O patrimônio integral da terra deve pertencer a quem de direito, aquele que nela trabalha, e não aos parasitas de instituições de caráter duvidoso.