Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PORQUE LULA FOI RUIM PARA O BRASIL -TOMO II -

Lula acendeu um cigarro nas brasas da inquisição
 proletária
“Lula reduziu as tarefas do enfrentamento político superior, ao estreito horizonte da atividade econômica cotidiana, e de natureza orgânica do seio social. Ele fugiu da batalha contra o capital, como os covardes porta-estandartes de césar fugiam das batalhas da Gália. Histéricos. Tal qual os cães de Pavlov, na subida das águas de Leningrado.”

O ASSISTENCIALISMO (CONTINUAÇÃO)

Lula amordaçou a luta política do elemento proletário com alguns quilos de feijão, e cinquenta por cento de descontos nas vendas de diplomas universitários, da iniciativa privada “deseducacional”. Com sua luta economicista, forneceu crédito fácil, porém, caro. Elevou o nível de endividamento do trabalhador à mais de cinquenta e cinco por cento. Levando também para essa armadilha, a pequena burguesia.

Deslocou o centro de gravidade das discussões ideológicas para os interesses pequeno-burgueses. Disseminou as ONG's enquanto instituições pretensamente populares da pequena burguesia, porém a serviço do  capital. Também fortaleceu o apoio ao movimento feminista que possui um caráter reacionário em relação ao proletariado, desviando o olhar da luta de classes, e fracionando a já desgastada, esquerda revolucionária. Essas instituições e movimentos, escondem um caráter de classe. Servem como prêmio de consolo para a brilhante pequena burguesia pensadora como Leonardo Boff e tutti quanti. Vendidos. Levados à reboque.

O desenvolvimento econômico e social, real, em contradição ideológica ao assistencialismo, são gerados pelo movimento conflituoso e constante de forças antagônicas. Por esse motivo elas devem ser incentivadas, e não arrefecidas com ilusões, com sonhos insensatos e criticas superficiais de natureza hipócrita, que gera contradições internas de classe. Pensar que construir idéias abstratas mudará o caráter ou o curso da história, é tergiversar as ideias brilhantes do pensamento histórico revolucionário.  É pura arrogância. Não passa de um  comportamento de "desvio ideológico pequeno burguês". (Lenin)

O ato assistencialista, apesar de ser fisiológico de caráter afirmativo positivo, pode torna-se de forma inteligente, propositalmente negativo. Anulando-se em sua natureza ideológica substantiva. Na verdade,  enquanto  elemento resiliente social, ele torna-se um estímulo estressante. Vai gerar conflito no código da critica, da psique proletária, inibindo sua capacidade de reação, e construindo uma zona paralela conflituosa de sugestionabilidade. Ao construir uma inércia patológica no córtex cerebral social, pode se inserir um novo código passivo, tornando o eu proletário submisso as vontades do capital. Isso de dá, no tocante as reivindicações necessária e de liberdade substantiva, de natureza revolucionária. Surge ai a conciliação como resultado esperado, atendendo aos interesses do inimigo de classe.

No outro polo, aliado ao projeto de classe, a imprensa burguesa tenta encobrir como pode as mazelas resultantes do projeto agonizante do capital, no Brasil. O IDH Cubano superou mais uma vez o nosso. A educação foi avaliada dentre as de menor desempenho intelectual do mundo. Comparando-se às das nações Africanas. São quinze milhões de proletários analfabetos no país. Esses são dados ainda não superados de mais uma década atrás. Estima-se que haja mais de sessenta milhões de analfabetos funcionais. Ou seja, aquele que lê e não é capaz de interpretar. A saúde enquanto direito humano, já se estabeleceu em um senso de massa, como “coisa de mercado”.  A comunidade internacional já aceita o fim da Policia Militar Brasileira, devido ao grau de violência que esta instituição exerce sobre os trabalhadores pobres. E não se trata de comportamento subjetivo, e sim de ideologia institucional.

Ao assentar-se no trono das  trevas da democracia burguesa, Lula promoveu o Obscurecimento da consciência de classe. Estabeleceu de forma indireta o fascismo contra o proletariado. Colocou um marco equidistante entre o discurso e a prática e criou um vácuo conciliador resultante do investimento de capital. Obtendo assim, resultado objetivo esperado pelos financiadores oligarcas da ideologia vigente. Ou seja, o continuísmo histórico de um projeto neoliberal, de manutenção e renovação constante do exército de reserva da força produtiva. Conseguiu  aprisionar as mais brilhantes ideias libertárias. Apoiou sem piedade a perpetuação da escravidão assalariada, e da exploração do homem pelo homem. 
Derrubar o Estado é a tarefa superior do
 proletariado

No atual estágio histórico superior de desenvolvimento capitalista contemporâneo, o que Lula fez com o seu projeto continuísta e conformista, foi conciliar com a burguesia reacionária. Ele abriu a caixa de pandora, e acendeu  um cigarro nas brasas da inquisição proletária. Lula reduziu as tarefas do enfrentamento político superior, ao estreito horizonte da atividade econômica cotidiana, e de natureza orgânica do seio social. Ele fugiu da batalha contra o capital, como os covardes porta-estandartes de césar fugiam das batalhas da Gália. Histéricos. Tal qual os cães de Pavlov, na subida das águas de Leningrado.

domingo, 14 de setembro de 2014

PORQUE LULA FOI RUIM PARA O BRASIL - TOMO I -

Lula trilhou a contra-mão da história revolucionária
"Sem margem para mudanças radicais ou revolucionárias, Lula teve como opção, apenas o assistencialismo enquanto plataforma de governo. Em seus oito anos de administração, seguiu como orientação o continuísmo do projeto tucano, que teve sucesso com o plano real e o equilíbrio econômico". 

O ASSISTENCIALISMO

Para fazermos uma crítica de caráter científico,  e não incorrermos no erro do estreito universo da natureza  subjetiva, necessitamos a priori de dois nortes na avaliação. O primeiro é analisar a realidade objetiva de forma imparcial, e o segundo é se abstrair dessa mesma realidade para poder olhar à distância, de forma racional, seus benefícios e ou, suas contradições.

A eleição de Lula foi contagiante para a nação. A burguesia reacionária não ficou tão atônita com o momento histórico, que se assemelhou ao da Venezuela de Chaves, quando ele afirmou que “era o fim da direita na Venezuela”. O que foi uma precipitação do comandante, pois o chavismo hoje se encontra ameaçado por alguns erros amadores cometidos por ele, conforme documento que publiquei anteriormente neste blog. O próprio PT, de tão eufórico, pensou ter realizado uma revolução. O êxtase se estendeu até a Casa Branca nos EUA, quando da primeira visita do presidente. Ele fez questão de usar uma boina, estilo à Che Guevara, com a estrela vermelha do PT. No entanto, os elementos ativos da assessoria do “companheiro Bush”, logo convenceu a comitiva Brasileira de que os americanos não gostavam do estilo Che.

Ninguém sabe o que de fato aconteceu naquela reunião. No entanto, ela não deve ter ido além da simples lembrança ao então presidente Lula, de que ele já havia assinado o consenso de Washington, e mudanças bruscas no leme da Nau Capitânia da América do sul, não seriam permitidas. Este documento reacionário foi uma imposição à América Latina, inclusive ao Brasil, por que deu um norte político e econômico aos interesses das nações Anglo-saxônicas.  Foi a partir de sua assinatura, que se validou a alternância do poder, permitindo então ao PT, assumir o gerenciamento do Estado Burguês Brasileiro.

Com um projeto conciliador e sem margem para mudanças radicais, Lula rebaixou as tarefas revolucionárias, restando como opção, apenas o assistencialismo enquanto plataforma de governo. Em seus oito anos de administração, seguiu como orientação o continuísmo do projeto tucano, que teve sucesso com o plano real e o equilíbrio econômico. A explosão monetária foi possível devido a abertura da economia para a entrada de capital estrangeiro, especulativo. Lula desfrutou em seu governo, da Genesis desenvolvimentista da ideologia Neo Liberal de FHC. Pode-se observar com clareza que o PT não se desviou do projeto revolucionário Brasileiro, porque nunca  teve um, de fato. Fernando Henrique chegou a declarar publicamente: “não há diferenças ideológicas entre o PT e PSDB”.

Sem um norte ideológico, Lula acentuou a crise histórica do proletariado, e optou pelo continuísmo conformista dos projetos burgueses assistencialistas tucano. O primeiro foi a ampliação do programa Bolsa Família. Havia de fato uma demanda contida pelo histórico social de exploração humana, nos sucessivos governos orientados pelo capital. Na prática esse programa trouxe pouco resultado objetivo qualitativo, a despeito das estatísticas bem elaboradas. Seu resultado foi meramente político, elevando Lula ao pedestal dos panteões. O segundo programa foi: Universidade para todos. Esse foi de fato oportunista e caiu como uma luva, agradando a gregos e a troianos.  Ele foi uma exigência do interesse do capital internacional, a fim de ampliar o ciclo de renovação do capital nacional. Abrindo assim, o caminho para os grandes investidores internacionais, em um futuro próximo, depois de estabelecida, claro,  a alienação cultural do ensino privado, superior.
Não há demérito na assistência, criticamos apenas a ajuda permanente.

A principio nos parece, à grosso modo, que todos esses benefícios oriundos dos recursos públicos foram bem direcionados. Que o proletariado, a classe “beneficiada” nos projetos assistencialistas, foi de fato assistida. No entanto, uma avaliação em uma ótica mais crítica e ampliada, logo perceberemos o comportamento struvista, com um claro obscurecimento da consciência de classe, oriunda de diversas contradições conciliadoras que iremos descobrir juntos, na próxima publicação do Tomo II. Entenderemos por que Lula foi um instrumento da democracia burguesa. Por hora nos basta essa introdução para não tornarmos a leitura e o entendimento, cansativos.