Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A FRAUDE HISTORICA DO SÉCULO

A DEMOCRACIA DAS ARMAS
A fraude historica do século

    Não foi difícil prever, nas considerações anteriores que fiz, de que a Líbia sofreria uma intervenção militar por parte do Ocidente. Isso
porque o processo histórico das intervenções se repete de forma linear. Elas são sempre em defesa dos civis e da democracia. O curioso é que os mesmos veículos de comunicação televisivos e impressos, não noticiam o que não interessa as potências imperialistas ocidentais. É o caso dos crimes cometidos pelo estado de Israel contra os palestinos indefesos. O fuzilamento de quinze manifestantes no Iêmen (um protetorado dos EUA ) onde os jovens lutam contra a repressão violenta do governo de Ali Abdullah Saleh. A situação na Arábia saudita não é tão diferente, onde os EUA já enviaram agentes da Cia para tentar controlar a agitação.
     No Barhen, a situação é constrangedora. O califa decretou Lei marcial há um mês. Os médicos são proibidos de dar assistência aos feridos que conseguem sobreviver. Em Honduras em nosso continente, a repressão, e prisões arbitrarias são coisas do cotidiano, e a imprensa se “democrática” se omite em esclarecer. Obama declarou que no Barhen, “a situação é diferente”. Diferente? Acaso não seriam civis sendo mortos por uma cruel ditadura? Talvez seja porque aquele pequeno e rico Pais, concorde com os termos de entregar seu petróleo barato para o ocidente, coisa que a Líbia se recusou a fazer. No caso do Afeganistão e Iraque, onde a participação das tropas americanas é direta, a imprensa faz boquinha de siri.
     O representante do vaticano declarou a imprensa internacional que: “saibam que as ações militares estão causando vitimas entre os mesmos civis que se quer defender”. O cardeal afirmou que a Otan já matou mais de quarenta civis só na capital. O total de mortos já passa de mil. Esses predadores humanos se reuniram no ultimo dia 29 em Londres a fim de partilhar a líbia entre os “diversos investidores”. Só esqueceram de convidar os líbios para participar, eles que são os verdadeiros donos de seu pais.
     Os agentes que atuam na líbia numa tentativa de derrubar um governo legítimo, são figuras conhecidas do governo americano. O chefe militar, segundo a CNN, coronel Kalifa Haftar, viveu e foi treinado na Virginia EUA, por vinte anos. Desde 1988 ele participa de organizações mercenárias no mundo árabe LNA (Exercito nacional líbio) em prol dos EUA. Mahmud Jabril, PHD em planejamento externo na universidade de Pittsburg. Fatih Al Bahja, professor de ciência política também educado nos EUA. O líder da gang, Mustafá Abdel Jalil é um oportunista que desertou do governo por aspirações pessoais. O tal conselho já anunciou aos interessados sedentos de riqueza, que o futuro governo “está interessando em privatizar as companhias líbias no estrangeiro e na líbia, incluindo a petrolífera”. Isso ajuda, claro, aos mirrages franceses a continuarem a despejar toneladas de bombas sobre um pais pacifico que era tido como amigo do ocidente e fazia parte inclusive do conselho de direitos humanos da ONU.
    O governo americano se recusa a falar de todos os envolvidos por “questões morais”. O líder do LIFG (grupo Líbio de combate islâmico), Abdel Hakim, com ligações a Al Qaeda, ( A agencia de noticias à Reuters já confirmou a presença da rede terrorista no conflito Líbio), também faz parte do tal conselho, que não possui um único líder de pensamento e cultura árabe, todos formados pelo ocidente, curiosamente.
    A Rússia já advertiu que: “ajudar os rebeldes é ingerência em uma guerra civil”, e não foi “autorizado pela ONU”. A China e a Índia também já se posicionaram de igual pensamento. Um dos grandes perigos desse conflito é o uso de urânio empobrecido que esta sendo usado pela da OTAN. No Iraque o urânio causou grande número de mortos e cancerígenos.
     É sabido que o governo líbio tem tentado uma solução democrática para o conflito. Mas a intransigência do ocidente, que exige a saída incondicional, de kadafi, tem dificultado a resolução do conflito. O governo já reafirmou por diversas vezes, que as mudanças no sistema político, como eleições, e referendo no País não é problema. “A líbia é muito próxima do ocidente e familiarizada com sua cultura”. O que não é negociável segundo a autoridade líbia, é à saída de kadafi. Pois ele representa um equilíbrio entre as tribos da líbia. Com sua saída, a desorganização da nação seria inevitável. O mesmo fato aconteceu no Iraque com a morte de Saddam Russen, depois de oito anos, o pais ainda não encontrou a união nacional.
     O governo líbio também já se mostrou disposto a negociar com os “rebeldes”, e ouvir suas revindicações sob observadores da ONU. Apenas exigiu o cessar fogo e a deposição das armas, o que é legitimo. O problema é que nem os tais “rebeldes” e nem o ocidente, querem negociações. A conversa de democracia é coisa e tal é só uma cortina de fumaça. Eles desejam mesmo é trocar o governo legitimo por um governo amigo.
     O Ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas e atual representante do governo líbio junto da ONU, Miguel D'Escoto, afirmou que: "a ONU se converteu não apenas numa organização desfuncional e incapaz de cumprir os objetivos para os quais foi criada, mas agora numa arma mortal nas mãos dos agressores imperialistas e seus sequazes". Kadafi enviou uma carta à Obama pedindo o cessar fogo ao contra o seu povo.
 “Temos sido feridos mais moralmente que fisicamente por causa do que nos tem sido feito, por vocês, em palavras e atos. Apesar de tudo isso, você sempre será nosso filho aconteça o que acontecer. Continuamos rezando para que você continue sendo presidente dos EUA. Nós nos empenhamos e torcemos para que você vença a nova campanha eleitoral. Você é um homem que tem coragem suficiente para anular uma ação errada e equivocada. Estou certo de que você é capaz de assumir a responsabilidade por isso. Não faltam provas, tendo em mente que você é o presidente da maior potência do mundo na atualidade, e já que a Otan está travando uma guerra injusta contra um pequeno povo de um país em desenvolvimento. Este país já havia sido submetido a embargo e sanções, além disso, também sofreu uma agressão militar direta durante o tempo de Reagan. Este país é a Líbia. Assim, para atender à paz no mundo... à amizade entre os nossos povos ... e por uma questão de economia e cooperação na segurança contra o terrorismo, você está em posição de manter a Otan longe da questão da Líbia para o bem de todos.
 Como você sabe muito bem, democracia e construção de uma sociedade civil não podem ser alcançadas por meio de mísseis e aviões de guerra, ou por meio do apoio de membros armados da Al Qaeda em Benghazi. Você - você mesmo - disse em muitas ocasiões, uma delas na Assembléia Geral da ONU, que eu testemunhei pessoalmente, que a América não é responsável pela segurança dos outros povos. Que a América pode ajudar. Esta é a lógica correta.
 Nosso filho querido, Excelência, Baraka Hussein Abu Oumama, sua intervenção em nome dos EUA é uma necessidade, para que a OTAN se retire, finalmente, da questão líbia. A Líbia deve ser deixada aos líbios no quadro da União Africana. Eis como se coloca agora o problema: 1 – Há uma intervenção militar e política da OTAN 2- o terror conduzido pelas gangs armadas da Al Qaeda em algumas cidades, que pela força, se recusam a permitir que o povo volte à sua vida normal, e exerça como sempre o poder popular. Muamar Kadafi – Trípoli, 5/4/2011
A arma da democracia, ou a democracia
das armas?
    Kadafi não se cansa de repetir que a Al-Qaida faz uma guerra e envia combatentes contra o governo da Líbia, porque ele apoiou a guerra antiterrorista de Bush. A Al-Qaida teve no passado excelentes relações com os serviços de inteligência Norte-Americano, na luta contra os Soviéticos no Afeganistão. Por estranha ironia, os EUA agora estão armando a organização que tanto persegue, a fim de derrubar Kadafi. Como se vai explicar isso? Quem é o aliado de quem? A democracia do terrorismo? Ou o terrorismo da democracia?
    Nas palavras do presidente Obama, podemos observar o motivo direto dessa guerra injusta contra o povo Líbio: “No entanto, haverá ocasiões em que nossa segurança não estará ameaçada diretamente, mas sim nossos interesses e valores. [...]
     É natural que os EUA e a Inglaterra, estejam cumprindo seu papel de nações imperialistas e fascistas. O que lamentamos, é que um País de tradição democrática como a França, berço de grandes filósofos, esteja na contra mão do curso, participando dessa fraude histórica.
     Por certo os homens maiores, de grandeza e humanismo, saberão estar do lado certo.

MASSACRE NO RIO

Wellington. A nossa tragédia
AS DOENÇAS DO SISTEMA 
  O Brasil viu exaustivamente pela imprensa sensacionalista burguesa, as cenas de morte de 12 adolescentes em uma escola Carioca no bairro de Realengo. Antes de qualquer critica ao jovem Wellington Menezes de Oliveira, - que foi citado pelo medíocre jornalista Paulo Carvalho, do jornal Expresso, no Rio de Janeiro, como o Monstro de Realengo, e pelo deputado sensacionalista e comediante, Vagner Montes, da rede Record de televisão, como demônio, por ter atirado contra os jovens.  Gostaria de aproveitar o momento oportuno em que o circo da comoção nacional já esta arrefecido, e poder fazer umas considerações sobre a atual conjuntura sócio, cultural e emocional da sociedade de classes em que vivemos. 
    A Sociedade Cristã (diga-se de passagem), e a imprensa, o condenaram de pronto ao fogo do inferno. Mas um olhar apurado e científico pode revelar o que se tornou Wellington. O resultado final de um projeto de sociedade que está fadada a barbárie.
   O modelo de consumo, instituído pela sociedade capitalista burguesa vai além dos manufaturados ou industrializados. Consome-se beleza, voz, olhares, jeito andar, jeito de falar, de relacionar-se amorosa, afetivamente ou amigavelmente... . O problema é que aqueles que não dispõem dos pré-requisitos nesse modelo de consumo, acabam sendo excluídos sociais. Os “feinhos”, os tímidos, os gordinhos, os deficientes... . O preconceito afeta em grande parte a juventude, que já possui uma natureza critica exacerbada. E é de passagem, o alvo principal da formação ideológica burguesa para seus propósitos consumistas. Basta um olhar mais apurado para as telenovelas voltadas para esse público.
   Os princípios construídos com base no individualismo e nos valores morais mercantilistas, como a aparência, a desenvoltura social, o número de pessoas de sua relação e seu nível sócio, cultural e intelectual, torna-se um  peso na vida de um jovem, que ainda não desfruta da maturidade emocional. Esses valores da sociedade capitalista, que passam a ser cobrados a alto preço, acabam atingindo a alguns, de forma mais contundente do que outros. Isso acontece dentro da própria classe em que um individuo é constituído, bem como dentro da família. A ausência de solidariedade, dentro da sua classe social acaba por isolar o homem, que em sua autodefesa, constrói mecanismos de agressão contra seus supostos inimigos, os seus iguais.
     Alguns dos complicadores sociais - revelados pelos colegas e conhecidos -, que afetaram Wellington Foi, fator preponderante para que ele tomasse tal atitude de defesa: “Servia na escola de chacota”. “Não tinha amigos no Orkut”. “Uma única comunidade, (sobre a bíblia)”. “Era chamado de orelhinha”. “Suingue (mancava de uma perna)”. “Bundão da turma”. –quanto às meninas – “Elas, além de zoarem muito o jeito de andar dele e o modo como se vestia, ficavam fingindo ‘dar mole’ e, depois, o ridicularizavam”. O jovem Tiago revelou: "Alguns ex-alunos se sentem culpados sabendo que inocentes pagaram por um ódio que ele sentia pela nossa turma.” Ainda revelou outro amigo: “Ele disse coisas sem sentido sobre problemas na família, sobre se sentir sozinho sempre". "Ele não fazia bagunça, era uma pessoa muito calada”. “Era uma pessoa que se sentasse do seu lado você nem iria notar", O medíocre jornalista do jornal expresso, que durante sua formação parece não ter conseguiu desenvolver uma consciência critica, o chamou de Mané e maluco.
    Bom, com todos esses adjetivos não sei se eu ou você conseguiríamos ser uma pessoa normal. Rejeitado, Wellington só tinha mesmo um caminho. A igreja. A falsa esperança de uma vida melhor na pós-morte. A igreja é a instituição do estado burguês, para onde os fracassados são jogados. É como uma válvula de escape que o sistema coloca para aqueles que não têm esperança, para os que não alcançaram a felicidade vendida pelo sistema, através de mecanismos de alienação formados por profissionais medíocres como o jornalista Paulo Carvalho e Vagner Montes.
   Em uma carta de despedida, Wellington justifica seu insucesso no seio do seu coletivo de classe, resignando-se ao seu próprio mundo virginal de pureza. “os impuros não poderão me tocar”. “Somente os castos que não se envolveram em adultério”. “Nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem”. Fugindo da alienação social, foi parar no pântano alienação religiosa. Mas Wellington revela um profundo amor maternal. “Quero ser sepultado ao lado de minha mãe Dicéa”. Parece que a mãe foi o último laço de confiança, o último refugio que lhe restou. Ao lado dela, ele tinha certeza que não seria rejeitado. Wellington ainda revela seu lado humano. “deixei uma casa em Sepetiba .. quero que esse espaço seja doado... existem instituições que cuidam de animais... pois eles são seres muito desprezados... (como se ele mesmo não o fosse), precisam de proteção e carinho do que os seres humanos...” ele de fato foi levado pelo sistema, a, acreditar que as pessoas são más, mas não conseguiu fazer uma análise de sua realidade objetiva e compreender que não são as pessoas que são más, mas o sistema que os tornam ruim. Egoístas, individualistas e toda sorte de istas que se possa imaginar.
    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, motivado pela comoção nacional, correu para imprensa em busca de promoção com a tragédia, para dar justificativas no mínimo ridículas. Reforçou a ideia de uma nova campanha pelo desarmamento no Brasil. “Acho que temos uma cruzada pela frente... Temos de lutar muito fortemente contra essa cultura do armamento, contra essa cultura que faz com que pessoas, muitas vezes fora de suas faculdades mentais, cometam esse tipo de atrocidade”.
   Concordo plenamente com o ministro! Mas, antes precisamos lutar contra a cultura da alienação sistêmica. Bem como, precisamos lutar contra a cultura do armamento do estado fascista brasileiro. Pois foram as armas do estado que em trinta anos mataram um milhão de jovens, em sua maioria por atrocidades (como citou o ministro). Por uma burguesia fora de suas faculdades mentais. Dentre as perigosas armas que matam no Brasil, os carros são os piores assassinos. Precisamos também recolher todas as habilitações antes que seja tarde demais. Não é ministro?
    A presidente Dilma Rousseff, também não perdeu a oportunidade, e se apressou em abocanhar a sua fatia do bolo com o sensacionalismo que a imprensa burguesa propagandeou. Ela citou em seu pronunciamento, o termo: “crianças indefesas”, “que não é do nosso Pais ocorrerem esse tipo de crime”, “crianças inocentes que perderam a vida e o futuro”.
    Eu não quero fazer uma critica exacerbada ao discurso da presidenta, mas vamos e convenhamos, ela parece ter tido um lapso de memória. É sim da historia do nosso País ocorrer crimes contra crianças sim. Alguém pode lembrar a ela, crimes como o da candelária! Perpetrados contra crianças pelo estado continuista que ela governa. E quantas outras candelárias acontecem pelo imenso Brasil afora, e ficam impunes?
"A esperança do bem e do mal vem das
antenas de TV "
   Antes da presidenta se preocupar com o “fim do futuro” das doze crianças, - o que é de fato lamentável- deveria em nome delas, afinar os ideais e reivindicações proletárias, e fazer valer um projeto econômico de no mínimo, cobrar altas taxas de quem constitui riquezas no País, afim de que se possa efetuar uma melhor distribuição da renda para aqueles que de fato a produzem: Os pais proletários das crianças que ainda estão vivas, afim de que elas possam ter um futuro mais digno pela frente.
    É preciso cautela antes de condenar o jovem Wellington. Fatos como esse se repetirão ao longo da historia. Quiçá não seja em sua família onde surgirá um novo “monstro”. Pois a monstruosa burguesia e sua imprensa, sempre vão se apressam em condenar os efeitos como causa. No entanto, a causa em si, é fruto da decomposição do cancerígeno estado capitalista burguês, de seus dirigentes que enfrentam uma crise de legitimidade, engodados de corrupção e lascívia.
      A tragédia pessoal do Wellington é a na verdade o reflexo da tragédia política, econômica, moral e social em que vivemos. É a nossa tragédia. É a nossa própria crise de valores, que vez por outra ressurgirá em forma de horror.












sábado, 2 de abril de 2011

POEISA DEDICADA A TODOS AOS QUE LUTAM PELA LIBERDADE (Paulo Justino)


 
O  ÚLTIMO ALENTO

I
Como fugir do histórico compromisso de negar  o fato?
Se hei de viver aos poucos morrendo, melhor será que de uma vez, morra lutando.
Como homem livre por traz dos muros da prisão!

II
Oh! existência louca.
De uma razão torpe, inodora, mas sem medo...

III
Não quero viver por viver, como fazem os homens menores.
Quero sentir na carne a dor da história,
Quero ver sangrar em sonhos, a aurora plácida do novo mundo.

IV
Oh! filhos da sombra. Obscurantistas! Quem vos outorgou o poder?
Por acaso fora o santo sacerdócio?
Saibam que o bico do meu fuzil, calará vossa torpe e insolente arrogância!

V
Pois não quero como presente da vossa tirania, servir a Deus e a vossa Justiça.
Antes a morte!.
E nós que haveremos de morrer pela vida, não devemos ser chamadas de mortos.
Mas os que vivem da morte fugindo, mortos para a vida já estão.

VI
Se vejo cabisbaixo andando a passos lentos....com medo...
A força motora que a riqueza produz...O Proletário!
Por outro, olho de queixo audaz, quem dela usufrui...A Burguesia!

VII
Por isso, não mim convides amigo meu,
Para do banquete a que te foi servido -mediocre - desfrutar.
Pois com o fruto da tirania, não quero minha alma alentar!

VIII
E se um dia mordaz,  a bala da injustiça meu peito atravessar, 
Verás sorrindo meu corpo moribundo, sob a terra descansar!
Abraçando na história, a glória reluzente do seu altar.

IX
Se mim permites em uma palavra,  a minha existência definir então,
Seria o amor. à Revolução!

Rio de Janeiro, 02 de Março de 2011


sexta-feira, 1 de abril de 2011

MORRE JOSÉ DE ALENCAR


Se existe de fato a polaridade céu e
inferno, acho que o rabicho de alguém
vai virar churrasco.
POR QUEM CHORA A BURGUESIA?

  Um parente chora a morte de um parente. Um proletário chora a morte de um proletário caído na luta. Um burguês chora a morte de outro burguês!
   A despeito do que arrazoa a imprensa, o vice- presidente José de Alencar, não foi em sua vida uma flor que se cheire. Apoiador do famigerado golpe de 64 calou-se diante da tortura, morte, e seqüestro dos comunistas. Teve situação privilegiada nos sucessivos Governos, juntamente com outros empresários que ganharam concessões e direitos especiais para exploração de recursos minerais e financeiros do País. A saber, Roberto Marinho, Antônio Erminio de Moraes e outros. Dono da Coteminas, indústria do setor têxtil, Alencar fez fortuna baseado na exploração do trabalho humano, aplicando a mais-valia com baixos salários.
    O empresário usou de sua posição de Vice-Presidente, para coagir a justiça corporativista burguesa, a fim de arquivar os processos de crime hediondos, como trabalho escravo. Em 2007, “Foram resgatados 26 trabalhadores em condição análoga à de escravos de um local que faz parte de um projeto de exploração de eucaliptos para o abastecimento das caldeiras da unidade da Coteminas em Blumenau (SC)”.
    Depois de tudo o que as instituições da burguesia fizeram por este cidadão, o que se poderia esperar dele seria o mínimo de Nacionalismo, contribuindo com o desenvolvimento do País e melhoria das condições de vida de “seus próprios escravos”. A forma como ele poderia retribuir seria pelo menos pagando os encargos sócios de forma correta, ao invés disso, buscava contratar os “gatos” a fim de terceirizar a atividade, sem gerar compromisso social. "O fato é que o número e a intensidade das violações constatadas na propriedade favoreciam diretamente a atividade econômica e permitem compor um quadro estarrecedor de completo desprezo pela dignidade humana dos trabalhadores por parte daqueles que se utilizam da sua força e dos seus serviços", afirma o documento feito pelos fiscais. Além disso, a Coteminas é acusada também de forçar demissão de funcionários que apresentaram caso de hepatite do tipo B.
     Não fica por ai não, o empresário para fugir da alíquota de importação dos EUA, se apropriou em 2008, dos benefícios da invasão do Haiti por tropas brasileiras, e montou uma fabrica de tecidos, tendo em vista que o tratado de livre comercio com o caribe, isenta as empresas de impostos de importação nos EUA. O problema é que no Haiti o trabalho é escravo, e assegurado por tropas Brasileiras. US$ 0,50 por hora, contra US$ 3,27 no Brasil.
    Em sua vida política, Alencar teve participação direta em escândalos de apropriação do patrimônio do trabalhador. Em 2005, Duda Mendonça denuncia no mensalão do PT, caixa dois na chapa do empresário. Ele recebeu um milhão, e foi denunciado na CPI dos correios. A justificativa foi fornecimento de camisas para ao PT. O presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini desmentiu o fato, de que essa grana tenha passado pelo caixa do partido. Uau, que coisa feia em seu José.
Greve por dignidade
   Em sua vida pessoal, o bom moço sempre foi devasso. Não teve caráter e dignidade suficiente para reconhecer uma filha, Rosemary de Morais que desde 2001, luta pelo reconhecimento do pai que se recusou a fazer os exames de DNA determinado pela justiça.
    Bom, além da burguesia não creio que mais alguém esteja chorando a morte do Zé. Nós proletários, não tivemos nada a ganhar com ele em vida, e possivelmente após sua morte, seus filhos darão continuidade a exploração humana, e ao enriquecimento ilícito. Resta-nos a considerar, se de fato existir vida após a morte, e houver mesmo a polaridade céu e inferno, o rabicho de alguém vai virar churrasco.
    No mais, já vai tarde!