Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO IV -

Dicotomia feminista entre o sonho e a realidade.
“Não se pode imaginar que no universo, tanto dos elementos, dos produtos e dos objetos de uso da natureza, não haja uma ordem natural de subordinação espontânea entre as coisas.”

DA NATUREZA DAS CONDIÇÕES DOS PRODUTOS E OBJETOS

Dando sequência a nossa pesquisa, de onde partimos do elemento; seguiremos para o entendimento da natureza do produto e seu desenvolvimento; até a forma de objeto natural. Passaremos também pelo processo de evolução espontânea, enquanto função de uso pela natureza. Este desenvolvimento ou evolução é um organismo da natureza, e necessário enquanto interesse da própria natureza. É quando ela troca o elemento e renova o produto constituído; podendo ser relativa ou não. Porém, tendo sempre um resultado de natureza qualitativa, no processo da evolução.

O caráter da relação entre o elemento A e B, conforme citamos no TOMO II, origina-se dentro do caos, por um processo espontâneo de grandeza positiva. Porém isso acontece por uma necessidade imperativa, e apenas de satisfação da natureza da própria relação. Dessa forma ele se constitui enquanto produto organizado com uma função e valor agregado. Esse movimento dialético de evolução pela negação gera uma dependência simbiótica, agregando vida espiritual inorgânica à natureza dos produtos.

Essa valsa veneziana entre os produtos se constitui, no ponto central da relação entre as coisas. Citamos anteriormente o produto argila enquanto união dos elementos na natureza, para facilitar o entendimento. Porém ele é apenas um produto com um valor mínimo enquanto produto organizado, e sua função de uso é apenas relativa. Sua grandeza de valor não difere dos demais produtos naturais; nesse norte, apenas a sua função de uso qualitativo exerce um valor desigual; seja este valor, de caráter afirmativo positivo ou negativo. Lembremos que o produto, enquanto resultado objetivo de uma relação elementar, é apena uma fração da relação universal do conjunto dos produtos.

Para que ele, o produto, se torne um objeto essencial a serviço, e para uso da natureza que o organizou, necessita se relacionar com os seus equivalentes. A sua natureza, e a natureza organizadora exige dele, de igual forma que exigiu do elemento, uma negação relativa a fim de agregar-lhe valor e estabelecer a sua nova função no mundo das coisas organizadas. O produto só consegue cumprir a sua função de uso pela natureza se estiver disposto a entrar em concorrência com os outros produtos, que às vezes se torna uma concorrência desleal. Para não ser descartado, ao ponto em que concorre, ele se esforça para construir uma união relativa com os outros produtos e dar continuidade a sua própria existência.

Não podemos imaginar que no universo tanto dos elementos, dos produtos e dos objetos de uso da natureza; não haja uma ordem natural de subordinação espontânea entre as coisas. Entre os grupos que se agregam e se submetem a outros grupos para continuarem agregados e exercendo sua função natural, por uma “impulsão comunicada.” (Darwin). Se não fosse assim, não haveria espaço para um processo dialético de desenvolvimento, e o caos, não sujeito a uma força externa de relação espontânea em si mesmo, promoveria a desorganização; e as condições uniformes entrariam em colapso, culminando com o fim. Nós não possuímos compreensão perfeita desta lei natural de subordinação espontânea das coisas. Pois esse enigma da natureza organizadora e sua relação espiritual com a natureza dos elementos e produtos, ainda carecem de estudos mais profundos. Eu também não encontrei referencia filosófica a altura para este assunto. A nossa intervenção neste caso é apenas de observação superficial.

Vamos tentar facilitar o entendimento com um simples exemplo de negação, e relação simbiótica do produto com o objeto, no processo de superação dos entraves em sua cadeia de evolução, ao objeto organizado. Decidimos então tomar como exemplo, o João de Barro. Enquanto espécie já desenvolvida, atuando enquanto objeto de uso da natureza, ele transforma o produto C (argila), enquanto agente natural, e mediante a impulsão comunicada; em objeto de uso da natureza para o próprio desenvolvimento da natureza. Essa relação equacionada entre produto e objeto, permite que o João de Barro, construa sua moradia a fim de oferecer garantias a continuação de sua espécie.

No momento em que o produto C se nega enquanto produto, ele aceita uma relação de subordinação ao objeto, promovendo uma união relativa para servir a um novo proposito em favor da natureza. Ele concorre nesse momento com outros produtos e até mesmo com objetos formados para fazer valer a sua função natural. Agora em seu estado avançado enquanto objeto de uso (casa do João de barro), ele concorrerá em uma ordem elíptica de evolução com os demais produtos em uma cadeia superior. Isso só foi possível, devido ao principio da negação e da subordinação espontânea. Esse parece ser o código alfa do processo de desenvolvimento das coisas.

"Ideias são mais
 letais que armas".
Caso o elemento C se negasse à sua negação ao João de Barro, ele promoveria um ponto de colapso na ordem natural, desmontando uma cadeia de desenvolvimento de natureza orgânica e inorgânica. Porém, enquanto objeto constituído ele se permite renovar em tempos e tempos, para cumprir uma
reorganização espontânea do processo qualitativo de desenvolvimento. Ele voltará a ser argila e em seguida barro e água. Esse ciclo permite que ele retorne ao seu estado de produto, e até de elemento, para se reorganizar e voltar ao seu estado evoluído de objeto. Este entendimento, do principio da negação, da subordinação e da união espontânea nos dará suporte para à compreensão no futuro, da constituição de uma ordem natural na cadeia de vida entre as espécies, bem como na constituição de uma ordem social. Entenderemos também quais os danos que uma ideia doente pode causar a toda uma ordem natural de vida. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO III -

"A crítica é um organismo do pensamento organizado. Necessário para levar a reflexão e reorientação de um norte, supostamente desorientado. É um questionamento que enquanto consciente, pode levar a auto-crítica."

A CRÍTICA DA CRÍTICA

Decidi adiar a publicação da pesquisa na busca da uma lei geral da relação de gênero, a fim de esclarecer alguns mal entendidos que se revelaram desde a publicação do TOMO II. Eu estava ciente de que haveria severa oposição a ideia. Pois estamos vivendo um momento histórico muito sensível, onde o materialismo se encontra em uma crise sem precedentes, desde os anos oitenta; com os questionamentos que levaram ao fim da URSS.

Com um espaço vazio na história materialista, a burguesia reacionária passou a assumir um novo projeto de manipulação de consciência da massa. Ele deveria ser de caráter emotivo, buscar no cerne da psiquê proletária, o processo antidiatético do pensamento. O código racional deveria ser anulado e um Eu passivo construído. O resultado objetivo deste projeto, se pode ver na nova geração de jovens alienados em busca de uma personalidade ou de um projeto para seguir e cultuar. E quando a encontram, tornam-se seguidistas e renegam a ciência em nome do moderno, do emocional, do romântico, e pasmem: Em nome da liberdade que mais se assemelha ao liberalismo. Pensar diferente se tornou anormal.

Com o novo pensamento construído, emotivo e romântico, tudo que lembre a realidade objetiva e materialista, é motivo de susto e arrepios. A linguagem cientifica se tornou um absurdo. Incompreendida. O nível de entendimento e capacidade de abstração, desceram até o limiar do submundo de Hades. Mas eu já esperava por isso. E estava pronto para receber as criticas das mais diversas naturezas. Alguns estão dizendo que minha pesquisa é de caráter Nazista. Outros me acusam de reacionário. Alguns de machista. Ainda há aqueles que dizem serem meus textos muito complexos para o entendimento. E há aqueles que se sentem ofendidos, e nem sei por que. Enfim...entre mortos e feridos, acredito que todos encontrarão o seu norte, com os esclarecimentos futuros nos próximos TOMOS.

Eu acredito que a crítica é salutar e necessária. Ela sempre será bem vinda, tendo como origem o intelectual, o estudioso, o curioso, o romântico, o sonhador, o ofendido, e até mesmo o idiota. A crítica é um organismo do pensamento organizado. Necessário para levar a reflexão e reorientação de um norte, supostamente desorientado. É um questionamento que enquanto consciente, pode levar a auto-crítica. Eu a aceito de bom grado, no entanto, gostaria que ela tivesse um sentido que levasse a reflexão. Que não tivesse uma origem na revolta. Que não fosse pessoal, infantil e de baixo nível ideológico. Que ela seja serena, consciente, imparcial, e acima de tudo que seja pautada dentro de uma análise cientifica.

Espero sinceramente que os críticos não se ofendam por serem criticados. Pelo contrário, desejo que continuem lendo, relendo e criticando. Que sejam sugestivos, colaboradores e inteligentes. Que possam compreender o meu proposito, de levar esclarecimento cientifico a uma sociedade empobrecida de consciência cientifica. De reorientar o norte revolucionário de uma vanguarda à galope, perdida nas pradarias, de ideologias fraudulentas.