Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 15 de setembro de 2013

O QUE SE PASSA NA SIRIA

(Barack Obama presidente dos EUA)

    A NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO DO CAPITAL

Agora não há mais saída para os senhores da guerra. Foram forçados a assinar a paz pelo menos por um tempo. Como disse o presidente do Uruguai José Mujica sobre a Síria: "O único bombardeio admissível seria de leite em pó, biscoito e comida".

Primeiro a Iugoslávia, depois o Afeganistão e Iraque. Em seguida a Líbia e agora seria a vez da Síria, se a Rússia não mostrasse as garras do Urso, assustando a Águia ocidental. 

Os EUA planejam dominar a Síria desde dois mil e seis quando começou a organizar os grupos armados a partir do exterior a fim de derrubar o seu presidente e colocar um representante do ocidente na estratégia região. Vale lembrar que os Americanos já dominam todo o mundo Árabe com exceção do Irã e da Síria.

Bashar Hafez al-Assad governa o povo Sírio desde a morte de seu pai, em dois mil. Ele manteve uma política laica no tocante a liberdade religiosa apesar de seu pais ser muçulmano. Sendo aliado tradicional da Rússia, que possui a maior base naval e militar do mediterrâneo em seu território, Assad não foi cooptado pelo ocidente, revoltando assim os EUA, França, e Inglaterra e a Alemanha. 

A grande verdade por traz da tentativa de derrubar Assad, não é que ele seja um cruel ditador, por que ele não é. Não é que ele tenha usado seu arsenal químico contra civis, pro que não usou. Ele esta ganhando a guerra civil em seu pais e não haveria motivos para isso, só se ele fosse um perfeito idiota, o que não é, pois conta com a esmagadora maioria de seus compatriotas. Especialistas de governos independentes já confirmaram que as armas foram usadas pelos terroristas financiados pelo ocidente. Eles explodiram o artefato com falsa bandeira. 

As verdadeiras intenção da campanha belicista das potências ocidentais, são estratégicas e econômicas. A domínio da Síria enfraqueceria o poderio Russo na região. Esse seria o primeiro motivo. A Europa já cercou a Rússia em suas fronteiras até onde pode. Os EUA também já fizeram o cerco ocupando a coreia do sul e Afeganistão, sem contar com a presença nos antigos países asiáticos do bloco socialista. Dominando a Síria, além do enfraquecimento da presença russa na região estratégica cercaria o Irã, que ficaria enfraquecido seria a próxima vítima, concedendo domínio absoluto à Israel na região, tendo em vista que a Jordânia sua vizinha, já é uma espécie de protetorado americano. Esse seria o segundo motivo.

Bashar Hafez al-Assad presidente da Síria
O terceiro motivo é de fato a necessidade de uma renovação do capital internacional. Com uma nova guerra as indústrias bélicas ocidentais trarão trilhões de dólares para o mercado, dando novo fôlego com moeda nova ao ciclo de renovação tão necessária ao capital em seu decênio.

O projeto belicista de Obama e o seu congresso, que é financiado pelas corporações financeiras e armamentistas, dentre outras, juntamente com Tony Blair da Inglaterra, François Hollande da França e Angela Merkel da Alemanha, foram frustrados pela destreza e habilidade política de um só homem. Vladimir Putin da Rússia. Ele de fato usou de grande diplomacia internacional durante o período mais crítico. Também foi duro com os EUA quando precisou afirmar que a Rússia iria proteger a Síria. Enviou para o mediterrâneo uma poderosa frota naval e reforçou o contingente militar na região. Conseguiu uma parceria forte com a China, e com isso boqueou as resoluções vendidas e mascaradas da ONU.

Putin ainda foi mais ousado. Entendeu a vontade pacifica do trabalhador Norte americano e propôs uma saída digna para Obama que já estava diplomaticamente derrotado, levando a Síria  assinar o tratado de não proliferação de armas químicas, e posterior destruição do arsenal. Escreveu ao povo Norte Americano em uma matéria pulicada no jornal New York Times, esclarecendo as verdadeiras causas do conflito e suas consequências para a região e o mundo. Mostrou uma estrada pacifica para a crise. Foi de fato um golpe de mestre. Ganhou a opinião pública Americana que se voltou contra Obama e o Congresso, e se expressou da seguinte maneira: "Estou com Putin"!

Agora não há mais saída para os senhores da guerra. Foram forçados a assinar a paz pelo menos por um tempo. Como disse o presidente do Uruguai José Mujica, sobre a Síria: "O único bombardeio admissível seria de leite em pó, biscoito e comida".

Putin representa uma poderosa nação cujas bases foram criadas pelo seu fundador em 1917. Lênin mostrou ao mundo que a liberdade humana é possível, e a união dos trabalhadores se mostrou eficiente na construção de um novo modelo de sociedade que logo despontaria como uma superpotência sócio econômica, política militar, e sócio cultural. Hoje, já na era das armas de sexta geração, a Rússia segue na vanguarda tecnológica, ganhando espaço como o segundo maior produtor e exportador de armas do mundo. Deixando para traz a era supersônica, eles embarcam em um show de tecnologia militar, na fabricação do primeiro míssil hipersônico do mundo. Por essas e outras, é que quando a Rússia fala, o mundo precisa escutar.

Não há muita diferença entre os dois protagonistas do destino da Síria. Ambos são representantes do capital internacional. Ambos imperialistas, Ambos defensores da exploração humana. Dois representantes de duas superpotências, dois poderosos líderes que decidem sobre a morte e a vida. No entanto, neste jogo de xadrez no cenário internacional, a habilidade política os tonara diferentes pelo menos por um instante. De Um lado Barack Obama (perdedor), que se tornou o mais novo senhor da guerra. Do outro lado Vladimir Putin, (vencedor), que se tornou o cavaleiro da paz e da esperança.

(Vladimir Putin presidente da Rússia)

domingo, 8 de setembro de 2013

SEM GOLPE MILITAR

É FÁCIL PREVER O ÓBVIO

-Portanto essa euforia do reformismo das ruas, aliada a infantilidade revolucionarista da inconsequente juventude amadora, serve apenas para fornecer lenha para a caldeira do sistema, que nessas horas abre seu discurso hipócrita de liberdade de expressão, em "nossa plena e sólida democracia Brasileira"-.

Como citei no meu ultimo post, não houve golpe militar no dia sete de setembro. Ate porque não há condições objetivas para isso. A burguesia Brasileira e Internacional estão satisfeitas com mais de uma década de gestão Petista. O capital durante esse período se fortaleceu com os benefícios da gestão Lula e Dilma, de tal forma que superou as expectativas até mesmo de portos seguros como os Estados Unidos e Europa.

Durante esse período não houve mudanças significativas para o proletariado, a despeito das promessas. Os benefícios concedidos não foram mais avançados do que nos governos declarados abertamente das elites. Citando por exemplo José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, e Fernando Henrique. Durante os vinte e oito anos da chamada redemocratização burguesa, as poucas melhorias para a massa trabalhadora, foram concedidas em doses homeopáticas de forma que não houve resultados práticos em termos de mudança qualitativa na realidade objetiva deste coletivo laboral.

Alguns milhares de brasileiros eufóricos saíram as ruas ontem para protestar. O grande complicador é que as massas espontâneas não sabem reivindicar. Ganham às ruas, espaço e notoriedade, no entanto as propostas são vazias. Isso acontece por exatamente porque são espontâneas e apartidárias como se auto-intitulam. Elas necessitam de uma direção partidária revolucionaria para capitalizar os resultados e fazer valer as reivindicações.

A eufórica reivindicação amadora

O vazio deixado pelo resultado da conduta desnorteada e amadora das ruas, se expressa em sonhos como: "Aprovação da PEC 18, Internet a preço justo, Condenação aos envolvidos no propinoduto tucano, Respeito do INSS para com os contribuintes, etc". Essas propostas de cunho reformista e até humanitária, não abalam o sistema e até podem ser concedidas. No entanto elas servem senão para ofuscar a verdadeira realidade da miséria do trabalhador e sua família. A burguesia até agradece pela proposta de reformismo, até porque ela mesma propõe em tempo em tempos a reforma do sistema, a fim de dar uma aparência de boa conduta na gestão da riqueza produzida pelo proletariado, e administrada por ela.

É preciso compreender que o capitalismo não é um sistema autossustentável. Além de que não pode ser humanizado, e suas reformas tem limites. Se ele deixar de ser predador, desaparece em sua natureza. Portanto essa euforia do reformismo das ruas, aliada a infantilidade revolucionarista da inconsequente juventude amadora, serve apenas para fornecer lenha para a caldeira do sistema, que nessas horas abre seu discurso hipócrita de liberdade de expressão, fazendo crer que vivemos em "uma plena e sólida democracia Brasileira".

Uma proposta coerente

A única proposta de fato que levaria a uma mudança na qualidade de vida seria a revolucionária. No entanto, só um partido com a teoria Marxista seria capaz de conduzi-la. As condições objetivas estão prontas, o jantar já está posto à mesa, agora cabe à vanguarda revolucionária sentar-se com o garfo e faca para cortar o queijo do espontaneísmo das massas amadoras indignadas, mas ainda não revoltas.