Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A ROSA SEM PERFUME


A realidade objeitva do Governo Burguês.
A HISTÓRIA NÃO ABSOLVERÁ
   Eu caminhava pelas ruas de Porto Velho, quando me chamou a atenção, um jardineiro que podava um jardim repleto de flores. Enquanto olhava as pétalas caídas, um filme da Dialética Histórica me passou pela cabeça. Vi a transição da ditadura militar, caída em favor da Democracia Burguesa. Olhei bem para o primeiro representante dessa burguesia, o corrupto José Sarney. Passei por Fernando Collor, Itamar Franco, vi o sociólogo Neo-liberal Fernando Henrique, que desmontou o Estado Brasileiro em favor do capital internacional. Olhei a falsa esperança que viveu o proletariado quando da Ascensão do Lula a presidência da República.
    O capitulo do filme que chamou mais a minha atenção, foi o momento em que cheguei na Eleição de Dilma Rouseff. A Ex-guerrilheira comunista, repleta de ideais libertários e de sonhos humanistas, hoje, assentada na cadeira presidencial gerenciando os frutos do suor do proletariado Brasileiro em favor da burguesia obscurantista que ela mesma combateu. Irônico.
    O jardineiro, um homem aparentando uns quarenta anos, viveu todo esse processo de transição e deve ter alimentado muitas esperanças na melhora na sua qualidade de vida. Acredito que ele ainda hoje trabalhe para comer e quem sabe pagar um aluguel. Ou seja, uma vida passada com falsas esperanças de melhora. Como ele, quinze milhões de famílias não possuem casa para morar. Seis milhões de jovens precisam de universidade pública todos os anos. Os sucessivos governos da burguesia só oferecem até hoje, pouco mais de quatrocentas mil vagas. No universo de cento e cinquenta milhões de cidadãos acima de dezesseis anos aptos para o trabalho, apenas quarenta milhões possuem trabalho fixo. Noventa e nove por cento dos agricultores no pais, possuem apenas um por cento das terras. Enquanto um por cento dos latifundiários possuem noventa e nove por cento das terras férteis. O BNDS financia o capital internacional e nega recursos a nossa industria, e aos pequenos empreendedores. O IDEB alcançou uma vergonhosa média de 3,6 (6,0 é á média dos países desenvolvidos)
De revolucionária a conciliadora
de classes.
    Enquanto o governo da ex-revolucionária Dilma, coloca a culpa na falta de capacitação do proletariado, pelo seu estado de miséria e semi-escravidão, o jardim da agiotagem bancária brota com fartura, verdes folhas de papel moeda. O IDH do Brasil, continua a mais de trinta anos atrás do Chile, Argentina e Cuba. A dívida pública impagável já ultrapassa um trilhão. A dívida externa está próxima de trezentos bilhões de dólares. Resta ao grupo que gerência os interesses da burguesia, no governo Rousseff, administrar as poucas sobras dos recursos que caem da farta mesa da burguesia Brasileira.
      Quando o filme terminou, voltei a olhar para o jardim e vi uma rosa rubra, esmorecida, caída no chão. Pensei ver Dilma, podada pela história por ter perdido o seu perfume.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

INCÊNDIO NO RIO


Do espontâneo
ao consciente
BOMBEIROS EM CHAMAS
   A luta econômica por melhores salários é justa. Ninguém pode negar o fato de que ela é fundamental para a melhoria de vida do trabalhador. Alguns setores da própria burguesia a incentiva, pois ela é motivadora, traz discussões e gera capital politico para os mais antenados. Além de dar uma aparência de democracia. No entanto, é uma faca de dois gumes. Enquanto luta econômica, ela tergiversa a natureza real do problema, ela tira do foco o centro do caos, e conduz a orbitação em seu entorno. Ora, Karl Marx descobriu que a única forma de controlar o caos, é entrando no seu eixo e sufocando-o, reprimindo-o, até que ele seja controlado. O caos sistêmico é de natureza politica, consolidada na divisão econômica da sociedade em classes, baseada na exploração humana.
    O que pudemos observar na luta dos bombeiros do Rio de Janeiro, é que existe um campo muito fértil para ação em todas as categorias do proletariado. O impulso das massas se revela, sempre que o arroxo econômico se faz presente, em antagonismo com a opulência financeira da burguesia. As diferenças econômicas produzidas pela acumulação de riqueza de um lado e pobreza em outro, leva  a classe dominante a evitar embates políticos e manter a discussão no plano econômico, longe do centro nervoso do caos, que é a natureza politica. No entanto, ela não consegue controlar todas as ações, e muitas vezes resulta em fuga de direção, levando a revelação de sua natureza. No momento em que a policia age com violência, enquanto força de opressão, dá à repressão, um caráter político, fascista moderado.
    Um fato curioso é que a massa em ebulição, no caso os bombeiros do Rio, recusaram suas lideranças tradicionais nas negociações. Cansados de peleguismo, negociações brancas e sindicalescas, optaram por lideres nascidos no caos da luta, e não abriram mão dessa prerrogativa. Pudemos contemplar um fato cientifico: O nascimento do elemento consciente brotado do espontaneísmo da massa em luta. Considerando esse fato, nos reportamos a Lenine, quando afirma que: "O sindicalismo é justamente a escravidão ideológica dos operários pela burguesia". A luta sindical da categoria em nenhum momento levou a massa a luta politica, engessando-a na mediocridade da luta econômica. Esse fato novo obrigou o Governador Sérgio Cabral a fugir a regra e negociar diretamente com os "insubordinados", ou "Vândalos", como ele mesmo se referiu, mas que voltou atrás em sua infeliz declaração. Que isso sirva de exemplo para as demais categorias.
Sérgio Cabral: "São Vândalos"
    Alguns moralistas acusaram os trabalhadores bombeiros de imorais, por terem invadido o batalhão. Mas, "em uma sociedade fundamentada sobre a exploração, a moral suprema é a moral da revolução socialista".      
       Estamos a caminho!