Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 25 de agosto de 2013

GOLPE MILITAR EM SETE DE SETEMBRO

Nacionalismo. A doença infantil da pequena burguesia
Se tivéssemos mesmo as portas de um golpe militar, não saberíamos  Os atos de tomadas de poder são silenciosos, sorrateiros e mesmo na antessala do ato, os artista são discretos. O fato é que não há conjuntura plausível para isso.

OS BOATEIROS E OS SEGUIDISTAS

Foi preciso dar uma pausa nas publicações dos Princípios Operantes da Revolução Brasileira, a fim de esclarecer aos camaradas e companheiros que me questionam, sobre um possível golpe militar no próximo dia sete de setembro.

Em primeiro lugar, e preciso fazer uma análise minuciosa sobre a atual conjuntura do país. O governo conciliador do PT abriu as comportas dos benefícios para a burguesia nacional e internacional. As instituições bancárias, principal suporte do capital, nunca estiveram melhor e mais sólidas. A liberação de recursos do BNDS para financiamento das oligarquias industriais, inclusive internacionais, pasmem, marcou durante o governo Lula e Dilma, o norte ideológico do gerenciamento de Brasília.

O governo reacionário de FHC distribuiu mais terras para a reforma agrária do que o governo Lula. Isso agradou as oligarquias latifundiárias incluindo empresas transnacionais que detém milhões de hectares de terras férteis no país. A Igreja nunca teve em sua história, um espaço político e financeiro tão seguro quanto tem hoje. O vaticano está feliz com curso que segue o Titanic Brasileiro. A Santa Sé tornou-se patrimônio nacional. Sem a Igreja e a Burguesia, as forças armadas mesmo descontentes não tem autorização para dar um golpe de Estado. Pois elas são parte ideológica do ciclo do capital.

As indústrias Americanas e Europeias encontram no paraíso Brasileiro, quase que total ausência de protecionismo governamental para suas atividades lucrativas. Elas quando não atuam na produção fazem a especulação financeira, causando danos a industria nacional. O banco central esta nas mãos da grande burguesia.

O único confronto aberto de caráter de classe que se viu foi a polêmica da contratação dos médicos Cubanos. O que não causa impressão ou desconforto às oligarquias internacionais. Até por que a experiência de longa data da atuação desses profissionais da solidariedade em outros países, não provocaram mudanças políticas, de governo ou de regime nos países em que atuam. Portanto esse complicador não provoca a mínima possibilidade de golpe, até por que se trata de luta política, o que naturalmente o capital internacional e até a burguesia nacional entende perfeitamente.

O capital prefere navegar em águas tranquilas, e Brasília é um porto seguro. Por qual motivo se trocaria a gerencia do país, provocando um tumulto que levaria a bilhões e até talvez a trilhões em prejuízo? Ninguém ganharia com essa conjuntura.

O que se passa na nano-disseminação deste boato na mídia, é por que uma fração da burguesia conservadora, diga-se pequena burguesia, deseja reconquistar espaço perdido com as mudanças de valores de classe, propiciado pelas lutas travadas antiracistas, e fascistas. No entanto, ela não possui autoridade muito menos autonomia e estrutura para organizar um golpe e Estado. Essa fração descontente, está sujeita às frações maiores e determinantes; Com poder de decisão. A "arruaça" que a pequena burguesia pretende fazer neste sete de setembro é um golpe sim, mas de marketing. A imprensa burguesa não perderá a chance de alardear e tergiversar as informações para ver no que vai dar.
Os caras pintadas. Rebeldes sem causa

Se tivéssemos mesmo as portas de um golpe militar, não saberíamos! Os atos de tomadas de poder são silenciosos, sorrateiros e mesmo na antesala do ato, os artista são discretos. O fato é que não há conjuntura plausível para isso. Portanto o melhor que se deve fazer é não se comportara com um seguidista de boateiros, e aprender a analisar a conjuntura de forma de sua realidade objetiva. No mais, é só apreciar nas ruas nesse sete de setembro os caras pintadas pequenos burgueses, que parecem querer retornar como rebeldes sem causa.

sábado, 24 de agosto de 2013

PRINCÍPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA -TOMO Vl -.

León Trotsky, dirigentista
contra-revolucionário
O melhor antídoto contra o seguidismo dirigentista, é o conhecimento. A leitura individual e diária da dialética materialista e histórica. O desenvolvimento de uma visão crítica e a defesa do centralismo de opinião, em se tratando do conhecimento cientifico. Um revolucionário que estuda diariamente e desenvolve suas próprias convicções, está apto para debater, e questionar, filtrando assim as mensagens inoportunas errôneas e tergiversadas, oriundas de dirigentes oportunistas, que buscam no deleite de suas funções, um trampolim para o seu engrandecimento pessoal.

DO DIRIGENTISMO BARATO E DO SEGUIDISMO

Muitos homens se tornam brilhantes oradores e desenvolvem capacidade espantosa de persuasão. Alguns tornam-se lideres de massas e outros dirigentes de comitês centrais. No entanto, acabam trilhando por sendas do orgulho e escorregam um degrau na escada da revolução, tornado-se dirigentistas. Eles se desviam do marxismo revolucionário e arrastam centenas de bons quadros revolucionários até o golfo do conformismo e do desculpismo. Eles são os demagogos da revolução. São na verdade mais perigosos do que os reacionários propriamente ditos. Tornam-se, em seu comportamento antagônico, um contra-revolucionário Eles transformam impetuosos soldados em seguidistas obscurecidos. Um revolucionário pode deixar ser um profissional em sua natureza profissional, e se tornar um artesão rebaixado em sua natureza, e à natureza de artesão por perder sua capacidade e autonomia de pensamento crítico por se tornar um seguidista. Isso é o pior que pode acontecer com um quadro.

Não são poucos os dirigistas pomposos que pousam de ideólogos, teóricos e formadores de opinião. Eles são quadros respeitados em suas agremiações partidárias e aparentemente possuem uma postura acima de qualquer suspeita. No entanto, em seu interior de revolucionário, a chama que brota não é uma labareda de madeira nobre, e sim apenas uma chama de candeeiro.  Suas vidas pessoais estão engodadas e egoísmo, ambições pessoais e presunção. A arrogância teórica é seu prato predileto, e o despotismo, o leme de sua alma. Eles são os lobos vestidos de ovelhas. Apesar de conservar o espírito revolucionário, eles se desviam da consciência socialistas. Já conheci pessoalmente alguns.

Tanto nos partidos legalistas bem como nos clandestinos ditos revolucionários, encontramos figuras desvirtuosas como os dirigentistas. O que temos a lamentar é que os quadros em formação sofrem forte influência dessas figuras retrogradas, principalmente a deturpação da visão revolucionária. É preciso estar atendo para se fazer denuncias abertas e constantes depurações no partido, até mesmo dentro dos quadros superiores do comitê central. Lênin já advertia sobre a necessidade dessa depuração de tempos em tempos.

O companheirismo e lealdade são
características de bons dirigentes
O melhor antídoto contra o seguidismo dirigentista, é o conhecimento. A leitura individual e diária da dialética materialista e histórica. O desenvolvimento de uma visão crítica e a defesa do centralismo de opinião, em se tratando do conhecimento cientifico. Um revolucionário que estuda diariamente e desenvolve suas próprias convicções, está apto para debater, e questionar, filtrando assim as mensagens inoportunas errôneas e tergiversadas, oriundas de dirigentes oportunistas, que buscam no deleite de suas funções, um trampolim para o seu engrandecimento pessoal.

Por esse e outros motivos, temos como missão primeira, de efetuar uma seleção meticulosa dos quadros que irão compor as fileiras do parido. Devem ser desprovidos de ambição pessoal, de arrogância e intolerância e individualismo. Devem ter a maestria e grandeza do companheirismo e da justiça. O verdadeiro dirigente revolucionário compreende os males do seguidismo e o condena abertamente. Porem necessitam, ter a mão firme da justiça diante das fraquezas do coração benevolente. Só assim teremos uma organização de revolucionários profissionais segura. E que marchará incontinente a passos largos ao triunfo da luta de classes.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

PRINCÍPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA - TOMO V -.


A idade não é desculpa para
 a luta armada
O guerrilheiro é uma âncora jogada entre os rochedos em um mar revolto. Ele é o melhor dentre os filhos dos homens que a sociedade gerou. Ele é o começo e o fim das esperanças de uma luta libertária. Ele é como uma suave poesia no quarto escuro da repressão do estado fascista. Sem ele não há segurança no curso revolucionário, não há processo revolucionário de fato.

DA GUERRILHA AO EXÉRCITO POPULAR

Um partido que não possui pretensões de participação política dentro do processo legalista burguês, mas que intenciona ser uma vanguarda revolucionária, não pode se dar ao luxo de realizar a luta política clandestina, sem um braço armado.

Alguns comunistas de partidos legalistas, e até ditos revolucionários, se escondem por traz de sua incapacidade, ausência de tenacidade e por que não dizer, medo da revolução; a fim de justificar a separação entre a luta política-ideológica e a luta armada. As duas se completam. As duas se relacionam. Eles usam o "desculpismo dialético" para justificar na história do fracasso da tentativa da guerrilha do Araguaia. Afirmam que ainda não é hora. Por certo na visão desses senhores covardes, nunca chegará essa hora. As condições objetivas de pobreza e até de miséria em que se encontra o proletariado brasileiro, não é suficiente para esses senhores. Convém lembrar que o homem consegue desculpas para justificar qualquer coisa que abale seu fracasso ou comodismo.

A hora já está é avançada! O proletariado já esborra de indignação. Ele apenas não consegue enxergar no cenário nebuloso de sua estrada espinhosa, uma vanguarda destemida para conduzi-lo ao processo da luta superior. Se os trabalhadores ainda não tomaram o governo e o poder, não é por culpa deles, e sim por incapacidade dos ditos dirigentes comunistas que estão perdidos na estreiteza de suas tarefas economicistas cotidianas e amadoras. Limitam-se à literaturas e a teorias, mas fogem do início da prática, que é a verdadeira escola revolucionária. Não é no projeto do engenheiro que se forja o aço da espada, e sim, no fogo e nas pancadas do ferreiro.

Outro dia eu estava em debate com dois companheiros do PCdoB, online. Depois de uma breve discussão, e já não possuindo mais dialética para justificar suas teorias injustificáveis de que não há condições objetivas para uma luta armada, um deles me disse: Está bem Paulo, então temos três fuzis, e agora? O que faremos? E os outros duzentos milhões de brasileiros? Claro que depois dessa postura eu encerrei a o debate. Quanta estreiteza de visão e ausência de conhecimento do materialismo histórico desses dirigentes. Que comportamento infantil. É nesse preço que se encontra a direção comunista no pais. Não quero por má fé em suas posições enquanto comunistas, porém, duvido de suas posturas revolucionárias.

Não se pode chegar à totalidade da massa proletária empunhando um fuzil. Dentro do processo armado, apenas uma parcela se dispõe a tal façanha. A história está ai para ensinar. E até o momento da chegada a esse nível, em que a cidade e o campo estejam armados e prontos para a tomada do poder, é preciso trilhar uma estrada de preparação técnica e de formação ideológica. Por esse motivo eu insisto, é preciso começar! Um sem o outro de nada são. E o início da estrada é a formação de uma guerrilha urbana e rural. Talvez o fracasso do Araguaia tenho sido por ausência de um desses fatores.

Quanto à guerrilha urbana, essa é a melhor escola para revolucionários. Ela além de preparar e formar dirigentes, serve como braço armado na defesa dos interesses de classe; e do partido. É também importantíssima para a aquisição de recursos oriundos da expropriação da burguesia. O guerrilheiro é uma âncora jogada entre os rochedos em um mar revolto. Ele é o melhor dentre os filhos dos homens que a sociedade gerou. Ele é o começo e o fim das esperanças de uma luta libertária. Ele é como uma suave poesia no quarto escuro da repressão do estado fascista. Sem ele não há segurança no curso revolucionário, não há processo revolucionário de fato.

A formação de uma guerrilha por parte de um partido revolucionário, encerra toda e qualquer discussão no tocante ao princípio da revolução dentro do materialismo dialético. Ela é a fase superior do processo. Quanto à guerrilha rural, ela deve construir suas bases dentro de uma defesa natural. O livre acesso das forças de repressão para o embate direto pode por fim em um só golpe, um grupo de revolucionários destemidos. O Araguaia foi um exemplo. A guerrilha rural tem suas características próprias, diferente da urbana. Ela necessita de mais tempo para se fortalecer e construir estrutura, por esse motivo precisa de uma defesa natural. No caso do Brasil, o norte do pais é um ambiente propicio tendo em vista a vastidão da floresta amazônica e as dificuldades de acesso que ela impõe ao estado e seu exercito fascista. É uma escola segura de preparação de guerrilheiros.

Um exército popular precede à guerrilha
No contraponto do processo de formação das massas, o partido na cidade e no campo, com seus braços e organismos deve ir preparando o proletariado para o momento certo da tomada do poder. Os dois elos da corrente necessitam se entrelaçar a fim de avançar em conjunto para que haja um resultado de caráter e natureza positiva. No tocante ao sucesso do processo armado, podemos ver na história exemplos da Rússia, Coréia, Vietnã, Angola, Cuba, dentre outros. Nos dias de hoje as conquistas do povo colombiano com as ações das FARC é que temos de mais próximo em termos de vanguarda na forma superior de luta. Para chegarmos a uma organização armada de massa, amanhã, necessitamos dar os primeiros passos hoje. Suprimindo os erros burocráticos do curso, o sucesso da guerrilha como primeiro degrau na escada do exército popular,
é irrefutável. É indiscutível.






segunda-feira, 19 de agosto de 2013

PRINCÍPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA - TOMO lV

Não existe questões morais quanto a origem do dinheiro na revolução

"A revolução não é um convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma, e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pela qual uma classe derruba a outra".

DA MORAL REVOLUCIONÁRIA E DA ESTRUTURA

Não gostaria de estabelecer uma postura preconceituosa quanto à pureza dos valores absolvidos ao longo de toda uma vida de alienação, por alguns camaradas e ou companheiros de viagem, como dizia Lênin. No entanto, para aqueles que pretendem dedicar suas vidas a causa da liberdade proletária, aconselho a deixar de lado os velhos valores e conceitos de classe, morais e religiosos.

Se alguém se propõe a ser um profissional da revolução precisa compreender que os valores da velha sociedade não cabem dentro do processo. A construção de uma estrutura para se contrapuser a superestrutura burguesa, exige do revolucionário não ter questões morais alguma, quando o assunto é estrutura financeira. Quadros precisa ser mantidos. Documentos precisam ser impressos. Empresas de comunicação necessitam ser criadas e armas compradas. O território brasileiro é grande e exige deslocamentos e construções de estruturas locais.  Isso custa muito, muito dinheiro.

Não estou escrevendo para pequenos burgueses, e sim para aqueles que desejam se engajar em um processo sem volta e violento, até a derrubada do poder constituído. O governo capitalista burguês é como um corpo. Nele trafegam toda sorte de mecanismos benéficos e maléficos, que ora fazem bem e ora fazem mal. No entanto, essa relação simbiótica entre o "bom e o ruim", mantém o corpo em uma situação dialeticamente falando, propicia para a vida.

Neste ciclo de domínio sócio, cultural e intelectual, operam os bancos com sua agiotagem e operam também os traficantes, com drogas e armas. A prostituição também é um dos mecanismos de geração de renda para o lúmpen. A corrupção governamental aliada à sonegação privada, completam o elo da corrente. O hipócrita, ou o puritano me perguntaria: Mas você não está comparando os honrados banqueiros e empresários aos traficantes de drogas. Estou sim. Se de um lado as drogas viciam uma parcela do proletariado e suga deles sua força moral, bem como a de seus filhos, a agiotagem bancária da mesma sorte, joga os indivíduos em um mar de amargura social com dívidas impagáveis. Os patrões se utilizam da energia proletária para produzir riquezas das quais se apropriarão com as bênçãos constitucionais do estado burguês. Se de um lado os descuidados vão ao capitalista a fim de pegar dinheiro a juros, cavando suas covas sociais e emocionais, do outro vão ao traficante pra amenizar suas mazela oriundas do seu fracasso na adequação sistêmica, deixadas pelas desilusões de falsas promessas de felicidades. Nesse casso, todas as atividades econômicas do sistema se relacionam.

O que quero dizer com isso? Quero dizer que a origem do dinheiro não tem valor moral para a revolução. Se ele vem do tráfico de drogas ou da expropriação dos agiotas banqueiros, ou da corrupção estatal, não importa. É bem vindo. Eles possuem a mesma origem ideológica: A exploração humana! Dentro da revolução, ele será usado para a libertação do proletariado e a construção de uma nova sociedade, onde esses males sistêmicos desaparecerão com a emancipação do homem. Com a satisfação de suas necessidades substantivas, emocionais, culturais e intelectuais. Ao chegar às mãos do partido, o dinheiro torna-se "santificado e puro".

Se algum puritano ingênuo acredita que a construção de uma estrutura militar e de inteligência, será edificada com rifas escolares, ou contribuição de patrocinadores, está afogado em um mar de ilusões e idealismo. Haja vista os partidos que operam às margens do sistema como o PCR, PCML, LOC e outras siglas que se expressam na luta cotidiana do trabalhador e do campesino brasileiro. Todas estão patinando nas geleiras do esperancismo espontaneísta revolucionário, das massas.

Mao Tsé Tung
Historicamente falando, não se pode apagar a linha demarcatória entre todas as atividades de lucro, e seus efeitos danosos ao proletariado. Elas possuem a mesma natureza explorativa. Por esse motivo, me sinto na obrigação de advertir aos aspirantes da atividade revolucionária profissional, de que a única moral aceita dentro do processo, é a moral revolucionária do compromisso com a libertação proletária, do jugo da exploração e da escravidão assalariada. Fora disso, não há espaço para os aventureiros.

Gostaria de relembrar a s palavras de Mao Tsé Tung: "A revolução não é um convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma, e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pela qual uma classe derruba a outra".




domingo, 18 de agosto de 2013

PRINCÍPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA - TOMO lll

Sem uma força armada, as prisões são eminentes

De nada valerá a organização dos trabalhadores para o enfrentamento ao Estado, se não for criada uma estrutura a altura de se contrapor a estrutura da burguesia. Falo claramente da forma de luta superior, a luta armada. 

DAS ORGANIZAÇÕES DE BASE

Convém lembrar que existem vários tipos de organização de gêneros diferentes dentro do universo revolucionário. Uma é a organização dos revolucionários, o partido. E as outras, a dos trabalhadores, campesinos, estudantes comunidades e etc. Tantas quantas as contradições sistêmicas forcem o seu surgimento. A dos revolucionários atua de forma clandestina e conduz a luta política, e as demais atuam abertamente frente ao sistema econômico, latifundiário, educacional e social. As lutas cotidianas desses seguimentos são mecanismos políticos, e extensão do partido. São ferramentas de dissuasão, que no momento oportuno são transformadas em armas políticas para o enfraquecimento do Estado burguês.

Só o partido consegue agrupar de forma orgânica, diferentes interesses da sociedade. Ao passo que as frentes revolucionárias, coletivos e grupos não conseguem satisfazer a diversidade de interesses, pelo fato de se dedicarem a luta cotidiana, estritamente. São ativistas práticos e não teóricos.

São nessas instituições de base, que surgem do calor da luta, os novos quadros que irão compor o partido. Apesar de suas atividades quase sempre serem de massa, e suas mobilizações por vezes espontânea e voltada para conquistas imediatistas, sua organização acaba requerendo uma direção profissional. É ai que entra os revolucionários profissionais; eles necessitam estarem dentro das fábricas, das escolas, nas favelas, bairros, e no campo. O trabalho amador nessas frentes acaba se perdendo em suas próprias limitações, como já citei no TOMO II.

Uma estratégia inteligente é a constituição de uma instituição legal para representar o partido. Essa empresa legal serve de camuflagem para a centralização das atividades. Nela se podem fazer reuniões para elaboração de estratégias de luta. Pode ser uma associação, uma casa de cultura, ou de outra natureza qualquer. Quanto à construção de outras empresas como base de estrutura vou tratar em tomos seguintes, no papel da estrutura financeira partidária.

O Órgão Central é talvez uma das mais importantes segmentos do partido. Ele necessita ser criado o quanto antes, tendo em vista sua natureza organizadora, e por ser um instrumento de denuncia e de formação ideológica.

Tenho falado de movimentos e organizações legais. Onde elas por sua natureza e constituição dentro do legalismo burguês, possuem certas limitações em suas ações, tendo as vezes que seguir as regras constitucionais. No entanto, outras organizações clandestinas pouco regulamentada, de ação mais rápida e com resultados eficientes,  possuem maior mobilidade tendo em vista estarem à margem do Estado. Essas são de suma importância, a fim de dar sustentação às atividades legais dos proletários, estudantes e campesinos.

De nada valerá a organização dos trabalhadores para o enfrentamento ao Estado, se não for criada uma estrutura a altura de se contrapor a estrutura da burguesia. Falo claramente da forma de luta superior, a luta armada.

Todo o esforço não faria sentido se no ponto final do processo o Estado e o poder não pudessem ser tomados pela força. Pois quando se faz uma revolução e se assume a condução do desenvolvimento histórico social, não se negocia com a velha sociedade, se destrói. A velha cultura e pensamento, bem como seus valores de nada mais serve à nova sociedade que nasce. Porém, a velha estrutura só pode ser derrubada através ação violenta do proletariado armado, e constituído em um exército popular. Mas até esse ponto, o Estado irá lutar até seus últimos recursos, para se manter em pé.

A imortancia da forma
 superior de luta
A criação de uma estrutura militar, no contexto de um exército só pode ser construída dentro de um processo dialético de avanço de consciência política proletária, campesina e estudantil. Antes dela, é necessário construir uma estrutura menor, como força de ação, que chamamos de guerrilha.

A importância dessa vanguarda, dentro da vanguarda revolucionária é de suma importância. Essa forma superior de luta é usada não apenas par fustigar a estrutura militar burguesa, mas também como aporte de defesa do partido e suas organizações de base. Ela também tem a grande importância dentro do processo de aquisição de estrutura, com atividades de expropriação da riqueza da
burguesia. Ignorar essa forma de atividade entre os revolucionários, como fazem alguns partidos com direção pequena burguesa ditos revolucionários, é negar a história e seu movimento dialético. É negação da negação, do fracasso do Estado de classes constituído.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

PRINCIPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA - TOMO ll

Sem teoria revolucionária, não há prática
revolucionária.
No partido é que se desenvolve a rotina da educação, da disciplina e da teoria revolucionária. É nele que se aprende o princípio da ação clandestina. Ele é como um porto seguro, como uma alavanca para os ideias. Dentro de seus organismos, se aprende a organizar e a agir. Aprende-se a avaliar, a avançar e recuar no momento certo e oportuno. O partido é um formador de quadros. É o gerador, é a força motora da vanguarda revolucionária! 

DA ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA

Apesar da constituição burguesa se dizer democrática, e defensora da liberdade de pensamento e expressão, ela proíbe a livre organização partidária revolucionária. Os limites do pensamento às organizações políticas, não podem ir além dos princípios reformistas.

Por esse motivo, os revolucionários necessitam de uma organização superior, centralizada, formada pelos seus quadros teóricos, dirigentes, práticos, agitadores, divulgadores e demais membros dos organismos que requerem uma organização partidária de vanguarda.

Desestruturados, os grupos e organizações menores que atuam nas ruas do pais, bem como frentes revolucionárias - que se multiplicam - não conseguem ir além de pequenas ações diretas contra o estado. Eles se pautam basicamente na euforia oriunda da indignação. No entanto, permanecem na linha revolucionarista pelo simples fato de não conseguir desenvolver uma estrutura maior e mais complexa. Eles começam a estagnar por desestímulo de seus quadros, e a desaparecer por prisões de seus dirigentes. Isso acontece na mesma velocidade com que nasceram, e cresceram.

O Estado burguês sabe adaptar-se rapidamente as mais duras condições impostas pelo proletariado e pela juventude rebelde, nas ruas das grandes cidades. Ele sempre sairá vencedor e ainda elogiado por suas instituições políticas e civis, recebendo medalhas de honra pelos seus crimes. Travar uma luta na condição amadora, não é o mesmo que eleva-la ao nível profissional do confronto armado.

Partir para o enfrentamento aberto sem uma vanguarda preparada e com uma estrutura de defesa é, marchar para uma armadilha em uma floresta densa e escura. É fazer capitular dirigentes, expô-los como troféus de guerra. Isso é fruto da estreiteza teórica da revolução, e da ausência de uma organização superior. Esses fracassos pelos métodos artesanais utilizados, geram medo nos aspirantes, descrença da opinião pública, dos apoiadores e patrocinadores.

O processo gradual de avanço da luta necessita acima de tudo de um apoio profissional. Isso é para combater a doença da euforia revolucionarista. A construção dos métodos, das táticas e das células de atuação, só podem ser descobertos e desenvolvidos em sua natureza plena, dentro de uma estrutura centralizada, teórica e de natureza organizacional partidária.

No partido é que se desenvolve a rotina da educação, da disciplina e da teoria revolucionária. É nele que se aprende o princípio da ação clandestina. Ele é como um porto seguro, como uma alavanca para os ideais. Dentro de seus organismos, se aprende a organizar e a agir. Aprende-se a avaliar, a avançar e recuar no momento certo e oportuno. O partido é um formador de quadros. É o gerador, é a força motora da vanguarda revolucionária! 

Os tentáculos de uma organização partidária clandestina se alongam desde o lumpen-proletário, ao intelectual. Coisa que as frentes, coletivos e grupos revolucionários não conseguem alcançar. Eles não conseguem construir e administrar estrutura de ação coerente, enérgica e disciplinada. Isso exige uma forte afirmação de caráter ideológico. Essas características estão inseridas na organização superior partidária profissional. Porém, essas organizações menores podem sim, serem inseridas como braço partidário. 

Uma organização mais ampla é capaz de aglomerar diversos seguimentos de luta dentro de sua orbita. Os anarquistas, por exemplo, que não compactuam com organizações dessa natureza, podem sem dúvidas ter uma participação democrática na vanguarda. Não há antagonismo ideológico entre comunistas e anarquistas, e sim uma diferença metodológica no processo de luta, quanto ao caminho que leva a autogestão da sociedade humana. Os anarquistas defendem uma mudança direta da atual sociedade de classe para a autogestão. Enquanto os comunistas, acreditam em um processo etapista, passando pela construção de uma sociedade socialista, e avançando até ao comunismo. Culminando assim com o fim do Estado, enquanto instituição de opressão social.

O partido revolucionário não deve ser um partido de massa. Ele deve estar sim, inserido na massa com seus quadros infiltrados. Organizando, agitando, elevando o nível de indignação do proletariado, do estudante e do campesino, até a revolta. Ora, se o partido não deve ser de massa, quem deve ser então convidado para fazer parte de seus quadros? A resposta é simples! Marxistas revolucionários que estejam dispostos a dedicar suas vidas a revolução. Que desejem arduamente atuar na derrubada do poder burguês constituído. Destruir seus velhos valores de classe, de forma profissional e integral. Esse princípio é antagônico ao culto espontaneísta do amadorismo artesanal, que infla como um balão as estruturas partidárias, e em uma simples alfinetada da contra revolução o faz explodir. Aqueles que não se dispõem a tal compromisso são bem vindos como apoiadores e patrocinadores.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

PRINCÍPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA - TOMO l

Princípios revolucionários são mecanismos
dialético de caráter afirmativa

É preciso compreender que já está posto à mesa o jantar para os filhos do lavor. As condições objetivas já estão amadurecidas. Não há mais espaços para  ilusões constitucionais. Não é mais tolerado o Estado reacionário e policialesco burguês, com adornos de democracia. ... Há uma necessidade perene de uma revolução violenta.

O RENASCIMENTO DE UM SONHO

Não é só o capital e as ideias que se renovam, os sonhos também. Não é pra menos que o pais vive um momento de euforia com o renascimento de uma fração da juventude, revolucionária. Os jovens de sessenta e oito vêem nesse movimento dialético histórico, uma oportunidade para reviver o ideal de um sonho castrado, pelo obscurantismo fascista.  

Convém reafirmar que a história não é cíclica como asseguram alguns intelectuais. Marx provou que ela é elíptica. Um ponto histórico não é capaz de se reorganizar em sua origem, pelo simples fato de que ele, já deixa de existir no ato do seu nascimento, a fim de promover uma renovação em mudança qualitativa. Essa dissolução força o movimento da história a retornar; porém, em uma orbita paralela, ainda que sendo da mesma natureza dialética. Haja visto o movimento de sessenta e oito e o de dois mil e treze. Ambos com a mesma natureza, com ideais históricos iguais, porém em orbitas diferentes. Assim podemos reafirmar que, não é uma renovação cíclica histórica revolucionaria, e sim o fruto do resultado qualitativo de um ponto histórico do qual estamos repassando, dentro de uma orbita superior. Portanto, elíptica.


Convenhamos que a despeito das contradições de ambos os momentos históricos, eles não se anulam, e sim, se relacionam. Porém os resultados podem ser diferentes pela experiência obtida ao longo das lutas travadas. Exatamente devido ao fato de que o momento histórico vivido pela nova geração, não é antagônico ao da geração passada. Antes tínhamos uma ditadura militar fascista, hoje uma conciliação fascista de classe.

O que vai tornar esse momento histórico em um processo revolucionário de fato, e de natureza qualitativa,  é a forma como será conduzido o processo de reorganização das ideias. O reagrupamento físico, e a estrutura que será montada.

Para saber o que fazer no avanço desse processo que parece se reiniciar, é preciso se orientar pelo norte revolucionário na teoria Marxista e na organização Leninista. Dentro dos princípios científicos já desenvolvidos, e sob a ótica do movimento dialético das massas e da organização partidária. O revolucionarismo, o esquerdismo, o trabalho amador, e o abismo entre o sonho e a realidade, acabarão por secar a fonte que começa a jorrar em direção ao oceano de uma nova era.

O que se ouve falar entre os revolucionaristas pequenos burgueses, é de que as condições revolucionárias ainda não estão prontas. Que o proletariado e a juventude alienada não se encontram a altura do enfrentamento direto com o estado e a sociedade burguesa. De que a educação revolucionária ainda não satisfaz as exigências. Mas eu pergunto: E quando é esse momento? O que o define? Quem é o juiz da condição? Onde se aprende revolução? A chama da revolta não nasce da indignação? E por acaso não é a indignação que está no seio da massa proletária e juvenil? E quem cria as condições de organização para uma revolução? A classe trabalhadora ou a vanguarda revolucionária? É a organização proletária fruto do movimento dialético revolucionário ou ao contrario? Pelo visto são mais perguntas do que respostas. No entanto, os críticos se perdem em uma ótica proletária medíocre, e em um emaranhado de teorias revisionistas, conciliadoras e derrotistas.


A história de todas as sociedades
tem sido ate hoje a história da luta de classes
É preciso compreender que já está posto à mesa o jantar para os filhos do lavor. As condições objetivas já estão amadurecidas. Não há mais espaços para ilusões constitucionais. Não é mais tolerado o Estado reacionário e policialesco burguês, com adornos de democracia. O antagonismo de classe amadureceu ao ponto de se romper a linha tênue que os separa. O Estado com sendo um produto de domínio de classe, deve agora cumprir seu novo papel sob a tutela do proletariado. É hora da abolição da propriedade privada, das classes sociais, e do capital. Está na hora da universalização do Trabalho, Educação, Moradia e Saúde. Para isso há uma necessidade perene de uma revolução violenta.

sábado, 10 de agosto de 2013

POR QUE O HOMEM MATOU DEUS

Eles não representam "Deus" e sim corporações e interesses de classe
abandono do homem ao "seu criador", não consiste no fim dos rituais, e sim na quebra de valores impostos;  baseados na cultura, pensamento, e interesses das classes dominantes.

QUANDO A CRIATURA MATA O SEU CRIADOR

Os pilares que sustentam o monte olimpo estão ruindo! Zeus perdeu força por falta de orações dos fieis mortais. Por outro lado Hades, seu irmão, senhor do mundo dos mortos ou inferno, se fortalecia pela imposição do medo, pela desobediência, necessidade e terror entre os homens. Essa era a cultura imposta pela classe dominantes da Grécia antiga.

A relação hoje é a mesma. Os homens procuram "deus" através de seus "representantes", que na verdade não passam de empresários da fé e dirigentes de poderosas corporações. Eu diria até que formam uma oligarquia religiosa.

A procura por deus não é fruto de fidelidade. Tal qual na Grécia antiga, ela é a busca da satisfação das necessidades imediatas, negadas pelo sistema, mediante a sua realidade objetiva. A cultura imposta por essa oligarquia, de que todo homem tem uma benção divina a ser resgatada, aguça o interesse dos desvalidos substantivos, e dos emocionalmente aflitos. Na verdade, a fé até parece ser um problema de desvio sistêmico.

A crise enfrentada pela metafísica nos dias atuais, e puramente ideológica. O homem começa a se libertar dos valores éticos e morais impostos pela religião. Tanto por uma nova, ou subcultura do liberalismo, especialmente o sexual. São esses os dois pilares, que sustentam não só da fé, mas também da sociedade burguesa. Para sobreviver, a estratégia criada pelas religiões na alienação da juventude, passa até mesmo na assimilação de "culturas mundanas" como o Funk de Jesus, ou o Rap de Jesus. Essa é uma desesperada tentativa de sobrevivência. Essa estratégia também pode ser vista como parte da contra revolução. Os progressistas marxistas tem tido um papel importante na desalienação de parcela da juventude com relativo sucesso, pois ela é o alvo principal dos profissionais da fé.

A luta de classes também tem levado a uma disputa mais acirrada da consciência, de um lado a metafísica, do outro, o materialismo dialético. Essa disputa se eleva a tal estágio, que a Igreja como no passado, para sobreviver substitui os deuses que não cumprem suas promessas. Jesus por exemplo, a menina dos olhos da religião ocidental, já divide o seu altar com o Espírito santo. Muitos dirigentes vendo o cansaço dos fies em esperas longas e promessas não cumpridas, tratam de renovar as esperanças com uma nova figura celestial. As orações, hinos, petições e agradecimentos em não poucos casos, já são dirigidos ao ser de espírito puro e sem máculas, por nunca ter sido carne. Isso é puramente uma renovação da religião que aguça o imaginário proletário com novas e falsas esperanças.

Eu não acredito no desaparecimento total da religião. Esse processo ainda vai durar milênios. Mas o avanço da ciência e do conhecimento da realidade objetiva que nos cerca, aliado de sua propagação, aos poucos libertará o homem de sua alienação religiosa. A construção de um novo modelo de sociedade proletária, baseado no conhecimento científico, na solidariedade e na divisão da riqueza, também ajudará na evolução da consciência, e no enterro da ignorância metafísica.

 A luta do bem contra o mal é um mito criado pelas classes dominantes
O assassinato do "criador", não consiste ainda no fim dos rituais, e sim na quebra de valores impostos;  baseados na cultura, pensamento, e interesses das classes dominantes. Assim como Zeus foi morto pelo não cumprimento de suas promessas, Jesus também está morrendo. O homem ocidental destruiu os dez pilares do altar do trono com o seu rebelde liberalismo. E como os deuses do passado destruíram os titãs, a criatura moderna destrói o seu criador a fim de seguir incontinente como mentor do seu próprio destino.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O IMPERIALISMO OCIDENTAL

Medvedev: "Essa atitude mancha a reputação dos povos que
 iniciarama operação militar nessas regiões" Foto: ITAR-TASS
Em entrevista ao canal Russia Today neste domingo (4), o primeiro-ministro Dmítri Medvedev criticou a interferência do Ocidente no Oriente Médio, descrevendo-o como “um touro em uma loja de porcelana”. Segundo ele, alguns países ocidentais empurram nações inteiras a um ponto sem volta, no qual é muito difícil convencer os lados em conflito a tentar negociações.
E A TRAGÉDIA ÁRABE
Achei interessante a postura do primeiro ministro da Russia. Não que ele seja isento de atos imperialistas, mas pela sua negação à barbárie que se desenvolve no oriente médio.
“Nossos parceiros ocidentais às vezes se comportam como um touro numa loja de porcelana – destroem tudo e depois não sabem o que fazer. Fico surpreso com a opinião de seus observadores e quão inconsistentes são os projetos estimulados por seus líderes, bem como com os resultados atingidos”, disse Medvedev ao entrevistador do RT.
“Se formos sinceros, qual benefício trouxe a Primavera Árabe para a região? Trouxe liberdade? Um pouco, na melhor das hipóteses. Na maioria dos países, levou a um derramamento de sangue sem fim, mudança de regime e agitação contínua. Não tenho ilusões sobre nada disso”, acrescentou Medvedev.
Os acontecimentos na Líbia e no Iraque e atualmente na Síria mostram que há um desmantelamento forçado do sistema político de um país sob o pretexto da luta pelos interesses nacionais, segundo o premiê, “mas na verdade trata-se de uma intromissão nos assuntos internos para promover um regime político leal a eles”.
“Nada de bom saiu desses movimentos. Sabemos o que aconteceu e podemos ver o que está acontecendo. A situação no Iraque é muito volátil, dezenas de pessoas são mortas todos os dias. É claro que estamos fazendo o nosso melhor para dar apoio ao Iraque”, completou Medvedev.
“A Líbia foi dilacerada pela guerra, e ainda há regiões onde as autoridades centrais não conseguiram recuperar o controle completo, exatamente como esperávamos. Sem falar do que aconteceu com [o líder líbio Muammar] Gaddafi. Essa é outra mancha na reputação dos povos que iniciaram essa operação militar”, continuou o primeiro-ministro.
A tragédia Síria promovida pelo ocidente
A Síria também está à beira de uma guerra semelhante, garantiu Medvedev. “Basicamente, não há uma guerra civil assolando o país. Há um desastre. Sempre acreditei que o poder de resolver os problemas da Síria deveria ficar com o seu povo. Mas a interferência ativa que vemos agora pode potencialmente levar aos mesmos problemas e criar outro país em estado permanente de guerra civil.” (extraído da gazeta russa, na íntegra)

Publicado originalmente pelo The Moscow Times

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A CONTRA REVOLUÇÃO EM NOME DE DEUS

Francisco é um fiel aliado da burguesia e suas instituições fascistas
Necessitamos com urgência proteger nossa juventude de ideologias danosas como a metafísica. Ela conduz o homem a submissão e a alienação; conservando-o na escravidão dogmática e sistêmica.

A ALIENAÇÃO JUVENIL

As ruas do Rio de Janeiro foram tomadas por multidões. Jovens em sua maioria cantavam palavras de ordens. Dessa vez era para homenagear o Papa Francisco, e não para criticar o Governo.

Infelizmente o canto alegre e juvenil aqui, ainda soa como um pranto e soluço de dor, nos olhos das mães de maio, na Argentina.  Ele é acusado por intelectuais progressistas, ativistas e organizações não governamentais, por entregar à tortura, os opositores da ditadura de Rafael Videla. Apesar do belo sorriso de terror, e dos adornos de bondade, Bergoglio jamais conseguirá esconder da história a sua aliança com o fascismo reacionário.

Sem pensamento critico, a tal juventude alienada que saiu as ruas, possui um vazio ideológico deixado pela queda da URSS. Ela busca satisfazer seu ego, criando motivações na esfera da metafísica para drenar o excedente de energia vital. Ela segue de olhos fechados ao sabor da contra revolução preventiva burguesa.

As cenas que vi pela imprensa me fizeram lembrar a história de um hábil caçador de Rinocerontes africano. Como não se conseguiu conter sua natureza para a caça, o contrataram para cuidar dos animais. Com o tempo começou a aparecer carcaças pelo campo. A natureza de caçador reclamou seu passado. Assim pude ver  duas faces do Papa Francisco. Em uma delas, a bondade expressa com as mãos ao acariciar uma criança. Na outra, o saudosismo da aliança fascista com a ditadura Argentina. Essa relação natural o levou a abençoar uma bomba de gás lacrimogênio. Abençoou também água que será lançada de canhões contra os filhos dos trabalhadores, indignados. Em uma segunda etapa, tirou foto com os sangrentos policias do Bope. Ele tenta por mecanismos de violência, manter a doutrina da velha sociedade e seus valores, constituídos. Creio que essas imagens não ficaram muito boas na memória dos mais críticos.

A visita do pontífice foi acima de tudo política. Ela se confrontou com o despertar da juventude latina americana contra o domínio ideológico dos países do norte. Ela visa o enfraquecimento do projeto socialista regional e a continuação da dependência sócio cultural, econômica e religiosa da burguesia dominante.

O Artista Caetano Veloso, parafraseou em canção, a expressão indignada: "por quanto tempo teremos que suportar a incompetência da América Católica". Até quando eles pretendem o poder? Até que ponto ainda suportaremos o domínio? Não foi atoa que o líder católico fez questão de enfatizar que os jovens precisam se protegidos de "certas ideologias". Ele quis dizer proteger do socialismo. Na verdade ele está certo. Necessitamos com urgência proteger nossa juventude de ideologias danosas como a metafísica apregoada por ele. Ela conduz o homem a submissão e a alienação; conservando-o na escravidão dogmática e sistêmica. Ela inibe a liberdade de pensamento e a livre iniciativa. Ela sufoca e mata aos poucos, a alma revolucionária do proletariado.

Ele abençoou armas contra os jovens
O processo revolucionário já começou. A disputa por corações e mentes é acirrada. Ela ainda é silenciosa. Mas a burguesia que não dorme, também já iniciou sua silenciosa contra revolução. Ela nos apresentou sua poderosa arma, a visita do Papa. Foi um recado claro, audível e visível, porém sem nos intimidar.  Ele veio com um lobo vestido de ovelha, pregando a paz e a igualdade social. No entanto, esses adornos de bondade e justiça, são apenas para garantir a sobrevivência de sua própria classe social; cuja queda violenta é eminente. Nós somos destemidos e ousaremos vencer, não importa os meios ou contra quem lutamos.
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