Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

PRINCIPIOS OPERANTES DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA - TOMO ll

Sem teoria revolucionária, não há prática
revolucionária.
No partido é que se desenvolve a rotina da educação, da disciplina e da teoria revolucionária. É nele que se aprende o princípio da ação clandestina. Ele é como um porto seguro, como uma alavanca para os ideias. Dentro de seus organismos, se aprende a organizar e a agir. Aprende-se a avaliar, a avançar e recuar no momento certo e oportuno. O partido é um formador de quadros. É o gerador, é a força motora da vanguarda revolucionária! 

DA ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA

Apesar da constituição burguesa se dizer democrática, e defensora da liberdade de pensamento e expressão, ela proíbe a livre organização partidária revolucionária. Os limites do pensamento às organizações políticas, não podem ir além dos princípios reformistas.

Por esse motivo, os revolucionários necessitam de uma organização superior, centralizada, formada pelos seus quadros teóricos, dirigentes, práticos, agitadores, divulgadores e demais membros dos organismos que requerem uma organização partidária de vanguarda.

Desestruturados, os grupos e organizações menores que atuam nas ruas do pais, bem como frentes revolucionárias - que se multiplicam - não conseguem ir além de pequenas ações diretas contra o estado. Eles se pautam basicamente na euforia oriunda da indignação. No entanto, permanecem na linha revolucionarista pelo simples fato de não conseguir desenvolver uma estrutura maior e mais complexa. Eles começam a estagnar por desestímulo de seus quadros, e a desaparecer por prisões de seus dirigentes. Isso acontece na mesma velocidade com que nasceram, e cresceram.

O Estado burguês sabe adaptar-se rapidamente as mais duras condições impostas pelo proletariado e pela juventude rebelde, nas ruas das grandes cidades. Ele sempre sairá vencedor e ainda elogiado por suas instituições políticas e civis, recebendo medalhas de honra pelos seus crimes. Travar uma luta na condição amadora, não é o mesmo que eleva-la ao nível profissional do confronto armado.

Partir para o enfrentamento aberto sem uma vanguarda preparada e com uma estrutura de defesa é, marchar para uma armadilha em uma floresta densa e escura. É fazer capitular dirigentes, expô-los como troféus de guerra. Isso é fruto da estreiteza teórica da revolução, e da ausência de uma organização superior. Esses fracassos pelos métodos artesanais utilizados, geram medo nos aspirantes, descrença da opinião pública, dos apoiadores e patrocinadores.

O processo gradual de avanço da luta necessita acima de tudo de um apoio profissional. Isso é para combater a doença da euforia revolucionarista. A construção dos métodos, das táticas e das células de atuação, só podem ser descobertos e desenvolvidos em sua natureza plena, dentro de uma estrutura centralizada, teórica e de natureza organizacional partidária.

No partido é que se desenvolve a rotina da educação, da disciplina e da teoria revolucionária. É nele que se aprende o princípio da ação clandestina. Ele é como um porto seguro, como uma alavanca para os ideais. Dentro de seus organismos, se aprende a organizar e a agir. Aprende-se a avaliar, a avançar e recuar no momento certo e oportuno. O partido é um formador de quadros. É o gerador, é a força motora da vanguarda revolucionária! 

Os tentáculos de uma organização partidária clandestina se alongam desde o lumpen-proletário, ao intelectual. Coisa que as frentes, coletivos e grupos revolucionários não conseguem alcançar. Eles não conseguem construir e administrar estrutura de ação coerente, enérgica e disciplinada. Isso exige uma forte afirmação de caráter ideológico. Essas características estão inseridas na organização superior partidária profissional. Porém, essas organizações menores podem sim, serem inseridas como braço partidário. 

Uma organização mais ampla é capaz de aglomerar diversos seguimentos de luta dentro de sua orbita. Os anarquistas, por exemplo, que não compactuam com organizações dessa natureza, podem sem dúvidas ter uma participação democrática na vanguarda. Não há antagonismo ideológico entre comunistas e anarquistas, e sim uma diferença metodológica no processo de luta, quanto ao caminho que leva a autogestão da sociedade humana. Os anarquistas defendem uma mudança direta da atual sociedade de classe para a autogestão. Enquanto os comunistas, acreditam em um processo etapista, passando pela construção de uma sociedade socialista, e avançando até ao comunismo. Culminando assim com o fim do Estado, enquanto instituição de opressão social.

O partido revolucionário não deve ser um partido de massa. Ele deve estar sim, inserido na massa com seus quadros infiltrados. Organizando, agitando, elevando o nível de indignação do proletariado, do estudante e do campesino, até a revolta. Ora, se o partido não deve ser de massa, quem deve ser então convidado para fazer parte de seus quadros? A resposta é simples! Marxistas revolucionários que estejam dispostos a dedicar suas vidas a revolução. Que desejem arduamente atuar na derrubada do poder burguês constituído. Destruir seus velhos valores de classe, de forma profissional e integral. Esse princípio é antagônico ao culto espontaneísta do amadorismo artesanal, que infla como um balão as estruturas partidárias, e em uma simples alfinetada da contra revolução o faz explodir. Aqueles que não se dispõem a tal compromisso são bem vindos como apoiadores e patrocinadores.

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