Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 26 de setembro de 2010

O DESFILE DO REACIONÁIO EXÉRCITO BURGUÊS


Ação reacionária do Exército da burguesia.
   No último dia 7 de Setembro, vimos na Avenida Presidente Vargas no Rio de Janeiro, o desfile das forças armadas da burguesia. Em volta, o proletariado com seus filhos, olhavam atentos ao poder de fogo das armas, como se fosse uma diversão. Afinal, não deixava de ser um lazer, tendo em vista que os trabalhadores possuem poucas oportunidades de distração com seus filhos. Entre os aplausos, comecei a relembrar os tempos em que esse mesmo exército seqüestrava, torturava e matava trabalhadores. Seus oficiais, a serviço  da burguesia, promoveram o terror no pais por mais de vinte longos anos. Basta lembrar casos como o assassinato de Carlos Marighella, a tortura e morte de Vladimir Hertzorg. O que os filhos dos trabalhadores presentes, contemplavam, era na verdade um recado a eles: Olhem, cresçam com medo das armas que a burguesia possui, elas podem ser apontadas para vocês se acaso não concordarem com os termos.
    É-nos ensinado na escola desde pequeno que as forças armadas são o braço de defesa da pátria. Mas, que pátria? O proletariado não possui pátria! A burguesia sim. A pátria é constituída pela burguesia, com a burguesia e para a burguesia. Ela é um conjunto de patrimônio, e o trabalhador não possui patrimônio. A dita pátria, organiza esse patrimônio em pequenas instituições criadas para como uma orbita de proteção, para manter  a salvo  o seu núcleo. Como afirmou o filosofo francês Foucault, esse agrupamento de patrimônio são exatamente um conjunto de instituições políticas, jurídicas  militares e religiosas,  que por certo não estão a serviço do trabalhador,  e muito menos de seus filhos. São micro-estados. Dentre esses está a família, que sofre forte uma forte influência das demais instituições no processo de sua formação ideológica.  Então podemos crer que o tal braço armado serve a pátria da burguesia onde o proletariado vive e produz a riqueza para a mesma burguesia desfrutar, tanto riqueza material, quanto intelectual e cultural.  Ele, o exército, é o núcleo duro do estado burguês, e está pronto para dar um golpe, e encerrar à bala qualquer movimento popular reivindicatório que ultrapasse o limite permitido pelo mundo do capital. Os exemplos de seus pares, se propagam pela América latina são muitos: Salvador Allende no Chile em 73, os sandinistas na Nicarágua em 89, e Jango no Brasil em 64. E muitos outros. Contamos ainda com intervenções em grandes empresas para garantir a continuação do lucro em detrimento do valor do trabalhador. Temos como exemplo mais recente a invasão da Petrobrás no Rio de Janeiro.
Vladimir Herzog jornalista
 morto pelo exército 
    O curioso, é que os jovens que vimos desfilar eram exatamente os filhos dos trabalhadores. Ou seja, o micro estado, que é a família, gera os seus próprios opressores - um mecanismo muito inteligente do poder -  seus filhos. Eles servem ao núcleo do estado maior, para reprimir a própria família. Claro que eles estavam ali obrigados a demonstrar o poder do estado a seus  pais. Houve uma época em que essa instituição reacionária obrigava o recruta a jurar que mataria seu pai e sua mãe por lealdade a Pátria.  Tal poder se consegue exatamente porque esse micro-estado - a família -  é refém da grande estrutura que orbita. O estado maior.
    Enquanto esse elo não puder ser rompido, o recado continuará sendo dado todos os anos, no dia 7 de setembro, e ou, quando necessitar. A imprensa burguesa, outro micro estado, se encarregará de divulgar a mensagem de terror ao proletariado de todo País e os seus filhos.
    O velho filme só perderá a sua cor, verde oliva, quando “chegar o momento em que o proletariado não queira viver mais a maneira antiga de exploração humana. E não permita que a burguesia continue a viver na forma antiga de privilégios.”
    Até lá, aplausos!

domingo, 12 de setembro de 2010

LIBERTAR A FÚRIA REVOLUCIONÁRIA DA MULHER



Homenagem a todas as mulheres que decidiram romper com os valores universais da fragilidade feminina, e empunharam o fuzil da liberdade em seus braços, e os lábios de um filho no peito.







terça-feira, 10 de agosto de 2010

O DEMOCRATISMO CONCILIATÓRIO E OS PRESIDENCIAVEIS

  





  Assistimos no último dia cinco de Agosto, quinta feira, na rede bandeirante de televisão, o debate dos candidatos à presidência da república burguesa.
  Pudemos observar quatro correntes de interesses entre os  candidatos. Uma corrente de direita, e duas de centro. Sendo as duas de centro, uma continuísta e outra conciliadora, bem como uma última corrente de esquerda não revolucionária. 
  Mim parece que no debate, a "democracia" esqueceu de respeitar o livre direito dos demais candidatos, de expressarem suas propostas, pois não foram convidados. Bom, queixas à parte, vimos na maior democracia burguesa da América Latina, que as mudanças estão muito mais longe de acontecer do que se pensa. O continuísmo demonstrou ser a ordem do dia. 
  José Serra do PSDB, declaradamente de direita, teceu elogios a política do sociólogo Fernando Henrique, e frisou que o atual governo de fato é a continuação aprimorada do seu antecessor. foi feliz em sua declaração. E frisou que irá dar continuidade e aprimorar os programas já existentes.
  Dilma Rousseff do PT , perdida num emaranhado de posições, visivelmente nervosa, marcou posição na imagem do Presidente Lula, colocando de escanteio sua própria imagem como futura presidenta.Tanto a Dilma como o Serra, demonstraram fraqueza em não apresentarem propostas de cunho pessoal, subjetivo, como é de praxe no sistema de representação política da democracia burguesa. Preferiram se espelhar em seus antecessores.
   Marina Silva permaneceu entre a cruz e a espada. Diante da pressão de Plinio, não sabia se criticava ou  elogiava, parecia não querer ofender os trabalhadores com suas propostas de defesa do capital, buscou firmar uma posição de esquerda, mais falhou na sua tentativa. Acabou fazendo  propostas incoerentes, e defendendo o capital que mantém seu partido, o PV, que é uma copia da falida Social Democracia Alemã.  
   Plínio de Arruda, do PSOL, foi o mais coerente, marcou posição e fez critica pontuada a exploração humana, porém colocou propostas vazias, não chamou o trabalhador para o desafio da queda do sistema.
   O que devemos considerar de fato, são os princípios científicos da liberdade humana. Esse é o propósito pela qual o trabalhador elege seus representantes, para manter um sistema que lhes traga garantias de subsistência humana digna, lhes traga desenvolvimento cientifico para melhorar a vida do coletivo social. No entanto o que vimos foi uma negação da contradição da luta de classes, do fim da propriedade privada, da mais-valia.
  Toda  a pauta foi cuidadosamente montada para não entrar em um tema controvérso, contraditório, a mudança de sistema. As quatro correntes se abstiveram de sugerir mudanças radicais, revolucionárias, o debate permeou o amiguismo, a conciliação, afinal a sociedade não quer ver brigas e sim propostas, a fim de que o mercado não entre em colapso, é o que apregoa os formadores de opinião. O problema é que não houve brigas e muito menos propostas de interesse da classe trabalhadora.. Ninguém disse que elevaria o salario minimo para R$ 2.011,00 que segundo o DIEESE, seria o minimo para a sobrevivência do trabalhador.  Ninguém falou do fim da propriedade privada, pelo direito de posse. Afinal, pra que o homem quer ter direito privado a propriedade que ficará milhões de anos ali, enquanto ele viverá em média setenta anos. Então, parece que o ideal é que ele tenha a posse enquanto viver. Depois que ele se for, que a posse seja do próximo que necessitar. Isso parece que seria o mais coerente. No entanto os quatro candidatos fugiram do tema, ou melhor, nem sequer entraram nele. Mais isso é compreensível, afinal o mercado estava de olho neles, o capital internacional e o Tio San, os grandes empresários do país, e qualquer vacilo, as verbas de campanha podem ser redirecionadas para o candidato que melhor agradar e subir nas pesquisas.. Parece que a ética política recomenda não constranger os visitantes ou financiadores. O tema da propriedade privada é a base do sistema de exploração humana e o sustentáculo do capital. 
   Não precisamos ficar cogitando quem será o vencedor em um jogo de cartas marcadas. Parece que os interesses obscurantistas, já definiram entre a primeira e a segunda corrente política, só que dentre as duas, eu de fato não sei qual é a mais perigosa, a da extrema direita, representada pelo senhor José Serra, ou a segunda de centro, representada pela senhora Dilma Rousseff. 
   Bom, para o trabalhador não fará muita diferença, pois qualquer que seja o vencedor, governará para a burguesia e manterá o proletariado dentro do assistêncialismo. Quanto ao capital, ficará ao lado do vencedor.                   
   Já o mediador do chamado debate político, o respeitado jornalista Ricardo Boechat, foi infeliz ao  encerrar o bate papo frisando que foi uma debate democrático. Penso que entre a democracia e o democratismo há uma longa distância.

sábado, 31 de julho de 2010

O CARÁTER ASSASSINO DO REACIONÁRIO ESTADO BRASILEIRO



  É uma ilusão pensar que os Brasileiros são felizes só porque uma estatística internacional, apontou o povo como um dos mais felizes do mundo. Por traz da cortina de felicidade das estatísticas, vive um povo retraído, sofrido, temeroso, e acima de tudo infeliz. Parece que a frase "quem pode manda e obedece quem tem juízo", faz jus ao cotidiano do proletariado, quando em sua relação com o estado, através de seus representantes.
   Desde a "democratização", ou o fim do regime comandado pelos militares,  em 15 de Janeiro de 1985, o "Estado democrático" já assassinou um milhão de cidadãos, entre 16 e 28 anos. Só no período dos chamados ataques do PCC, o estado Paulista assassinou 600. Tudo foi justificado por serem da periferia. Segundo a ONU, são mortos no Brasil anualmente, cinquenta mil pessoas, vitimadas pela violência.
   O governador Sérgio Cabral, do PMDB, sentiu orgulho em afirmar que sua polícia matou oitocentos e cinco cidadãos em 2009. Se analisarmos a natureza dos assassinatos, consideraremos que o princípio da violência parte do estado e seus tentáculos. Tendo no tráfego de drogas, o principal braço da burguesia reacionária, e o aliado oficioso do estado no  projeto de exclusão social, e na  manutenção do status quo da violência.    
  Ainda dentro do  comportamento reacionário, o Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, também do PMDB, criou o Choque de Ordem: O objetivo é atacar situações que incomodam o dia-a-dia da burguesia carioca e turistas, fazendo uma limpeza étnica classista. 
  O projeto consiste em parte, perseguir os trabalhadores desempregados (camelô), com ações direta de roubo das mercadorias, e distribuição duvidosa entre  instituições de caridades, e entre os próprios guardas municipais (como já provado). Ora, fazer caridade com o patrimônio alheio mim parece uma arrogância.   
  Penso que essa forma discreta, de sufocamento moral-financeiro contra os trabalhadores, atinge diretamente o ser, sem causar impressão fascista direta, ferindo apenas a sua inorganicidade. Pois, dela parte todo o processo de manutenção e desenvolvimento orgânico. Sem ela, -a estrutura inorgânica- o homem sente-se  incapaz de seguir reagindo, toma uma tendência de impotência e abandono relativo, de participação em todo processo, enfraquece, deixando a burguesia reacionária livre para seguir organizado seu próprio espaço e ser, enquanto classe. 
  O problema das pesquisas de maneira geral, é que elas atendem a um determinado objetivo e intenção. Por isso, antes de aceita-las,  prefiro me perguntar: Quem a realizou? A mando de quem? E quais as intenções?  A que interesses elas atendem? Só diante dessas respostas é que poderemos saber se realmente devemos considerar o povo brasileiro, realmente feliz, vivendo sob a tutela de um Estado Assassino e reacionário. 
  No mais, qualquer consideração, é coisa de homens   menores.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O PARTIDO ÚNICO DO BRASIL


   A democracia burguesa brasileira, é representada por diversas siglas partidárias que ao longo da história, se reversam no poder. Segundo Nildo Viana, "elas almejam adquirir o poder estatal além de serem expressões de alguma oligarquia econômica ou tradicional". Elas também tem como objetivo administrar a riqueza produzida pelo proletariado.
    A divisão em siglas, se reproduz exclusivamente por interesse de grupos econômicos ou financeiros dentro dessas oligarquias. Sendo uma sociedade pautada no caráter individualista, vem reafirmar com esse comportamento, os interesses individuais desses grupos, e não o interesse coletivo ou nacional. A estrutura do estado foi montada exatamente, para ser representada por essas siglas , que por sua vez, servem de ponta de lança para o empresariado. É uma corrente de interesses.
    A principal função dos partidos políticos na prática, é representar os interesses de seus financiadores, e o fazem criando leis que os beneficiem, como por exemplo isenção de impostos, saques a fundo perdido, emissão de linhas de créditos, evasão de divisas, concessões e etc. Essas leis tem um caráter de classe, hoje já somam mais de cento e oitenta mil. No entanto, para que as leis possam também funcionar a contento, em beneficio de, e para quem foram feitas, precisam da eficiência do poder judiciário. Esta instituição jurídica, que corrobora com os ditames da instituição partidária na estrutura do estado burguês, também está inserida no processo da formação política divisionista. Ela possui a força armada que da suporte ao poder constituído, e também é beneficiada na divisão da riqueza.
    O modelo do partido Omnos (para todos), defendido pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso, e que faz parte do senso comum, tanto da direita constituída, bem como da esquerda revisionista, não passa de um modelo democratista. Vem a contento nos dar uma ideia do pensamento oligarca em que esse senhor tem como base e formação. Esse pensamento é a negação da revolução. Pois concede uma frente ampla, porém limitada no tocante as decisões relativas aos interesses da massa. Apesar de dar uma aparência de democracia, o fato de se dividir a sociedade em partidos, revela o caráter de classes da proposta. Sem contar que a negação da revolução, é a afirmação da ditadura partidária burguesa.
   Intelectuais irresponsáveis, criticam a formação do parido único, afirmando que em uma única agremiação, não se pode ter liberdade de expressão. Ora, quem participou de qualquer partido político sabe que a liberdade de expressão é pura conveniência. As decisões de fato partem de um grupelho de senhores ligados a direção que por sua vez consulta seus financiadores para conceder o espaço para a "discussão democrática"; e que geralmente se limita a um bate boca no plenário dos congressos e reuniões. Precisamos lembrar que as opiniões filosóficas, históricas e intelectualescas, são pautadas em estudos realizados por quem pode pagar. Dessa forma, o resultado fica comprometido. Ainda podemos nos perguntar: Em que pauta a diferença entre varias siglas e um pensamento? Se me recordo bem, vivemos o pensamento e pratica econômica neoliberal. O capital é o senhor do mundo e das ideias. A globalização faz parte das teses de todos os partidos da burguesia. Bem como, tem o beneplácito e silêncio da esquerda que vive também desse mesmo capital.
    Convém lembrar que todos os partidos legalizados recebem dinheiro do governo burguês. Com isso, a tal propaganda da liberdade de expressão não passa de um engodo. Pois, o sistema de certa forma compra o silêncio da chamada esquerda, que perderá também todos os direitos se o sistema ruir. Dessa forma, os partidos que discordam pontualmente das falhas do sistema, são forçados a mantê-lo sob pena de extinção. Então, se temos um mesmo pensamento dividido em várias siglas que representam diversos interesses, parece-nos mais prudente e mais democrático termos um partido único, com um único interesse pela valorização do ser, enquanto social, e termos várias correntes de pensamentos dentro dele. Seria a antítese da ditadura do pensamento único, mesclado em varias siglas. Teríamos a democracia partidária. Pois, como disse Abraham Lincoln, "uma casa dividida não se pode manter".
    A estratégia da grande burguesia para manter esse sistema ditatorial do partido único dividido em várias siglas, é apenas para confundir a sociedade proletária. Tergiversar sobre o verdadeiro motivo da exploração humana, para poder perpetrar seu poder. Toda crítica que o sistema permeia, se dá nos arredores da política, quando convém, e os grandes patrocinadores dessa mesma política e mentores da exploração proletária, ficam escondidos numa cortina de fumaça como sendo os intocáveis. Se ouve falar do mensalão do PT, do corrupto Roberto Jefferson, do governador Arruda, e afins. Mais ninguém ouve falar dos atos de corrupção financeira de Antônio Ermínio de Moraes. Olavo Setúbal e seus pares. E porque? porque eles são o esteio do sistema. São eles que sustentam o partido único do Brasil. São a fonte de recursos que as oligarquias precisam para poder manter seu arsenal político. São esses homens que fomentam a corrupção e miséria em nosso país. São eles que drenam a riqueza para o exterior. São eles e demais grandes empresários representantes das oligarquias financeiras, industriais, agrárias e burocráticas, que empobrecem o proletariado brasileiro.
    Portanto penso comigo mesmo: O que fazer? e, como fazer? Por enquanto prefiro me abster do show. Acredito que posso pensar melhor em uma solução, comendo pipoca na última fila da arquibancada, enquanto analiso a conjuntura e me preparo para o próximo ato.

domingo, 20 de junho de 2010

UM CAMARADA CHAMADO SARAMAGO

José de Sousa Saramago, faleceu no dia 18 de Junho, em sua casa de Lanzarote, aos 87 anos, por causa de leucemia cronica. José Saramago, foi reconhecido com o primeiro Prêmio Nobel em 1998. Romancista e poeta português. Teve de abandonar o ensino secundário, ao terminar o primeiro segmento, por falta de meios econômicos de seus pais. Saramago trabalhou em ofícios como os de serralheiro, mecânico, editor e jornalista. Foi diretor adjunto do "Diário de Notícias" de Lisboa. Filiou-se ao Partido Comunista Português. Recebeu o Nobel de literatura em 1988.
Suas publicações
"Que farei com este livro?" (1980), o relato "Levantado do chão" (1980 - Prêmio Cidade de Lisboa) e o livro de viagens "Viagem a Portugal" (1981). "Memorial do convento", que lhe valeu o Prêmio do Pen Club Português. "Jangada de pedra" (1986), levada ao cinema, em 2002, pelo diretor holandês George Sluizer e protagonizado por Federico Luppi, Icíar Bollaín e Gabino Diego; a peça teatral "A segunda vida de Francisco de Assis» (1987); e "História do Cerco de Lisboa" (1989). Em 1991, "O evangelho segundo Jesus Cristo", muito criticado pelo Vaticano e objeto de um polêmico veto em 1992, que o retirou da lista de candidatos ao Prêmio Literário Europeu. "Uma terra chamada Alentejo". "A caverna" (2000); "O homem duplicado" (2002); "As intermitências da morte" (2005); "As pequenas memórias" (2006); "A viagem do elefante" (2008); e "Caim" (2009), o último romance desse grande escritor.Mudou-se para a Espanha em 1993, (ilhas canárias) acompanhado por sua segunda mulher, a jornalista espanhola Pilar del Río, tradutora do escritor.
Ateísta e liberalista, foi membro do partido comunista português. Forte critico do sionismo, sofreu perseguição por parte do mossad (serviço secreto de Israel). Não se intimidou e continuou sua trajetória de revolucionário. Saramago disse que os Judeus não aprenderam com seus sofrimentos, e e o repetem na forma de holocausto na Palestina. "É a mesma coisa, ainda que levemos em conta as diferenças de espaço e tempo". "É preciso tocar todos os sinos do mundo para dizer que o que está ocorrendo na Palestina é um crime que podemos impedir". Encantou o mundo com sua geniosidade. Sua maneira de organizar as ideias se revelam polêmicas. Dentre os filhos maiores da humanidade, pode-se destacar Saramago. Stalinista de carteirinha, defendeu a extinta URSS e o comunismo. Criticou as lágrimas pela destruição das torres gêmeas. Um homem sensato como todo bom marxista. Cometeu um erro ao romper com cuba de forma emotiva, após o julgamento de 75 criminosos pela violação da constituição do pais. "De agora em diante Cuba segue seu caminho, eu fico aqui. Cuba perdeu minha confiança e fraudou minhas ilusões". Logo depois, reatou: "Não rompi com Cuba. Continuo sendo um amigo de Cuba, mas me reservo o direito de dizer o que penso, e dizer quando entendo que devo dizê-lo". Enfim, Saramago foi um soldado de linha de frente. O pensamento libertário perdeu um defensor. O mudo ficou mais vazio, a revolução entristecida.
"Os que morrem pela vida não podem chamar-se mortos."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ALIEN VS. PREDADOR

   O Estado Brasileiro, é uma mescla de despotismo militar, e obstáculos burocráticos; apoiado por um parlamento engodado de corrupção e lascívia. Os elementos que compõem esse estado, possuem forte influência feudal. Uma burguesia segregadora, que sabiamente alterna seus representantes, na forma da conjuntura vigente. Acompanhando o ciclo dialético do movimento social, ela, em sua natureza inescrupulosa, no entanto cautelosa, não mede afinidades de laços ideológicos ou afins. Dispõe de seus representantes - ou gerentes se preferir - tanto da esquerda ou da direita conforme a conveniência.
   Ainda este ano, teremos no picadeiro do circo eleitoral, a oportunidade de nos tornarmos palhaços protagonistas. As opções são duas. Dilma Roussef, representando uma parcela das oligarquias burocráticas e industriais, -basicamente-. E o Sr. José Serra, representante da Oligarquia financeira e agrária - além de outras frações da burguesia - . Não sei qual dos dois é o mais perigoso. Fico a refletir e a olhar para o proletariado Brasileiro diante de um velho dilema. Em quem votar? Quem tem a resposta certa? Quem possui a verdade? Ora, a verdade não é absoluta. Volto as cenas de um filme que fez sucesso nas telas dos cinemas brasileiros. Alien Vs. Predador! Uma briga de gigantes. Imagino que Predador seja representado pelo Sr. José Serra. Seu partido simplesmente destruiu a estrutura do Estado Brasileiro. Jogou nas mãos da burguesia já bilionária, a riqueza construída a sangue e suor pelo proletariado. A Sra. Dilma, se enquadra melhor na figura do Alien. Esse personagem, como o nome já diz, é algo estranho ao meio. Assim foi o seu partido, o PT. Assumiu o poder estranho as atividades da burguesia vigente. Chegou com uma proposta revisionista e social democrática, não revolucionária. Resolveu então seguir as orientações do patronato, se enlameando num pântano de corrupção negociatas e vendilhismo. Deu continuidade ao processo de enriquecimento da burguesia nacional e internacional valorizando o capital. Como disse Josef Stalin, "Para não nos enganarmos em politica, é preciso sermos revolucionários e não reformistas".
    As vezes, por falta de opção, sou até simpático aos anarquistas, quando dizem: "Vote nulo, não sustente parasitas." Mais, como sou comunista, vou continuar construindo uma nova opção. Assim, resta ao proletariado escolher, ratificar com seu voto, no presente momento, um futuro representante desse capital internacional. Decidir qual será o seu algoz no fogo cruzado dos grandes titãs, entre Alien e Predador. Modesta parte eu prefiro um zé buchudo do pé bichado.