Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A LUTA DE CLASSES


Prefossôra Amanda Gurgel
POR QUEM OS SINOS TOCAM

   Quando a Revolução Russa de 1917 saiu vitoriosa, lançou-se um grande desafio nacional, a educação da massa, e em massa. A Revolução Cubana seguiu os mesmos passos, e como fruto deste processo, goza hoje de um elevado IDH (índice de desenvolvimento humano). 0,863 (2007). Superando até mesmo ao do Brasil, 0,699 (2010).
   Refiro-me a esses exemplos não por paixão, mas porque são fatos Científicos e Históricos irrefutáveis; resultado prático da dialética materialista e histórica.
     Todo e qualquer país desenvolvido socialmente, teve como ponta de lança, a Educação! Mas quando me refiro a educação, não estou falando apenas nos livros didáticos, na merenda aos estudantes, na estrutura do espaço físico... Falo principalmente no cuidado e zelo pelo corpo Docente. Esses abnegados profissionais que são relegados a meros transmissores de conhecimento.
    Nos últimos dias, o País viveu grande comoção Nacional com um pequeno discurso da professora Amanda Gurgel, quando de uma audiência pública sobre a situação da Educação no Rio Grande do Norte. Foi de fato um discurso franco e aberto, revelando a ausência de malícia política, e a abundância de indignação proletária. Ela é incisiva quando se refere ao fato apresentado, diga-se o seu salário de R$ 930,00, como sendo o único fato com propriedade, e sendo os demais apresentados pelos representantes da Burguesia, como sendo apenas para mascarar a realidade objetiva em que vive a categoria. De fato, a burguesia tem necessidade constante de mascarar a verdade para evitar que o proletário descubra que está na exploração da sua força de trabalho, o sustentáculo do Status quo da classe dominante. Ao contrário do proletário, que insiste em revelar a verdade para desmascarar a burguesia. Nisso consiste o antagonismo de classe.
    A professora acusou veementemente a Secretária de Educação Betânia Ramalho, de banalizar e encarar como fatalidade a deprimente conjuntura educacional em que vive o estado. Parece que a Secretária foi infeliz ao acusar a categoria de imediatista, como se a situação não fosse uma ferida crônica de sucessivos governos da burguesia, inclusivo do dela. A professora pontuou bem suas necessidades imediatas, comer, morar, transportar... Isso de fato não pode esperar! O Proletário está com a paciência esgotada, e demonstra isso com sua indignação. O que está ainda distante da Revolta.
     Bom, já passada de certa forma a comoção nacional, podemos fazer algumas considerações aos olhos de certa distância, que acabam por ser mais isenta, sem imediatismos para não sermos acusados também pela Secretária de Educação Betânia Ramalho.
    O desabafo da Professora, acabou por culminar em um impulso espontâneo de massa, movido por uma situação objetiva pontual, de sua categoria. Quanto maior for esse impulso, maior será a necessidade de organização de um projeto de elevação de consciência politica. O problema, é que não há organização revolucionária hoje no Brasil, a altura de capitalizar esse impulso, que nasce, que brota espontaneamente da indignação de um trabalhador aqui e outro ali. Por esse motivo, ele será apenas objeto de especulação midiática e oportunismo político.
    A professora citou um dado. 90% da categoria esta apoiando a paralisação. Isso é fantástico! Mas infelizmente por traz dessa organização está um Sindicato. SINTE, ligado a CUT, uma central sindical pelega e governista, que tem como plataforma ideológica, o economicismo. Tem ainda como presidente a governista Fátima Cardoso, filiada ao PT, partido de cunho revisionista. Ou seja, a linha de pensamento que dirige os professores do RN, é ao estilo Bernstein e Kautsky, no estreito quadro da luta cotidiana, na obscura ausência de uma luta de fato, política. Por esse motivo podemos até prever o desfecho dessa rinha: A provável deslegação do cuscuz dos alunos em beneficio dos professores, e um provável copo de leite para não ser deglutido à seco. Os três dígitos do salário poderão passar para quatro, só que no máximo serão arredondados com zeros. de R$ 930,00 para R$ 1.000,00.
    Essas pequenas concessões econômicas são facilmente concedidas pela burguesia, não custa muito e agrada a todos. O que eles não permitem, são concessões políticas! A, essas que mudariam de fato o medíocre quadro da atual conjuntura nacional. Foi isso que fez a Rússia em 1917, e Cuba em 1969. É isso que a Burguesia teme. Por esse motivo ela só aceita negociar com o sindicato, pois eles são em sua maioria, o símbolo da escravidão ideológica do proletariado pela burguesia.
A indignação transformada em
Revolta!
    Quando a onda da comoção nacional se transformar em quimera, os surfistas da imprensa paga, os politiqueiros, se sentarão na praia a olhar onde se formará a próxima onda de indignação. Entre os Médicos, os Garis, os Metalúrgicos, os Enfermeiros... Até lá, tudo irá bem no reino D'abadia. Nós proletários, voltaremos a produzir o molho que rega a ceia dos abençoados, dos divinos, enquanto guardamos "nossa culpa" pela nossa própria miserabilidade.
   Poderemos transformar nossa indignação em revolta, quando aprendermos a olhar o mundo de frente, em seu desenvolvimento real, de forma dialética. Até lá, aconselho a molhar o cuscuz para não engasgar.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

A NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO DA POSTURA BURGUESA


Xuxa e Silvia da Suécia Principais protagonistas
da "leida Palmada"
O ENIGMA DA ESFINGE

   Mais uma agitação da burguesia! Eles necessitam de popularidade. O circo agora está montado em torno do Projeto de Lei 7672/10, de autoria da SNDH, modificando o atual ECA. Vejamos a proposta: Os responsáveis que se valerem da força física que resulte em dor ou lesão ao menor ou ainda humilhem, ameacem ou ridicularizem os filhos poderão ser enquadrados em dez tipos de medidas. Entre elas, o encaminhamento a um psicólogo, uma advertência e até a perda da guarda. Além de acompanhamento psicológico e educacional da criança. Esse tema só mereceu nossa consideração, porque o Estado Brasileiro em sua natureza reacionária e expolidora, não permite tal façanha, de estar preocupado com crianças e jovens. Uma análise mais detalhada vai desvendar o enigma desta Esfinge.
    A dita violência contra o menor, não é o mal em si, mas um produto de um mal maior. A divisão igualitária da riqueza. Este mal, foge do leque de interesses dos protagonistas do grande circo.
   Uma delas no picadeiro, a deputada Manuela Dávila (PC do B- RS), teve a ousadia de afirmar que: "Famílias se estruturam na sociedade em torno da violência física”.“Ainda existem milhares de famílias que defendem a violência dentro de casa e estranham a violência nas ruas”. Na medíocre visão da deputada, o Estado deve coibir a violência e estimular a paz nas estruturas familiares. Ora cara pálida, como um estado violento e reacionário vai ter moral para coibir algum tipo de violência? Não nos basta os noticiários policiais para mostrar como o estado age através de seu braço armado? Sequestros, assassinatos coletivos, invasão de domicílios, roubos, extorções, estupros, humilhação... Prossigamos...
    O Filosofo Frances Foucault, descobriu que a família é um Micro Estado que orbita o Estado Maior burguês. Entendendo este principio, concluímos que se há violência na família, é senão fruto e reflexo da violência do grande estado que, como educador e chefe, estabelece as normas a serem seguidas.
    Uma outra protagonista, a apresentadora de TV, Maria da Graça, conhecida no mundo artístico como Xuxa, afirmou que: "A criança que é agredida pelos pais hoje, amanhã baterá também em seus filhos". Ela também foi infeliz ao esquecer de avaliar essa relação Estado x Família. Por acaso as consequências são menores quando o estado agride os pais na frente da criança?
    O senador José Sarney também deu o seu pitaco," Lamentando o aumento de violência contra crianças e adolescentes praticada pelos próprios familiares". Destacou o papel da escola nessa luta. Daria até para chorar se não fosse conhecido o passado deste senador fascista. Da violência que ele praticou no Maranhão contra os pais, diante dos olhos de milhares de crianças. mortes, roubo de terras, mutilações..., sem contar as escolas que ele deixou de construir. O maranhão é um dos Estados com maior índice de analfabetismo do Brasil. É de uma hipocrisia velada.
    A distinta Rainha da Suécia, sua majestade Sílvia Renate Sommerlath, e filha do nazista Walther Sommerlath (só se vê figuras preciosas defendendo esse projeto), também está na empreitada pela segurança e educação das crianças Brasileiras. Mas o reacionário deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que parece não ter sido convidado para dividir o bolo que está para ser cortado, foi feliz em sua crítica à visitante: “Não há interesse de um país de Primeiro Mundo para que haja educação no nosso país”. -Esse cara sabe o que diz - E disse bem. Não da para entender como uma soberana se diz preocupada com as crianças de uma nação, enquanto seu país constrói e vende armas mortais para dilacerar centenas de milhares de crianças no Iraque, Palestinas, e Afeganistão, onde até as tropas da monarca estão diretamente envolvidas na chacina e espoliação das riquezas daquele país, e no resultado direto da miséria infantil. Sem falar nas intervenções no Kosovo, Bósnia e Herzegovina.
    A Ministra Maria do Rosário, enfatizou que: “Nós, pais e mães, precisamos parar nossos afazeres diários para olhar nossos filhos nos olhos e dizer não.” Em que mundo a ministra se encontra? Ou em que pais? Como um proletário vai parar de trabalhar para olhar um filho? E vai comer o que? Como vai pagar as contas? A ministra por acaso teria a formula da equação? Se tem, esqueceu de revelar. Quem sabe a utilização do dinheiro público para a construção de creches de qualidade para as crianças e espaços voltado para os jovens, isso contribuiria para que os pais pudessem compensar melhor a ausência diária dos filhos, imposto pelo sistema. Mas esqueceram de colocar esse detalhe no projeto. Óbvio.
    Enfim, chegamos a descoberta do enigma da esfinge. , Dinheiro e Notoriedade! Milhões, ou até quem sabe bilhões serão captados por instituições internacionais, governo e empresários para as ONG'S que os protagonistas representam. Os resultados? só serão vistos em relatórios que serão maquiados e devidamente autenticados por quem de direito. A imprensa macabra dará a sua contribuição apresentando ao público os supostos resultados - claro que só participará do circo por um bom preço - .
     A chamada violência familiar, que levam jovens e crianças para as ruas, parece ser na verdade fruto das condições da miserabilidade sócio, econômico e emocional que são impostas às famílias. A realidade objetiva que o sistema lhes impõe, fruto da luta de classes, da divisão desigual da riqueza produzida. Além, claro, dos distúrbios individuais produzidos pela falta de perspectiva. Curioso notar que não se vê os filhos da burguesia nas ruas. Por acaso os pais ricos não batem nos filhos? Sim, batem. Mas a distancia entre a porta da casa e a rua, é de apenas um passo para os pobres.
    O tal projeto, nasce fracassado no picadeiro pantanoso da arrogância burguesa, tal como “Idéias sem palavras, palavras sem sentido”.                                                               Aplausos!

terça-feira, 17 de maio de 2011

A SAGA PROLETÁRIA EM RÔNDONIA



Os trabalhadores são sempre iludidos
por promessas nunca cumpridas.
O PREÇO DA EXPLORAÇÃO
  Na minha segunda viagem a Bolívia, me deparei no ônibus com um senhor do lado esquerdo que conversava com meu visinho de poltrona. A princípio uma convesa fútil, nada que chamasse atenção.  
  Eu aproveitei para ver a paisagem e contemplar os rios da bacia amazônica por onde passava-mos. Uma ponte de ferro estreita onde só passa um veículo, feita de ferro, bem construída. O gado no pasto em fazendas enormes. Casas e céu limpo. Uma paisagem encantadora com vívida tranformação humana, para uma terra em que no passado só contava com arvores, mata.
  De súbito, o senhor me chamou a atenção ao entrar em um assunto interessante. Ele começou a falar do passado glorioso dos seringais da região. Isso me despertou os ouvidos. Fiquei curioso e passei a espreitar a conversa que se tornou interessante. Ele falava dos primeiros seringueiros que movidos pelas promesas patronais de fortuna e estrutura, eram motivados a trabalhar incessantemente. Os patrões eram estrangeiros.
  A conversa fluiu de forma interessante, e eu me permiti viajar em imaginação voltando a época em que eu não estava lá. Formigueiros de homens esperançosos e chegando de todos os cantos, alegres para o trabalho. Patrões motivadores e sorridentes, educados, com seus charutos ou cigarros importados, com sapatos de qualidade, roupas confortáveis, aviões ou carros como meio de transporte. Sempre felizes pela oportunidade de ter mão de obra farta e barata.
   Depois de um prodigioso relato, o homem mudou a entonação da voz e fez uma triste conclusão de seu quase épico relato. "Todos os seringueiros que foram pioneiros, todos acabaram cegos pela fumaça". Fiquei chocado! Claro que eu não teria a torpe ilusão de que as promessas dos patrões seriam verdadeiras, e que os seringueiros ficariam ricos. Fiqui chocado com o final trágico. Trágico até demais. O que fiquei a imaginar é que nenhum patrão, provavelmente teve esse mesmo fim. Aliás, os seus netos devem desfrutar até hoje da riqueza gerada pelos seringueiros cegos. Por outro lado, os netos dos seringueiros devem ter ficado apenas com a estória de seus avós, como herança.

 O proletário é descartado quando sua
força de trabalho se esgota
 Ao saber desse desfecho trágico, imaginei os lamentos de dor e angustia desses trabalhadores. Suas decepções, seu abandono.... Voltei a realidade e passei a olhar com mais carinho as fazendas, as casas, o gado no pasto, a ponte de ferro feita para o progresso da região, e sem parafusos, só com rebites, como fez questão de frisar o senhor todo orgulhoso do meu lado, "e feito por estrangeiros em". Olhei com mais atenção os caminhões de carga que transportavam a riqueza da região, e fiz um momento de silêncio em meu coração, em memoria de todos os pioneiros que motivaram o progresso da região de Rôndonia por onde passo agora, e de onde desfruto de um relativo conforto, fruto daquele glorioso esforço humano. O fiz em memória de todos os proletários anônimos e esquecidos, e que ficaram cegos!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O MEDO DO TERROR PELO TERROR DO MEDO


Ossama Bin Laden,  falecido
provavelmente de morte 
natural em 16 de
dezembro de 2001.
A MORTE DE BIN LADEN

  A dialética histórica nos mostra, que a história é escrita da forma a atender aos interesses das classes dominantes. Ela é ratificada por historiadores medíocres, e profissionais da comunicação, bem como suas empresas, voltadas para o lucro. Dai, as sucessivas e repetitivas reportagens, livros e revistas editados, a fim de massificar uma informação que venha a atender aos interesses de classe ou oligarquias.
  Um exemplo claro de um fato histórico construído com interesses de classe, foi o onze de setembro nos EUA, com a implosão do World Trade Center. O governo Americano se apressou a acusar Ossama Bin Laden, "justificando assim a guerra contra terror", invadindo o Iraque e o Afeganistão. No entanto, os motivos reais parecem que foram o petróleo Iraquiano e o Gás Afegão. Além do cerco politico e militar à Rússia.
  Convém considerar em uma análise mais profunda, que qualquer "terrorista" se orgulharia de ter praticado um ato tão grandioso dessa envergadura. No entanto, estranhamente, Bin Laden declarou a Tv Al Jazeera no dia dezessete: “O governo dos EUA me culpa continuamente por cada um dos ataques. Eu gostaria de assegurar ao mundo, eu não planejei estes ataques, que parecem ter sido planejados por outras pessoas por motivos pessoais. Eu vivo no emirado islâmico Afeganistão e sigo as regras de seus governantes. Os governantes atuais não me permitem executar tal operação”. (CNN)
  Curioso é notar como a farça se desmonta. Segundo relatos, Ossama estava impossibilitado de coordenar essa operação por complicações renais. No dia dez de setembro, Bin Laden estava em um hospital militar em Rawalpindi Pakistan (Paquistão), para se submeter a uma diálise, onde permaneceu por uma semana, escoltado por soldados paquistaneses, que são aliados dos EUA. (CBS). Segundo o periódico Karachi news, o General Mahmood Ahmed sabia da estadia do "terrorista", e esteve nos EUA em conferência com o Vice-Secretário de Estado Marc Grossman. Porque não o prenderam? A análise é simples. Se o tivessem feito, a realidade objetiva da prisão impossibilitaria a invasão do Afeganistão por falta de um motivo lógico.
  Tudo isso até poderia se explicar até os dias de hoje, se não fosse pela estranha manutenção da idéia de um homem que aterroriza as potências mundiais, mas que já estaria morto desde 2001. Em seu último ano de vida, passou pelo hospital Norte-americano de Dubai, em caráter de emergência no dia 4 de julho (guardian). Há relatos que durante sua permanência, ele recebera a visita do chefe da CIA local. Bin Laden foi agente da CIA no Afeganistão durante a invasão da URSS. Se chamava "Tim Osman".
  “al-Wafs, quarta-feira, 26 de dezembro de 2001, Vol 15 Nº 4633, notícia sobre a morte de Bin Laden e enterro há 10 dias. Islamabad-Paquistão. Um importante oficial do movimento afegão Talibã anunciou ontem a morte de Osama Bin Laden, o líder da organização Al-Qaeda. Ele disse, Bin Laden sofre graves complicações no pulmão e faleceu serenamente de morte natural. O oficial, que exigiu o anonimato, disse ao jornal ´The Observer of Pakistan`, que ele próprio estava presente ao enterro e ele tinha olhado sua face antes do enterro em Tora Borá, há 10 dias. Ele disse que 30 companheiros de sua Al-Qaeda estavam no enterro, assim como membros de sua família e alguns amigos do Talibã. Na cerimônia de encerramento para o descanso final, foi realizada uma salva de tiros. O oficial ainda disse que seria difícil achar o local exato da cova, pois de acordo com a tradição wahhabista nenhuma marcação indica o local. Ele salienta, seria improvável que os militares americanos encontrassem um dia apenas uma única pista de Bin Laden.
  Não é de se estranhar que a CIA anunciou a 3 de julho de 2006, que dispensou o departamento que se ocupava com Bin Laden. A missão da unidade denominada “Alec Station” foi encerrada no último ano e os agentes incumbidos com novas missões na luta contra o terror. (New York Times). As declarações do mais reacionário e cruel serviço secreto do mundo, o Mossad (israel): “Bin Laden morreu provavelmente na ocasião dos ataques dos norte-americanos em dezembro de 2001. O aparecimento de novas notícias e fotos são provavelmente uma fabricação”. A 2 de outubro de 2008, o antigo diretor da CIA, Robert Baer declarou a uma rádio: “Mas é claro que Bin Laden está morto!”.
   Por essas e outras, concluímos que a "manutenção da vida" de Ossama, é responsável pelo sucesso eleitoral de presidentes Americanos, e ainda, dos gordos lucros dos fabricantes de armas e materiais para o exército. O governo dos EUA parece ter mantido Bin Ladem "vivo", apenas para manter o medo e o terror nas pessoas, e cessar suas liberdades com medidas fascistas.
Ayman al Zawahiri, provavel novo
líder da Al Qaeda.


   Seria bom também ressaltar que qualquer presidente desejaria desfrutar deste troféu (a morte de Bin Laden), apresentando ao mundo as fotos e o corpo do "terrorista", para que não ficasse duvida alguma, como fez o Bush com os filhos de Saddam após serem assassinados. Se Obama abre mão desse momento histórico, é provável que tenha sido pelo motivo de, esta, ser mais uma farsa histórica.
     Tal como o capital, o projeto de guerra ao terror precisa se renovar, e Bin Ladem, provavelmente morto a uma década, finalmente descansa dentre a lista dos perseguidos, dando o lugar para o próximo Líder da Al Qaeda  Ayman al Zawahiri.

O OBSCURANTISMO NÃO ESCOLHE CLASSE

PAPA BOM OU RUIM É PAPA
Karol Józef Wojtyła
dirigente de reacionária
instituição capitalista.

   Se podemos afirmar que houve na história da humanidade um homem, que contribuiu para o retrocesso às liberdades, esse homem foi João Paulo ll.
   Amante da riqueza e luxuria que sua instituição religiosa, e capitalista lhe ofereceu. Uma igreja vendida e de olhos fechados para a opressão. O "Santo Padre" governou o mundo, com as mais reacionárias e promiscuas figuras contemporâneas, que a burguesia mundial pôde apresentar ao proletariado.
   Defensor ardente da exploração humana, João Paulo, foi a principal figura internacional, responsável pela vitória da contra-revolução burguesa Trotkista, na Ex U.R.S.S. Com o dinheiro da Igreja, ele financiou e fomentou a corrupção na primeira nação livre do mundo, e pregou abertamente o retorno a escravidão mediante a ditadura capitalista, e a sessão das liberdades democráticas que o projeto socialista ofereceu aos trabalhadores do mundo inteiro. Além de divulgar mentiras sobre fome, repressão e mortandade em massa nas nações socialistas. No entanto, o líder da Igreja Católica, esqueceu de rever a relação entre a Igreja e os pobres. Entre suas suntuosas vestes, seus tapetes persas, seus lustres de cristal, seu copo e sandálias de ouro, e as casas de papelão e madeira do proletariado excluído e escravizado em redor do mundo.
   Enquanto o então João Paulo, agora santo, torrava dinheiro dos fiéis alienados, investindo na espionagem da CIA (serviço secreto do governo Americano), e do MOSSAD (serviço secreto Israelense), milhões de crianças morriam na África pela AIDS e pela fome. Calou-se diante dos massacres Norte Americano na Ásia, e América, e ainda compactuou com ditadores sanguinário, em troca da manutenção e da inviolabilidade da Igreja. Perseguiu padres e líderes humanistas na América do Sul e Central, como o Frei Beto, Leonardo Bofe... defensores da teologia da libertação. Foi impiedoso contra aqueles que ousaram criticar a religião, a saber, o Escritor Saramago que foi pejorativamente chamado de joio.
   Defensor de um governo hegemônico mundial, pautado na divisão humana por classes, o Papa, foi o que nós humanistas repudiamos. Um reacionário!
Perseguiu os Socialistas enquanto
seus aliados cpitalistas matavam e
torturavam em crueis ditaduras
apoiadas pela Igreja
  Karol Józef Wojtyła apenas nos revelou com suas atitudes mesquinhas, o que Nietzsche (filosofo alemão) já afirmava: "Deus está morto: não existe qualquer instância superior, eterna. O Homem depende apenas de si mesmo".
    Hoje canonizado, se está ao lado de Deus e seu anjos, melhor ter levado um tapa ouvidos. Pois não vai dormir direito ouvindo os gritos, lamentos e gemidos dos que ele e sua Igreja aterrorizou enquanto em vida.             
     Ainda assim ele continuará sendo Papa.  Lamentável!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A FRAUDE HISTORICA DO SÉCULO

A DEMOCRACIA DAS ARMAS
A fraude historica do século

    Não foi difícil prever, nas considerações anteriores que fiz, de que a Líbia sofreria uma intervenção militar por parte do Ocidente. Isso
porque o processo histórico das intervenções se repete de forma linear. Elas são sempre em defesa dos civis e da democracia. O curioso é que os mesmos veículos de comunicação televisivos e impressos, não noticiam o que não interessa as potências imperialistas ocidentais. É o caso dos crimes cometidos pelo estado de Israel contra os palestinos indefesos. O fuzilamento de quinze manifestantes no Iêmen (um protetorado dos EUA ) onde os jovens lutam contra a repressão violenta do governo de Ali Abdullah Saleh. A situação na Arábia saudita não é tão diferente, onde os EUA já enviaram agentes da Cia para tentar controlar a agitação.
     No Barhen, a situação é constrangedora. O califa decretou Lei marcial há um mês. Os médicos são proibidos de dar assistência aos feridos que conseguem sobreviver. Em Honduras em nosso continente, a repressão, e prisões arbitrarias são coisas do cotidiano, e a imprensa se “democrática” se omite em esclarecer. Obama declarou que no Barhen, “a situação é diferente”. Diferente? Acaso não seriam civis sendo mortos por uma cruel ditadura? Talvez seja porque aquele pequeno e rico Pais, concorde com os termos de entregar seu petróleo barato para o ocidente, coisa que a Líbia se recusou a fazer. No caso do Afeganistão e Iraque, onde a participação das tropas americanas é direta, a imprensa faz boquinha de siri.
     O representante do vaticano declarou a imprensa internacional que: “saibam que as ações militares estão causando vitimas entre os mesmos civis que se quer defender”. O cardeal afirmou que a Otan já matou mais de quarenta civis só na capital. O total de mortos já passa de mil. Esses predadores humanos se reuniram no ultimo dia 29 em Londres a fim de partilhar a líbia entre os “diversos investidores”. Só esqueceram de convidar os líbios para participar, eles que são os verdadeiros donos de seu pais.
     Os agentes que atuam na líbia numa tentativa de derrubar um governo legítimo, são figuras conhecidas do governo americano. O chefe militar, segundo a CNN, coronel Kalifa Haftar, viveu e foi treinado na Virginia EUA, por vinte anos. Desde 1988 ele participa de organizações mercenárias no mundo árabe LNA (Exercito nacional líbio) em prol dos EUA. Mahmud Jabril, PHD em planejamento externo na universidade de Pittsburg. Fatih Al Bahja, professor de ciência política também educado nos EUA. O líder da gang, Mustafá Abdel Jalil é um oportunista que desertou do governo por aspirações pessoais. O tal conselho já anunciou aos interessados sedentos de riqueza, que o futuro governo “está interessando em privatizar as companhias líbias no estrangeiro e na líbia, incluindo a petrolífera”. Isso ajuda, claro, aos mirrages franceses a continuarem a despejar toneladas de bombas sobre um pais pacifico que era tido como amigo do ocidente e fazia parte inclusive do conselho de direitos humanos da ONU.
    O governo americano se recusa a falar de todos os envolvidos por “questões morais”. O líder do LIFG (grupo Líbio de combate islâmico), Abdel Hakim, com ligações a Al Qaeda, ( A agencia de noticias à Reuters já confirmou a presença da rede terrorista no conflito Líbio), também faz parte do tal conselho, que não possui um único líder de pensamento e cultura árabe, todos formados pelo ocidente, curiosamente.
    A Rússia já advertiu que: “ajudar os rebeldes é ingerência em uma guerra civil”, e não foi “autorizado pela ONU”. A China e a Índia também já se posicionaram de igual pensamento. Um dos grandes perigos desse conflito é o uso de urânio empobrecido que esta sendo usado pela da OTAN. No Iraque o urânio causou grande número de mortos e cancerígenos.
     É sabido que o governo líbio tem tentado uma solução democrática para o conflito. Mas a intransigência do ocidente, que exige a saída incondicional, de kadafi, tem dificultado a resolução do conflito. O governo já reafirmou por diversas vezes, que as mudanças no sistema político, como eleições, e referendo no País não é problema. “A líbia é muito próxima do ocidente e familiarizada com sua cultura”. O que não é negociável segundo a autoridade líbia, é à saída de kadafi. Pois ele representa um equilíbrio entre as tribos da líbia. Com sua saída, a desorganização da nação seria inevitável. O mesmo fato aconteceu no Iraque com a morte de Saddam Russen, depois de oito anos, o pais ainda não encontrou a união nacional.
     O governo líbio também já se mostrou disposto a negociar com os “rebeldes”, e ouvir suas revindicações sob observadores da ONU. Apenas exigiu o cessar fogo e a deposição das armas, o que é legitimo. O problema é que nem os tais “rebeldes” e nem o ocidente, querem negociações. A conversa de democracia é coisa e tal é só uma cortina de fumaça. Eles desejam mesmo é trocar o governo legitimo por um governo amigo.
     O Ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas e atual representante do governo líbio junto da ONU, Miguel D'Escoto, afirmou que: "a ONU se converteu não apenas numa organização desfuncional e incapaz de cumprir os objetivos para os quais foi criada, mas agora numa arma mortal nas mãos dos agressores imperialistas e seus sequazes". Kadafi enviou uma carta à Obama pedindo o cessar fogo ao contra o seu povo.
 “Temos sido feridos mais moralmente que fisicamente por causa do que nos tem sido feito, por vocês, em palavras e atos. Apesar de tudo isso, você sempre será nosso filho aconteça o que acontecer. Continuamos rezando para que você continue sendo presidente dos EUA. Nós nos empenhamos e torcemos para que você vença a nova campanha eleitoral. Você é um homem que tem coragem suficiente para anular uma ação errada e equivocada. Estou certo de que você é capaz de assumir a responsabilidade por isso. Não faltam provas, tendo em mente que você é o presidente da maior potência do mundo na atualidade, e já que a Otan está travando uma guerra injusta contra um pequeno povo de um país em desenvolvimento. Este país já havia sido submetido a embargo e sanções, além disso, também sofreu uma agressão militar direta durante o tempo de Reagan. Este país é a Líbia. Assim, para atender à paz no mundo... à amizade entre os nossos povos ... e por uma questão de economia e cooperação na segurança contra o terrorismo, você está em posição de manter a Otan longe da questão da Líbia para o bem de todos.
 Como você sabe muito bem, democracia e construção de uma sociedade civil não podem ser alcançadas por meio de mísseis e aviões de guerra, ou por meio do apoio de membros armados da Al Qaeda em Benghazi. Você - você mesmo - disse em muitas ocasiões, uma delas na Assembléia Geral da ONU, que eu testemunhei pessoalmente, que a América não é responsável pela segurança dos outros povos. Que a América pode ajudar. Esta é a lógica correta.
 Nosso filho querido, Excelência, Baraka Hussein Abu Oumama, sua intervenção em nome dos EUA é uma necessidade, para que a OTAN se retire, finalmente, da questão líbia. A Líbia deve ser deixada aos líbios no quadro da União Africana. Eis como se coloca agora o problema: 1 – Há uma intervenção militar e política da OTAN 2- o terror conduzido pelas gangs armadas da Al Qaeda em algumas cidades, que pela força, se recusam a permitir que o povo volte à sua vida normal, e exerça como sempre o poder popular. Muamar Kadafi – Trípoli, 5/4/2011
A arma da democracia, ou a democracia
das armas?
    Kadafi não se cansa de repetir que a Al-Qaida faz uma guerra e envia combatentes contra o governo da Líbia, porque ele apoiou a guerra antiterrorista de Bush. A Al-Qaida teve no passado excelentes relações com os serviços de inteligência Norte-Americano, na luta contra os Soviéticos no Afeganistão. Por estranha ironia, os EUA agora estão armando a organização que tanto persegue, a fim de derrubar Kadafi. Como se vai explicar isso? Quem é o aliado de quem? A democracia do terrorismo? Ou o terrorismo da democracia?
    Nas palavras do presidente Obama, podemos observar o motivo direto dessa guerra injusta contra o povo Líbio: “No entanto, haverá ocasiões em que nossa segurança não estará ameaçada diretamente, mas sim nossos interesses e valores. [...]
     É natural que os EUA e a Inglaterra, estejam cumprindo seu papel de nações imperialistas e fascistas. O que lamentamos, é que um País de tradição democrática como a França, berço de grandes filósofos, esteja na contra mão do curso, participando dessa fraude histórica.
     Por certo os homens maiores, de grandeza e humanismo, saberão estar do lado certo.

MASSACRE NO RIO

Wellington. A nossa tragédia
AS DOENÇAS DO SISTEMA 
  O Brasil viu exaustivamente pela imprensa sensacionalista burguesa, as cenas de morte de 12 adolescentes em uma escola Carioca no bairro de Realengo. Antes de qualquer critica ao jovem Wellington Menezes de Oliveira, - que foi citado pelo medíocre jornalista Paulo Carvalho, do jornal Expresso, no Rio de Janeiro, como o Monstro de Realengo, e pelo deputado sensacionalista e comediante, Vagner Montes, da rede Record de televisão, como demônio, por ter atirado contra os jovens.  Gostaria de aproveitar o momento oportuno em que o circo da comoção nacional já esta arrefecido, e poder fazer umas considerações sobre a atual conjuntura sócio, cultural e emocional da sociedade de classes em que vivemos. 
    A Sociedade Cristã (diga-se de passagem), e a imprensa, o condenaram de pronto ao fogo do inferno. Mas um olhar apurado e científico pode revelar o que se tornou Wellington. O resultado final de um projeto de sociedade que está fadada a barbárie.
   O modelo de consumo, instituído pela sociedade capitalista burguesa vai além dos manufaturados ou industrializados. Consome-se beleza, voz, olhares, jeito andar, jeito de falar, de relacionar-se amorosa, afetivamente ou amigavelmente... . O problema é que aqueles que não dispõem dos pré-requisitos nesse modelo de consumo, acabam sendo excluídos sociais. Os “feinhos”, os tímidos, os gordinhos, os deficientes... . O preconceito afeta em grande parte a juventude, que já possui uma natureza critica exacerbada. E é de passagem, o alvo principal da formação ideológica burguesa para seus propósitos consumistas. Basta um olhar mais apurado para as telenovelas voltadas para esse público.
   Os princípios construídos com base no individualismo e nos valores morais mercantilistas, como a aparência, a desenvoltura social, o número de pessoas de sua relação e seu nível sócio, cultural e intelectual, torna-se um  peso na vida de um jovem, que ainda não desfruta da maturidade emocional. Esses valores da sociedade capitalista, que passam a ser cobrados a alto preço, acabam atingindo a alguns, de forma mais contundente do que outros. Isso acontece dentro da própria classe em que um individuo é constituído, bem como dentro da família. A ausência de solidariedade, dentro da sua classe social acaba por isolar o homem, que em sua autodefesa, constrói mecanismos de agressão contra seus supostos inimigos, os seus iguais.
     Alguns dos complicadores sociais - revelados pelos colegas e conhecidos -, que afetaram Wellington Foi, fator preponderante para que ele tomasse tal atitude de defesa: “Servia na escola de chacota”. “Não tinha amigos no Orkut”. “Uma única comunidade, (sobre a bíblia)”. “Era chamado de orelhinha”. “Suingue (mancava de uma perna)”. “Bundão da turma”. –quanto às meninas – “Elas, além de zoarem muito o jeito de andar dele e o modo como se vestia, ficavam fingindo ‘dar mole’ e, depois, o ridicularizavam”. O jovem Tiago revelou: "Alguns ex-alunos se sentem culpados sabendo que inocentes pagaram por um ódio que ele sentia pela nossa turma.” Ainda revelou outro amigo: “Ele disse coisas sem sentido sobre problemas na família, sobre se sentir sozinho sempre". "Ele não fazia bagunça, era uma pessoa muito calada”. “Era uma pessoa que se sentasse do seu lado você nem iria notar", O medíocre jornalista do jornal expresso, que durante sua formação parece não ter conseguiu desenvolver uma consciência critica, o chamou de Mané e maluco.
    Bom, com todos esses adjetivos não sei se eu ou você conseguiríamos ser uma pessoa normal. Rejeitado, Wellington só tinha mesmo um caminho. A igreja. A falsa esperança de uma vida melhor na pós-morte. A igreja é a instituição do estado burguês, para onde os fracassados são jogados. É como uma válvula de escape que o sistema coloca para aqueles que não têm esperança, para os que não alcançaram a felicidade vendida pelo sistema, através de mecanismos de alienação formados por profissionais medíocres como o jornalista Paulo Carvalho e Vagner Montes.
   Em uma carta de despedida, Wellington justifica seu insucesso no seio do seu coletivo de classe, resignando-se ao seu próprio mundo virginal de pureza. “os impuros não poderão me tocar”. “Somente os castos que não se envolveram em adultério”. “Nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem”. Fugindo da alienação social, foi parar no pântano alienação religiosa. Mas Wellington revela um profundo amor maternal. “Quero ser sepultado ao lado de minha mãe Dicéa”. Parece que a mãe foi o último laço de confiança, o último refugio que lhe restou. Ao lado dela, ele tinha certeza que não seria rejeitado. Wellington ainda revela seu lado humano. “deixei uma casa em Sepetiba .. quero que esse espaço seja doado... existem instituições que cuidam de animais... pois eles são seres muito desprezados... (como se ele mesmo não o fosse), precisam de proteção e carinho do que os seres humanos...” ele de fato foi levado pelo sistema, a, acreditar que as pessoas são más, mas não conseguiu fazer uma análise de sua realidade objetiva e compreender que não são as pessoas que são más, mas o sistema que os tornam ruim. Egoístas, individualistas e toda sorte de istas que se possa imaginar.
    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, motivado pela comoção nacional, correu para imprensa em busca de promoção com a tragédia, para dar justificativas no mínimo ridículas. Reforçou a ideia de uma nova campanha pelo desarmamento no Brasil. “Acho que temos uma cruzada pela frente... Temos de lutar muito fortemente contra essa cultura do armamento, contra essa cultura que faz com que pessoas, muitas vezes fora de suas faculdades mentais, cometam esse tipo de atrocidade”.
   Concordo plenamente com o ministro! Mas, antes precisamos lutar contra a cultura da alienação sistêmica. Bem como, precisamos lutar contra a cultura do armamento do estado fascista brasileiro. Pois foram as armas do estado que em trinta anos mataram um milhão de jovens, em sua maioria por atrocidades (como citou o ministro). Por uma burguesia fora de suas faculdades mentais. Dentre as perigosas armas que matam no Brasil, os carros são os piores assassinos. Precisamos também recolher todas as habilitações antes que seja tarde demais. Não é ministro?
    A presidente Dilma Rousseff, também não perdeu a oportunidade, e se apressou em abocanhar a sua fatia do bolo com o sensacionalismo que a imprensa burguesa propagandeou. Ela citou em seu pronunciamento, o termo: “crianças indefesas”, “que não é do nosso Pais ocorrerem esse tipo de crime”, “crianças inocentes que perderam a vida e o futuro”.
    Eu não quero fazer uma critica exacerbada ao discurso da presidenta, mas vamos e convenhamos, ela parece ter tido um lapso de memória. É sim da historia do nosso País ocorrer crimes contra crianças sim. Alguém pode lembrar a ela, crimes como o da candelária! Perpetrados contra crianças pelo estado continuista que ela governa. E quantas outras candelárias acontecem pelo imenso Brasil afora, e ficam impunes?
"A esperança do bem e do mal vem das
antenas de TV "
   Antes da presidenta se preocupar com o “fim do futuro” das doze crianças, - o que é de fato lamentável- deveria em nome delas, afinar os ideais e reivindicações proletárias, e fazer valer um projeto econômico de no mínimo, cobrar altas taxas de quem constitui riquezas no País, afim de que se possa efetuar uma melhor distribuição da renda para aqueles que de fato a produzem: Os pais proletários das crianças que ainda estão vivas, afim de que elas possam ter um futuro mais digno pela frente.
    É preciso cautela antes de condenar o jovem Wellington. Fatos como esse se repetirão ao longo da historia. Quiçá não seja em sua família onde surgirá um novo “monstro”. Pois a monstruosa burguesia e sua imprensa, sempre vão se apressam em condenar os efeitos como causa. No entanto, a causa em si, é fruto da decomposição do cancerígeno estado capitalista burguês, de seus dirigentes que enfrentam uma crise de legitimidade, engodados de corrupção e lascívia.
      A tragédia pessoal do Wellington é a na verdade o reflexo da tragédia política, econômica, moral e social em que vivemos. É a nossa tragédia. É a nossa própria crise de valores, que vez por outra ressurgirá em forma de horror.