Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO DA POSTURA BURGUESA


Xuxa e Silvia da Suécia Principais protagonistas
da "leida Palmada"
O ENIGMA DA ESFINGE

   Mais uma agitação da burguesia! Eles necessitam de popularidade. O circo agora está montado em torno do Projeto de Lei 7672/10, de autoria da SNDH, modificando o atual ECA. Vejamos a proposta: Os responsáveis que se valerem da força física que resulte em dor ou lesão ao menor ou ainda humilhem, ameacem ou ridicularizem os filhos poderão ser enquadrados em dez tipos de medidas. Entre elas, o encaminhamento a um psicólogo, uma advertência e até a perda da guarda. Além de acompanhamento psicológico e educacional da criança. Esse tema só mereceu nossa consideração, porque o Estado Brasileiro em sua natureza reacionária e expolidora, não permite tal façanha, de estar preocupado com crianças e jovens. Uma análise mais detalhada vai desvendar o enigma desta Esfinge.
    A dita violência contra o menor, não é o mal em si, mas um produto de um mal maior. A divisão igualitária da riqueza. Este mal, foge do leque de interesses dos protagonistas do grande circo.
   Uma delas no picadeiro, a deputada Manuela Dávila (PC do B- RS), teve a ousadia de afirmar que: "Famílias se estruturam na sociedade em torno da violência física”.“Ainda existem milhares de famílias que defendem a violência dentro de casa e estranham a violência nas ruas”. Na medíocre visão da deputada, o Estado deve coibir a violência e estimular a paz nas estruturas familiares. Ora cara pálida, como um estado violento e reacionário vai ter moral para coibir algum tipo de violência? Não nos basta os noticiários policiais para mostrar como o estado age através de seu braço armado? Sequestros, assassinatos coletivos, invasão de domicílios, roubos, extorções, estupros, humilhação... Prossigamos...
    O Filosofo Frances Foucault, descobriu que a família é um Micro Estado que orbita o Estado Maior burguês. Entendendo este principio, concluímos que se há violência na família, é senão fruto e reflexo da violência do grande estado que, como educador e chefe, estabelece as normas a serem seguidas.
    Uma outra protagonista, a apresentadora de TV, Maria da Graça, conhecida no mundo artístico como Xuxa, afirmou que: "A criança que é agredida pelos pais hoje, amanhã baterá também em seus filhos". Ela também foi infeliz ao esquecer de avaliar essa relação Estado x Família. Por acaso as consequências são menores quando o estado agride os pais na frente da criança?
    O senador José Sarney também deu o seu pitaco," Lamentando o aumento de violência contra crianças e adolescentes praticada pelos próprios familiares". Destacou o papel da escola nessa luta. Daria até para chorar se não fosse conhecido o passado deste senador fascista. Da violência que ele praticou no Maranhão contra os pais, diante dos olhos de milhares de crianças. mortes, roubo de terras, mutilações..., sem contar as escolas que ele deixou de construir. O maranhão é um dos Estados com maior índice de analfabetismo do Brasil. É de uma hipocrisia velada.
    A distinta Rainha da Suécia, sua majestade Sílvia Renate Sommerlath, e filha do nazista Walther Sommerlath (só se vê figuras preciosas defendendo esse projeto), também está na empreitada pela segurança e educação das crianças Brasileiras. Mas o reacionário deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que parece não ter sido convidado para dividir o bolo que está para ser cortado, foi feliz em sua crítica à visitante: “Não há interesse de um país de Primeiro Mundo para que haja educação no nosso país”. -Esse cara sabe o que diz - E disse bem. Não da para entender como uma soberana se diz preocupada com as crianças de uma nação, enquanto seu país constrói e vende armas mortais para dilacerar centenas de milhares de crianças no Iraque, Palestinas, e Afeganistão, onde até as tropas da monarca estão diretamente envolvidas na chacina e espoliação das riquezas daquele país, e no resultado direto da miséria infantil. Sem falar nas intervenções no Kosovo, Bósnia e Herzegovina.
    A Ministra Maria do Rosário, enfatizou que: “Nós, pais e mães, precisamos parar nossos afazeres diários para olhar nossos filhos nos olhos e dizer não.” Em que mundo a ministra se encontra? Ou em que pais? Como um proletário vai parar de trabalhar para olhar um filho? E vai comer o que? Como vai pagar as contas? A ministra por acaso teria a formula da equação? Se tem, esqueceu de revelar. Quem sabe a utilização do dinheiro público para a construção de creches de qualidade para as crianças e espaços voltado para os jovens, isso contribuiria para que os pais pudessem compensar melhor a ausência diária dos filhos, imposto pelo sistema. Mas esqueceram de colocar esse detalhe no projeto. Óbvio.
    Enfim, chegamos a descoberta do enigma da esfinge. , Dinheiro e Notoriedade! Milhões, ou até quem sabe bilhões serão captados por instituições internacionais, governo e empresários para as ONG'S que os protagonistas representam. Os resultados? só serão vistos em relatórios que serão maquiados e devidamente autenticados por quem de direito. A imprensa macabra dará a sua contribuição apresentando ao público os supostos resultados - claro que só participará do circo por um bom preço - .
     A chamada violência familiar, que levam jovens e crianças para as ruas, parece ser na verdade fruto das condições da miserabilidade sócio, econômico e emocional que são impostas às famílias. A realidade objetiva que o sistema lhes impõe, fruto da luta de classes, da divisão desigual da riqueza produzida. Além, claro, dos distúrbios individuais produzidos pela falta de perspectiva. Curioso notar que não se vê os filhos da burguesia nas ruas. Por acaso os pais ricos não batem nos filhos? Sim, batem. Mas a distancia entre a porta da casa e a rua, é de apenas um passo para os pobres.
    O tal projeto, nasce fracassado no picadeiro pantanoso da arrogância burguesa, tal como “Idéias sem palavras, palavras sem sentido”.                                                               Aplausos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário