Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sábado, 25 de outubro de 2014

A UTOPIA FEMINISTA - TOMO II -

Exigir igualdade é queimar etapas rumo a autogestão.
 “A lei do mais forte também constitui um direito, e que é esse direito que sobrevive. Com outra forma naquilo que chamam estado de direito.” (karl Marx)                                                                         


DA LUTA DE CLASSES À LUTA DE GÊNEROS

DO ELEMENTO AO PRODUTO

Antes de lidarmos com o ser social, com o estereótipo homem e mulher, necessitamos partir do princípio que o originou e forneceu o produto. A forma humana se gerou dentro de um processo de desenvolvimento dialético constante, resultando em caráter objetivo qualitativo; no concurso das circunstâncias. Estamos falando do elemento e suas características específicas. A organização espontânea da natureza material em elementos, ou o homem inorgânico, é um organismo necessário do processo dialético da continuidade da existência.

Ele, o elemento, possui características próprias em sua natureza subjetiva; enquanto elemento desorganizado, e inserido em um sistema materialista caótico. Ele possui uma função e um valor natural enquanto elemento isolado em sua própria órbita existencial. Enquanto elemento isolado em sua existência, ele é a negação da vida. Ora, se temos um elemento A que possui uma função e um valor na natureza, unido-se de forma espontânea a um elemento B, que de forma idêntica também possui uma função e um valor, resultará desta união, ou podemos afirmar, de sua própria negação - enquanto autocrítica-, em um novo organismo sistêmico. Esta autocrítica dos elementos acaba resultando em um organismo que podemos chamar de produto C. Ou seja, A+B=C.

No resultado desta equação, o produto C é o produto objetivo quantitativo e qualitativo da união espontânea dos elementos A e B. Por isso, enquanto negação, os elementos se realizarão  com um maior valor, devido a sua nova função na natureza. A nova forma realizada dos elementos, agora produto, abrirá mão apenas em caráter relativo, da natureza primeira subjetiva  para gerar uma segunda natureza, agora em estágio superior. Segundo Marx, esse estágio superior será o resultado oriundo da negação da negação. Porém, eles continuarão lutando  em sua natureza para conservar o princípio do elemento original, que não se desfaz.  O resultado dessa negação, não será uma mutação, mas uma evolução. Pois se trata da união das negações e não do seu contrário. O que mudará será a sua função e valor de uso na natureza, e apenas pela natureza enquanto exterior.

Um exemplo simples poderá elucidar esse mistério. Consideremos dois elementos resilientes: O barro, quer  seja o resultado oriundo do caos que gerou o elemento A. E a água, o resultado que gerou o elemento B,enquanto também elemento. O movimento dialético dessa união será a negação subjetiva desses dois elementos, de naturezas relativas diferentes; e dará enquanto resultado, a Argila, ou o produto C. A sua função e sua importância na natureza, agora, será diferenciada do elemento A e B, mediante a realização do seu valor enquanto necessidade substantiva; no caso, como já citamos, da própria natureza exterior.

Enquanto ainda na forma de elementos, A e B se diferem em sua natureza e grandeza de valor pela posição contrária, que exercem na natureza. Lutam dentro de si em busca de uma autor realização; porém só conseguem se realizar no momento de sua própria negação. Neste norte, eles não podem ser iguais em função natural, pela natureza diferente, e papeis exercidos. Ambos possuem sua importância enquanto elementos na formação uniforme do produto, para beneficio do funcionamento sistêmico.

 É preciso compreender a perfeição dessa lei natural de relação entre os elementos, partindo da negação para encontrar a realização; a fim de não incorrermos em erros de avaliação, e corrupção dos nossos instintos; ou engendrarmos por vias vicinais, quando do estudo  das leis mais complexas futuras; da união dos produtos e objetos, manipulados pela natureza, enquanto inorgânica.   

Podemos agora imaginar que os elementos A e B se tornaram iguais por terem feito a autocrítica, se negado e produzido o produto C. Nosso raciocínio em nível de abstração ainda não está completo. Pois A só pode ser igual em relação a si mesmo, e ainda enquanto A, relativo. Pois A, é o resultado objetivo qualitativo de sua própria negação, enquanto união de sua fração, -A. Ou seja, ele é o elemento segundo, negado pela fração do elemento primeiro.  Bem como B. para que A se torne igual a B, ele precisa ser contrário de si mesmo, tornando-se -A, ou seja, negando a sua negação; o que o levaria a anular a sua própria natureza. O antagonismo entre A e B, só podem ser dirimidos a partir da primeira negação, pois a segunda os anulariam entre si. Porém, mesmo dirimindo os antagonismos, e apenas se negando,  não os tornam iguais, apenas se completaram de forma relativa, para a formação do produto. Eles ainda permanecem diferentes. Este ponto obscuro ficará para os futuros pensadores.

A igualdade só pode existir enquanto relativa.
Agora surge uma pergunta: Qual dos dois elementos A e B contribuíram mais, para a formação do produto C? Qual dos dois possui mais direito nesta formação? Seria até interessante desvendar esse novo enigma. Porém entendemos que seria uma via vicinal para atingir o nosso norte, e sua descoberta ou não, pouco faria diferença em nosso objetivo maior. Seria um investimento desnecessário. Teríamos que entender com clareza maior, sobre a relação entre o forte e o fraco, o que poderemos fazer mais adiante já em uma forma mais avançada enquanto no estudo do objeto, e não do elemento e do produto. O resultado almejado não sofrerá alteração até porque, Marx já descobriu essa lei de relação, na economia política, que nos serve de lei geral. “A lei do mais forte também constitui um direito, e que é esse direito que sobrevive. Com outra forma naquilo que chamam estado de direito.” (critica à economia política pg. 4)

Agora que entendemos a lei da negação, para resultar na construção da formação, mediante igualdade relativa, poderemos seguir adiante com a nossa pesquisa no TOMO III. 

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