A limpesa Étnica de Classe |
O ODIOSO CARÁTER DE CLASSE
A crise moral sistêmica que permeia o primeiro mundo, se estende de forma galopante para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Ela se torna moral pelo fato de estar inserida em sua natureza, contradições dos princípios burgueses de desenvolvimento humano. A teoria ainda não conseguiu provar na pratica, que o liberalismo, eleva o nível de qualidade de vida. Os resultados são alarmantes e assustadores, em se tratando de degeneração e desvios de comportamento social.
As consequências visíveis nos grandes centro urbanos, tem levado o governo burguês reacionário a intensificar a limpeza étnica de classe, já que a paisagem urbana choca além da classe dominante, pouco acostumada com a miséria, o proletariado que dela tenta fugir. O trabalhador enxerga no tenebroso e escuro esgoto social, o medo de um possível futuro seu, ou de seus familiares.
Ciente desse temor, a imprensa se aproveita para firmar posição, não apenas como alidada das classes dominantes, mas também se aproveita do sentimento de terror que paira no senso comum do seio social. O poder da comunicação leva a inverter o caráter humanista do pensamento. Conduz a uma aceitação do inaceitável, apenas por falta de mecanismos de defesa por parte dos aceitantes. Ver jovens e adultos doentes serem arrastados pelas ruas como animais sem vontade própria, parece já ser algo comum, e pouco comovente. Corriqueiro, apesar de anti-democrático ferindo o livre direito, e desumano.
As garras do estado se mostram afiadas sempre que um evento de porte internacional se aproxima. No caso deste, a copa do mundo de dois mil e quatorze. A direita reacionária e a esquerda passiva, querem de fato limpar as ruas para que o primeiro mundo as veja como irmãs legitima de classe. Para que não sinta nojo de sua casa, e espera ser servida em uma visita reciproca, com uma taça de Romanée-Conti.
As elites através de seus gerentes políticos, segrega os excluídos, e mostram seu verdadeiro caráter de classe. Depois de ter consolidado o poder com os sucessivos governos, a classe dominante e conservadoras, conseguiram nas grandes capitais do pais, maquiar o triste quadro de degeneração humana. Homens, mulheres e crianças, que o pai do capitalismo, Adam Smith chamou de exército de reserva. Esta parcela de trabalhadores, ao se degenerar com as contradições da produção, se tornam o que Karl Marx chamou de lupem proletário. Primeiro foram os camelos, esse grande exercito de profissionais, subjugado sob a mira das armas. Eles foram expulsos de seu meio de trabalho e jogados em grande parte no golfo da miséria sócio emocional. Acabaram tornando-se pate do lupem. Os dependentes de drogas que formam um câncer, produto do capitalismo, do estado repressivo e segregador, da exclusão, agora são perseguidos e jogados em masmorras sociais. De onde fugirão na primeira oportunidade. O que temos visto recentemente pelos suportes de comunicação de massa, são apenas o princípio das dores, do que o estado democrático burguês tem reservado para o exército de reserva do proletariado, em se tratando de fascismo.
Filósofo Slavoj Zizek.O retorno ao comunismo como salvação humana |
Slavoj Zizek, filosofo contemporâneo, em sua visão de mundo, afirma: "O sistema capitalista global aproxima-se de um ponto zero apocalíptico. Seus “quatro cavaleiros do Apocalipse” são a crise ecológica, as consequências da revolução biogenética, os desequilíbrios do próprio sistema (problemas de propriedade intelectual, a luta vindoura por matéria-prima, comida e água) e o crescimento explosivo de divisões e exclusões social". Em sua saga pelo mundo, prega o retorno ao comunismo. Ele afirma que é a única forma de se dirimir as diferenças e salvar a humanidade. No entanto, ele não deixa claro a estrada a seguir, em detrimento de Karl Marx. Como o filosofo não aponta uma teoria concreta e apenas conjectura um modelo de sociedade. O velho Marx e suas teorias revolucionarias, e a ditadura do proletariado, ainda parecem ser a mais objetiva prática em sua forma, de libertar o trabalhador do longo ciclo de escravidão humana.
Eu respeito a obra de Zizek enquanto pensamento, mas a rejeito enquanto princípio. Pois a dialética histórica tem provado que a único método em que a burguesia reacionária se sujeita para romper com o sistema de exploração humana, é a tomada violenta do poder.
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