Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

sábado, 12 de março de 2011

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A falácia da pequena burguesia
A FARSA DO MOVIMENTO PEQUENO BURGUÊS

  Creio que muitos de nós conhecemos a história do dia internacional da mulher, comemorado em 8 de Março. O protesto de 1857 em Nova York, a  repressão desmedida do estado, o incêndio na fabrica que matou cerca de 130 operarias. Este fato histórico marcou o início de uma reflexão que perdura até hoje, e é comemorada por todo o mundo.
   Eu não gostaria  de abordar fatos históricos, mas a natureza espiritual da luta pelo fato. De lá pra cá muita coisa mudou. Pelo menos no papel. Leis de proteção e igualdade à mulher foram criadas. As mulheres já contribuem quase que com a metade da produção mundial de bens para a sobrevivência humana. Se ganham mais, se ganham menos, ou igual, é outra discussão.
  O problema universal da luta pela "liberdade da mulher", é que ela se dá enquanto luta pura e simplesmente ideológica, nos círculos parlamentares da democracia burguesa. Quando chega as ruas, já vem orientada pelos altos interesses obscurantistas da burocracia, e com limites. E por que? creio que pelo simples fato de ser do interesse da burguesia, que essa discussão seja travada, dentro da mediocridade que se propõe a pequena burguesia, e seus representantes.
   Alguém já se perguntou porque, e de quem a mulher quer ser liberta? Ora, sensacionalismos a parte, dá para se  perceber claramente uma relativa relação de igualdade no dia a dia das famílias, afora os casos isolados. Se de fato a mulher realmente é presa, seria a que, ou a quem? Parece que o conceito de liberdade que essa luta propõe, se inicia já superado. Pois antes de ser presa ao homem, como se propõe a bandeira, a mulher é presa ao sistema.
   Convém lembrar que a dita "liberdade", deve se dá então enquanto ser, e não enquanto gênero, e por esse motivo não serão leis que a promulgarão.
   O processo parece exigir que se percorra uma longa estrada na formação educacional. O que faz pensar a essa pequena burguesia que a mulher será "liberta", enquanto o proletariado estiver acorrentado nas algemas do sistema capitalista burguês? por certo isso não acontecerá. A luta deveria tomar outro norte. Pois a mulher só será liberta quando o proletariado se libertar. Se os senhores da razão, desejam realmente aquilo que propõem, então que olhem para a revolução Russa, de Outubro. Olhem para a revolução cultural chinesa. Esses são exemplos verdadeiros de liberdade feminina.
   Para se ter uma ideia da falácia dessa bandeira, basta olhar para o apoio da burguesia a essa roupagem púrpura adornada de brilhante. Qual foi o momento histórico em que a burguesia apoiou uma luta de libertação? Ora, a natureza burguesa é cativadora, aprisonista, e não libertaria. Devemos ter o mínimo de senso critico para entender porque, essa fração antagônica da sociedade humana, apoia esse bandeira. E olhar com desconfiança.
   Bom, parece que temos um enigma a ser desvendado. Aonde eles querem chegar?  A euforia liberalista que os resultados produzem, parecem que  rendem lucros financeiros, a uma parcela da média e pequena burguesia, através de suas ONGS, que basicamente comandam a luta, juntamente com alguns partidos da esquerda. Isso acontece aos olhos da esquerda revolucionária, que iludida, segue a reboque no mar de ironias.
   Não se vê em nenhum discurso, a relação da liberdade da mulher, ao da mudança do sistema. Libertar do que? e pra que? se a verdadeira prisão está no modelo da democracia capitalista burguesa. (como já citei)
   Todo ano o blábláblá é um só. "Avançamos muito, mas precisamos avançar ainda mais!". Mentira! basta ver as estatísticas da própria burguesia. A cada ano a "violência contra a mulher" aumenta ainda mais, a despeito das leis e da repressão desmedida, a muitos homens inocentes que são na verdade vitimas da cultura, ironicamente formada pela mesma classe que agora os condena.
Ora, dizem que a liberdade da mulher também passa pela liberdade financeira, mas os libertadores aprovam um salário mínimo de quinhentos e quarenta e cinco reais, enquanto seria necessário dois mil e duzentos reais. Abrem o berreiro dizendo que as mulheres ganham menos que os homens. Eu particularmente tenho observado a grande massa trabalhadora em um nível igual de salário versos função, seja no comércio, ou no funcionalismo público. Gostaria que me dissessem onde se encontra essa monstruosa disparidade. O número de mulheres que compram carro zero, aumenta a cada ano, e em proporção maior que a dos homens. Mas, ainda assim, o discurso precisa continuar porque há interesses a serem atendidos, e pequenos burgueses a serem mantidos com gordos salários. Quanto a massa ansiosa por mudanças, e sem uma orientação revolucionária de fato, segue a onda dos protestos em um belo espetáculo politico.
Libertar a fúria revolucionária da mulher
    De uma coisa podemos ter certeza,  não  será nenhuma ONG, ou lei no congresso burguês. que dará a mulher a suposta liberdade pleiteada. A mulher precisa ser livre, sim. Dos dogmas sectários que  a burguesia  lhe impôs ao longo dos séculos. E só um movimento revolucionário sem revolucionarismo ou democratismo, será capaz de fazê-lo, derrubando o sistema capitalista burguês e libertando o proletariado. Só então, a mulher conhecerá a verdadeira liberdade. E isso se fará também, libertando sua fúria revolucionária, com o fuzil da liberdade em punho. De resto, é só blábláblá

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