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FESTA POPULAR OU BURGUESA?
Não se pode negar o fato, de que o Carnaval é a festa brasileira de maior mobilização nacional. Proletários e Burgueses se unem em um único objetivo, festejar . Mas, também seria uma arrogância afirmar que é uma tipicamente festa popular.
O Carnaval é de fato uma industria, e das maiores do pais. E de passagem, uma das mais lucrativas. Obviamente não estou falando das comemorações de bairros nos interiores dos estados, onde a participação de crianças e jovens em atividades sadias se faz presente a todo momento, mantendo brincadeiras sadias. Eu me refiro na crítica, ao Carnaval das grandes capitais e diga-se de passagem Rio e São Paulo, não esquecendo Salvador e Recife.
No caso especial do Rio de Janeiro, onde o Estado, a Igreja, os Empresários, o Tráfico de drogas, as Milícias, e os Bicheiro financiam e controlam as atividades festivas, o Carnaval passa a ser uma festa tipicamente burguesa.
O exemplo claro da relação burguesia e Carnaval, foi a vitória da escola de samba Beija Flor de Nilópolis onde o presidente, um bicheiro muito conhecido da sociedade carioca, e ameaçou os jurados com sua temida presença. A escola, mesmo sem merecer teve dez em todos os quesitos - nenhum jurado ousou dar notas abaixo de dez -. Esse complicador não inibiu a participação de uma figura de nível nacional, Roberto Carlos. Que aliás foi o homenageado juntamente com Jesus Cristo. Bem como a participação da Igreja e da Rede Globo de Televisão. Essa relação promiscua, se faz presente descaradamente quando há interesses financeiros em jogo, dai,a moral fica de lado, e todo o discurso de pureza e não associação com a contravenção torna-se retórica. Convém lembrar também a relação do artista com a ditadura militar, a tortura e o apoio ao AI5 (ato institucional nº5). Os Sambas não possuem um caráter popular, e sim de classe. A exemplo do Agronegócio,que comprou da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, o direito de colocar na avenida, os ideais ideológicos da burguesia latifundiária. A reacionária Senadora Kátia Abreu, pagou dois milhões e seiscentos mil para impor o enredo A parábola do divino semeador. No enredo vemos a expressão: O que eu plantei, o mundo colheu. De uma coisa podemos ter certeza, a Senadora e sua burguesia, não plantam nada, apenas colhem do suor do trabalhador do campo, os frutos da terra.
O exemplo claro da relação burguesia e Carnaval, foi a vitória da escola de samba Beija Flor de Nilópolis onde o presidente, um bicheiro muito conhecido da sociedade carioca, e ameaçou os jurados com sua temida presença. A escola, mesmo sem merecer teve dez em todos os quesitos - nenhum jurado ousou dar notas abaixo de dez -. Esse complicador não inibiu a participação de uma figura de nível nacional, Roberto Carlos. Que aliás foi o homenageado juntamente com Jesus Cristo. Bem como a participação da Igreja e da Rede Globo de Televisão. Essa relação promiscua, se faz presente descaradamente quando há interesses financeiros em jogo, dai,a moral fica de lado, e todo o discurso de pureza e não associação com a contravenção torna-se retórica. Convém lembrar também a relação do artista com a ditadura militar, a tortura e o apoio ao AI5 (ato institucional nº5). Os Sambas não possuem um caráter popular, e sim de classe. A exemplo do Agronegócio,que comprou da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, o direito de colocar na avenida, os ideais ideológicos da burguesia latifundiária. A reacionária Senadora Kátia Abreu, pagou dois milhões e seiscentos mil para impor o enredo A parábola do divino semeador. No enredo vemos a expressão: O que eu plantei, o mundo colheu. De uma coisa podemos ter certeza, a Senadora e sua burguesia, não plantam nada, apenas colhem do suor do trabalhador do campo, os frutos da terra.
Por tudo isso e muito mais, esta festa não pode ser considerada popular, e sim burguesa. A despeito da participação da massa proletária, que oferece sua contribuição apenas na confecção dos eventos e a condução dos carros alegóricos, que lembram mais um horda de escravos empurrando as pedras de faraó. No mais, alguns aproveitam o período de descanso, para comprar para si mesmo, a ilusão de uma liberdade. Ilusão essa que é vendida a preço mito alto, e pago com o suor do trabalhador saído dos cofres públicos. Durante as festividades, um forte aparato policial e médico é mobilizado, onde o estado encontra funcionário a disposição, que faltam no dia a dia. Talvez seja porque esteja presente um número considerável de personalidades burguesas. O aparato, apesar de ser propagandeado que é para manter a ordem, é na verdade para conter as massas e proteger as elites presentes, que no fundo temem aqueles que nada tem a perder.
Ambulâncias de hospitais, particulares e até o corpo de bombeiros se fazem presentes. No entanto, quando um morador de rua teve sua perna estrangulada por um veículo oficial, que subiu a calçada do portão principal da central do Brasil, no último dia 12, nem o SAMU e nem o corpo de bombeiros tiveram viaturas para socorre-lo. O homem ficou agonizando no chão, e esta aleijado até hoje.
Fala-se que durante o carnaval todos são iguais.Ricos e pobres e que a festa é para as massas. consideremos então: Seria de fato democrática se todos pudessem ter participação igual. No entanto, na hora de repartir os espaços, a coisa fica diferente. O trabalhador não tem capital para comprar um lugar nos camarotes que são vendidos às empresas e doados ou vendidos para os burgueses poderem assistir a festa confortavelmente. A festa tornou-se dessa forma exclusivista.
Com o intuito de gerar gordos lucros, as propagadas incentivam a promiscuidade sexual, que é confundida nessa época com liberdade sexual. O uso de bebidas alcoólicas é por demais incentivado. As cervejarias são daquelas instituições financeiras que só vêem felicidade a sua volta. O proletário que é incentivado a gastar suas economias, só tem a se lamentar quando a euforia passa.
O dinheiro e a liberdade |
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