Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 20 de junho de 2010

UM CAMARADA CHAMADO SARAMAGO

José de Sousa Saramago, faleceu no dia 18 de Junho, em sua casa de Lanzarote, aos 87 anos, por causa de leucemia cronica. José Saramago, foi reconhecido com o primeiro Prêmio Nobel em 1998. Romancista e poeta português. Teve de abandonar o ensino secundário, ao terminar o primeiro segmento, por falta de meios econômicos de seus pais. Saramago trabalhou em ofícios como os de serralheiro, mecânico, editor e jornalista. Foi diretor adjunto do "Diário de Notícias" de Lisboa. Filiou-se ao Partido Comunista Português. Recebeu o Nobel de literatura em 1988.
Suas publicações
"Que farei com este livro?" (1980), o relato "Levantado do chão" (1980 - Prêmio Cidade de Lisboa) e o livro de viagens "Viagem a Portugal" (1981). "Memorial do convento", que lhe valeu o Prêmio do Pen Club Português. "Jangada de pedra" (1986), levada ao cinema, em 2002, pelo diretor holandês George Sluizer e protagonizado por Federico Luppi, Icíar Bollaín e Gabino Diego; a peça teatral "A segunda vida de Francisco de Assis» (1987); e "História do Cerco de Lisboa" (1989). Em 1991, "O evangelho segundo Jesus Cristo", muito criticado pelo Vaticano e objeto de um polêmico veto em 1992, que o retirou da lista de candidatos ao Prêmio Literário Europeu. "Uma terra chamada Alentejo". "A caverna" (2000); "O homem duplicado" (2002); "As intermitências da morte" (2005); "As pequenas memórias" (2006); "A viagem do elefante" (2008); e "Caim" (2009), o último romance desse grande escritor.Mudou-se para a Espanha em 1993, (ilhas canárias) acompanhado por sua segunda mulher, a jornalista espanhola Pilar del Río, tradutora do escritor.
Ateísta e liberalista, foi membro do partido comunista português. Forte critico do sionismo, sofreu perseguição por parte do mossad (serviço secreto de Israel). Não se intimidou e continuou sua trajetória de revolucionário. Saramago disse que os Judeus não aprenderam com seus sofrimentos, e e o repetem na forma de holocausto na Palestina. "É a mesma coisa, ainda que levemos em conta as diferenças de espaço e tempo". "É preciso tocar todos os sinos do mundo para dizer que o que está ocorrendo na Palestina é um crime que podemos impedir". Encantou o mundo com sua geniosidade. Sua maneira de organizar as ideias se revelam polêmicas. Dentre os filhos maiores da humanidade, pode-se destacar Saramago. Stalinista de carteirinha, defendeu a extinta URSS e o comunismo. Criticou as lágrimas pela destruição das torres gêmeas. Um homem sensato como todo bom marxista. Cometeu um erro ao romper com cuba de forma emotiva, após o julgamento de 75 criminosos pela violação da constituição do pais. "De agora em diante Cuba segue seu caminho, eu fico aqui. Cuba perdeu minha confiança e fraudou minhas ilusões". Logo depois, reatou: "Não rompi com Cuba. Continuo sendo um amigo de Cuba, mas me reservo o direito de dizer o que penso, e dizer quando entendo que devo dizê-lo". Enfim, Saramago foi um soldado de linha de frente. O pensamento libertário perdeu um defensor. O mudo ficou mais vazio, a revolução entristecida.
"Os que morrem pela vida não podem chamar-se mortos."

Um comentário:

  1. A obra de Saramago continua como espada no pescoço do imperialismo,nos cabe divulga-la,é o mínimo por nossa luta e pela sua bela e coerente tragetória de vida.

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