José de Sousa Saramago, faleceu no dia 18 de Junho, em sua casa de Lanzarote, aos 87 anos, por causa de leucemia cronica. José Saramago, foi reconhecido com o primeiro Prêmio Nobel em 1998. Romancista e poeta português. Teve de abandonar o ensino secundário, ao terminar o primeiro segmento, por falta de meios econômicos de seus pais. Saramago trabalhou em ofícios como os de serralheiro, mecânico, editor e jornalista. Foi diretor adjunto do "Diário de Notícias" de Lisboa. Filiou-se ao Partido Comunista Português. Recebeu o Nobel de literatura em 1988.
Suas publicações
"Que farei com este livro?" (1980), o relato "Levantado do chão" (1980 - Prêmio Cidade de Lisboa) e o livro de viagens "Viagem a Portugal" (1981). "Memorial do convento", que lhe valeu o Prêmio do Pen Club Português. "Jangada de pedra" (1986), levada ao cinema, em 2002, pelo diretor holandês George Sluizer e protagonizado por Federico Luppi, Icíar Bollaín e Gabino Diego; a peça teatral "A segunda vida de Francisco de Assis» (1987); e "História do Cerco de Lisboa" (1989). Em 1991, "O evangelho segundo Jesus Cristo", muito criticado pelo Vaticano e objeto de um polêmico veto em 1992, que o retirou da lista de candidatos ao Prêmio Literário Europeu. "Uma terra chamada Alentejo". "A caverna" (2000); "O homem duplicado" (2002); "As intermitências da morte" (2005); "As pequenas memórias" (2006); "A viagem do elefante" (2008); e "Caim" (2009), o último romance desse grande escritor.Mudou-se para a Espanha em 1993, (ilhas canárias) acompanhado por sua segunda mulher, a jornalista espanhola Pilar del Río, tradutora do escritor.
Ateísta e liberalista, foi membro do partido comunista português. Forte critico do sionismo, sofreu perseguição por parte do mossad (serviço secreto de Israel). Não se intimidou e continuou sua trajetória de revolucionário. Saramago disse que os Judeus não aprenderam com seus sofrimentos, e e o repetem na forma de holocausto na Palestina. "É a mesma coisa, ainda que levemos em conta as diferenças de espaço e tempo". "É preciso tocar todos os sinos do mundo para dizer que o que está ocorrendo na Palestina é um crime que podemos impedir". Encantou o mundo com sua geniosidade. Sua maneira de organizar as ideias se revelam polêmicas. Dentre os filhos maiores da humanidade, pode-se destacar Saramago. Stalinista de carteirinha, defendeu a extinta URSS e o comunismo. Criticou as lágrimas pela destruição das torres gêmeas. Um homem sensato como todo bom marxista. Cometeu um erro ao romper com cuba de forma emotiva, após o julgamento de 75 criminosos pela violação da constituição do pais. "De agora em diante Cuba segue seu caminho, eu fico aqui. Cuba perdeu minha confiança e fraudou minhas ilusões". Logo depois, reatou: "Não rompi com Cuba. Continuo sendo um amigo de Cuba, mas me reservo o direito de dizer o que penso, e dizer quando entendo que devo dizê-lo". Enfim, Saramago foi um soldado de linha de frente. O pensamento libertário perdeu um defensor. O mudo ficou mais vazio, a revolução entristecida.
"Os que morrem pela vida não podem chamar-se mortos."
A obra de Saramago continua como espada no pescoço do imperialismo,nos cabe divulga-la,é o mínimo por nossa luta e pela sua bela e coerente tragetória de vida.
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