É uma ilusão pensar que os Brasileiros são felizes só porque uma estatística internacional, apontou o povo como um dos mais felizes do mundo. Por traz da cortina de felicidade das estatísticas, vive um povo retraído, sofrido, temeroso, e acima de tudo infeliz. Parece que a frase "quem pode manda e obedece quem tem juízo", faz jus ao cotidiano do proletariado, quando em sua relação com o estado, através de seus representantes.
Desde a "democratização", ou o fim do regime comandado pelos militares, em 15 de Janeiro de 1985, o "Estado democrático" já assassinou um milhão de cidadãos, entre 16 e 28 anos. Só no período dos chamados ataques do PCC, o estado Paulista assassinou 600. Tudo foi justificado por serem da periferia. Segundo a ONU, são mortos no Brasil anualmente, cinquenta mil pessoas, vitimadas pela violência.
O governador Sérgio Cabral, do PMDB, sentiu orgulho em afirmar que sua polícia matou oitocentos e cinco cidadãos em 2009. Se analisarmos a natureza dos assassinatos, consideraremos que o princípio da violência parte do estado e seus tentáculos. Tendo no tráfego de drogas, o principal braço da burguesia reacionária, e o aliado oficioso do estado no projeto de exclusão social, e na manutenção do status quo da violência.
Ainda dentro do comportamento reacionário, o Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, também do PMDB, criou o Choque de Ordem: O objetivo é atacar situações que incomodam o dia-a-dia da burguesia carioca e turistas, fazendo uma limpeza étnica classista.
O projeto consiste em parte, perseguir os trabalhadores desempregados (camelô), com ações direta de roubo das mercadorias, e distribuição duvidosa entre instituições de caridades, e entre os próprios guardas municipais (como já provado). Ora, fazer caridade com o patrimônio alheio mim parece uma arrogância.
Penso que essa forma discreta, de sufocamento moral-financeiro contra os trabalhadores, atinge diretamente o ser, sem causar impressão fascista direta, ferindo apenas a sua inorganicidade. Pois, dela parte todo o processo de manutenção e desenvolvimento orgânico. Sem ela, -a estrutura inorgânica- o homem sente-se incapaz de seguir reagindo, toma uma tendência de impotência e abandono relativo, de participação em todo processo, enfraquece, deixando a burguesia reacionária livre para seguir organizado seu próprio espaço e ser, enquanto classe.
O problema das pesquisas de maneira geral, é que elas atendem a um determinado objetivo e intenção. Por isso, antes de aceita-las, prefiro me perguntar: Quem a realizou? A mando de quem? E quais as intenções? A que interesses elas atendem? Só diante dessas respostas é que poderemos saber se realmente devemos considerar o povo brasileiro, realmente feliz, vivendo sob a tutela de um Estado Assassino e reacionário.
No mais, qualquer consideração, é coisa de homens menores.
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