Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 12 de maio de 2013

QUANDO A EMOÇÃO SUPLANTA A RAZÃO

A ausência de um partido de vanguarda torna
o protesto vão.
GREVE E MANIFESTAÇÃO TAMBÉM É EDUCAÇÃO

   Eles não estão errados por lutarem pela melhoria de vida. Em uma sociedade capitalista, que a cada dia exige do individuo uma posição de liberdade mais acentuada, mediante a quantidade de dinheiro que ele seja capaz de ganhar, a manifestação de rua, é a unica forma de luta que resta. O que podemos colocar em questão é: Haverá limites? Se um professor ganhasse vinte mim reais, encerraria com as greves e protestos de rua? A resposta é não! Pelo simples fato de ter alcançado a liberdade substantiva, e não a igualdade social com outras categorias. O que levaria a uma nova modalidade de protestos. Uma nova motivação. A insatisfação social motivada pelo caráter de classe.
    Esta insatisfação de classe, se faz presente hoje em países que alcançaram um nível de desenvolvimento capitalista acentuado, como na Suécia por exemplo, onde não há pobreza. Um homem tem um carro na garagem, mas não se conforma porque o seu vizinho tem três. Essa contradição do sistema capitalista, não pode ser dirimida pelo desenvolvimento ou geração de riqueza, está intrínseca no processo, não de produção, mas de divisão dos bens produzidos.
   Temos dois nortes de análise para a violência estatal  que houve em São Paulo essa semana. O Estado burguês já acumulou bastante experiência na forma de lidar com manifestações e protestos. Ele também sabe, que a capacidade de luta dos profissionais é limitada. Não passa de palavras e uma ou outra ação mais acentuada, que não causa danos a estrutura politica do estado. Ele sabe que a imprensa burguesa vai sempre presar pela ordem institucional, o que ficou claro na declaração da Rede Bandeirantes, quando frisou a ação da repressão policial na Av. Paulista, como sendo uma ação para "acalmar os ânimos" dos professores. Negando de pronto o comportamento violento e repressivo do Estado. De quem é aliada.
    O segundo norte é um sindicalismo fraco. A ausência da força ideológica do passado, se faz sentir em decisões fracas da aristocracia sindical, em sua maioria, dentro de uma linha de pensamento Trotskista. A massa não confia em sua liderança, e os aristocratas sabem disso, e tornam esses momentos de agitação em balcão de negócios, para fins pessoais.
    Podemos ver ainda a ausência de solidariedade de classe entre as categorias. A imprensa faz crer que uma categoria prejudica a outra. Por exemplo, os bancários em greve, prejudicam os professores e os metalúrgicos, e vice e versa. Ora, pregar que uma categoria prejudica a outra, é politica de terrorismo com bandeira fria. Ademais, quando os professores saem as ruas em luta por seus direitos, não estão em nada prejudicando outras categorias, muito menos aos seus alunos. Estão sim, ensinando politica! Os alunos que hoje vivem a expectativa de um futuro prospero após sua juventude, logo irão se deparar com um Estado Burgues  reacionário,  e violento, que também os incriminarão.
    A categoria não está errada. Ela está emotiva e está mal dirigida! Desorientada em sua luta, ela procura em vão enfrentar um aparato burguês bem preparado e com capacidade de dissuasão. Sem um partido revolucionário em sua vanguarda, que entenda os mecanismos de luta, ela será sempre massa de manobra, e verá seus ideias e reivindicações serem vendidas por trinta moedas.
O fim da sociedade de classes será
o fim das greves e repressão.
  Um partido revolucionário, entende que a luta não se dá apenas nas ruas, com paus e pedras. Só um fuzil é capaz de enfrentar outro fuzil. Os policiais se aventuram em sua saga predadora, porque sabem que não haverá reação a altura, estão protegidos pelas armas e autorizados a usa-las quando for necessário. A história está farta desses exemplos. Se a categoria possuísse vinculo a uma vanguarda, o estado saberia ser cauteloso. Entenderia que por traz das massas reivindicatórias, haveria fileiras empunhando fuzil em sua proteção. Por certo iria preferir o dialogo ao confronto. 
    No mais, quando um Estado decide usar a força em detrimento da dialética contra a base do tecido intelectual de seu povo, foi porque ele declarou abertamente, sua natureza reacionária, e sua falência moral.

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