O choro infantil da burguesia |
O PROLETARIADO TAMBÉM!
A imprensa sensacionalista burguesa, deu enfase essa semana, à morte do jovem pequeno burguês, Fernando Abdala. "Aos vinte e nove anos, ele tinha um sonho." Frisou o repórter da burguesia. Ele foi vitima da violência urbana na freguesia do "O" em São Paulo. Os apelos ocupou parte de quase toda a produção jornalistica de diversas emissoras com a apresentação dramática, e legítima, de sua esposa. No mesmo período, em Porto Velho, Rondônia, outra vítima da violência urbana. Um jovem pobre da favela do JK. Samuel Costa Fernandes. Não houve repercussão pela imprensa, e sua mãe não passou em cadeia nacional. Os sonhos do garoto não foram apresentados, nem sua foto foi mostrada incessantemente a fim de promover alguma comoção. Muito menos as autoridades enfatizaram sua dor. O que o Samuel teve direito, diferentemente do Fernando, foi apenas a noticia do seu falecimento, mostrando o caráter de classe da Imprensa reacionária.
Que a violência urbana existe isso é um fato. No entanto, as suas causas, longe de ser a ineficiência da policia ou da justiça, necessitam de uma investigação mais profunda, a fim de se combater a sua origem.
Que os tais crimes passaram a possuir um caráter violento e frio, isso também não se discute. No entanto, também não é discutido a falência moral dos valores, e muito menos do caráter de classe da democracia burguesa. Apenas se apresenta os fatos, porém suas causas e consequências são negadas ao debate social, afim de não contrariar a continuação do processo de domínio da produção. Além de infinitos motivos que se possam apresentar para se explicar a violência urbana, a luta de classes é o mais plausível. Enquanto for negado a uns o direito de ter, ao outro, sempre haverá a possibilidade de ser negado o direito de ser.
A violência como fruto da histórica exploração de classe |
A interpretação do mundo em seu movimento dialético é importante na pesquisa filosófica. No entanto, é essencial que ao descobrir suas causas e efeitos não se limite apenas ao discurso, mas em mudar a conjuntura. Isso exige sacrifícios por parte da burguesia, que não irá se propor a fazê-los. Os soviéticos terão que dar o primeiro passo a essa revolução histórica.
No entanto, enquanto o assalto às riquezas produzidas pelo trabalhador forem direcionadas apenas aos filhos das elites dominantes, enquanto a contradição aumenta, e o antagonismo se acirra entre as classes, que chore a burguesia e seus filhos.
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