Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

UMA MENTE BRILHANTE


Ratzinger
Líder católico
ENTRE  A DESILUSÃO E O SONHO

   No ultimo dia 26 de março, o líder da corporação Católica, Joseph Alois Ratzinger ( bento XVI) visitou Cuba. Antes mesmo de sua chegada à Ilha, dirigiu fortes criticas ao sistema politico socialista escolhido pelo povo cubano, logo após a vitoriosa revolução de 1959 que derrubou o ditador  Fulgêncio Batista, apoiado pelos EUA. 
    Em sua crítica à democracia popular cubana, o dirigente católico utilizou de arrogância ao afirmar, que a ideologia marxista "já não corresponde à realidade" e "deve encontrar novos modelos". Fico a considerar sobre qual realidade Ratzinger se referiu. Se a realidade burguesa a que ele representa ou a realidade proletária das massas oprimidas e escravizadas pelo trabalho assalariado. Caso ele tenha se referido a sua própria ralidade e a sua classe, eu até concordo, pois a opulência em que vive com seus iguais é antagônica a realidade da segunda. Que vai de pobre à miserável. 
    Quanto a um "novo modelo" citado, soou mais como uma autocritica, o que eu acredito que não foi, pelo menos deliberadamente. Pois a ciência até hoje só encontrou três modelos de sistemas: O Capitalismo com Adam Smith, cuja máxima retórica do liberalismo diz: "O preço das mercadorias devem descer e os salários devem subir". O que não aconteceu durante duzentos e noventa anos de experiência. Pelo contrário, o que desceu foi a qualidade de vida e subiu a desigualdade e miséria em todo mundo. O segundo sistema, o Anarquismo de Proudhon ainda não foi experimentado. Seria a auto-gestão do homem. Sem governo, baseado na livre consciência. E finalmente o Marxismo, que se divide em duas etapas: O Socialismo e o Comunismo. "De cada qual segundo sua capacidade; a cada qual segundo suas necessidades". 
    Convém lembrar que a ilha Cubana ainda não vive a experiência Comunista, é a penas uma sociedade Socialista. Por esse motivo, eu confesso que não entendi a proposta de mudança. Teria sugerido o avanço para o comunismo, ou a volta da escravidão capitalista à ilha? fico a pensar porque os Cubanos abririam mão do seu desenvolvimento social, e liberdade conquistada a preço de sangue, para retornar a uma experiência fracassada no pais. Seria desejo do dirigente católico o retorno da fome e miséria como no passado? da prostituição generalizada? do analfabetismo em massa? não creio que esse seja um desejo cristão professado pela dita autoridade religiosa. Prefiro pensar que foi um equivoco em sua dialética.
    Joseph Alois Ratzinger  é um homem muito inteligente. Fala seis idiomas enquanto eu mal falo o português. Ele tem formação acadêmica e uma visão de mundo peculiar a função que exerce. Alguns o acusam de Nazista, mas hoje eu prefiro pensar que ele de fato serviu ao exercito de Hitler por ter sido forçado ainda jovem. Acredito que essa não seja sua ideologia. No entanto, ele sabe que não é um santo homem como milhões de fieis imaginam que seja. Ele sabe também que não representa nenhuma divindade mitológica, e que sua função no mundo, hoje, é a mesma dos seus antecessores: Manter a corporação católica no poder e ampliar o domínio da consciência humana, através do medo e da boa fé dos alienados. Por essas e outras, é que ele luta pela derrubada da democracia e liberdade conquistada por cuba e outros povos. Para destruir de vez "um fantasma que ronda não apenas a Europa, mas o mundo. O fantasma do Comunismo". Fantasma esse que ameaça o seu poder, de sua corporação religiosa, e de seus pares.
Karl Marx
Teórico comunista
   São duas mentes brilhantes: Ratzinger e Karl Marx. A diferença entre as duas é que uma representa o velho e ultrapassado, o idealismo capitalista que defende a exploração humana e o escravagismo assalariado. A segunda,  a ciência socialista que desvenda a realidade objetiva do ser, juntamente com o materialismo que o cerca, e o liberta da dependência metafisica do primeiro. As duas mentes, brilhantes, antagônicas, lutam e disputam a consciência entre si. Mas o curso natural da dialética , mostra que em determinado momento do processo, o velho é vencido pelo novo. Como uma folha sem vida que despenca da arvore para dar lugar a uma nova, robusta e viçosas. Espero sinceramente que a mudança sugerida tenha sido para o novo, pois se foi para o retorno do velho, amargaremos um  filme já rodado pela historia, a renovação do movimento dialética do capitalismo. Morrendo os desiludidos e nascendo novos sonhadores. 

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