O ÚLTIMO ALENTO
I
Como fugir do histórico compromisso de negar o fato?
Se hei de viver aos poucos morrendo, melhor será que de uma vez, morra lutando.
Como homem livre por traz dos muros da prisão!
II
Oh! existência louca.
De uma razão torpe, inodora, mas sem medo...
III
Não quero viver por viver, como fazem os homens menores.
Não quero viver por viver, como fazem os homens menores.
Quero sentir na carne a dor da história,
Quero ver sangrar em sonhos, a aurora plácida do novo mundo.
IV
Oh! filhos da sombra. Obscurantistas! Quem vos outorgou o poder?
Oh! filhos da sombra. Obscurantistas! Quem vos outorgou o poder?
Por acaso fora o santo sacerdócio?
Saibam que o bico do meu fuzil, calará vossa torpe e insolente arrogância!
V
Pois não quero como presente da vossa tirania, servir a Deus e a vossa Justiça.
Pois não quero como presente da vossa tirania, servir a Deus e a vossa Justiça.
Antes a morte!.
E nós que haveremos de morrer pela vida, não devemos ser chamadas de mortos.
Mas os que vivem da morte fugindo, mortos para a vida já estão.
VI
Se vejo cabisbaixo andando a passos lentos....com medo...
A força motora que a riqueza produz...O Proletário!
Por outro, olho de queixo audaz, quem dela usufrui...A Burguesia!
VII
Por isso, não mim convides amigo meu,
Para do banquete a que te foi servido -mediocre - desfrutar.
Pois com o fruto da tirania, não quero minha alma alentar!
VIII
E se um dia mordaz, a bala da injustiça meu peito atravessar,
Verás sorrindo meu corpo moribundo, sob a terra descansar!
Abraçando na história, a glória reluzente do seu altar.
IX
Se mim permites em uma palavra, a minha existência definir então,
Seria o amor. à Revolução!
Rio de Janeiro, 02 de Março de 2011
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