Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DEUS A IGREJA E O ESTADO

Tragédia anunciada
A TRAGÉDIA DE PETRÓPOLIS

  A relação entre entre esta trindade não é de hoje. Ao longo da formação da sociedade humana, a burguesia criou um Deus, que criou a Igreja, que santificou o Estado. Essa forma relativa de poder foi responsável pelo atraso tecnológico e sub desenvolvimento, sócio, econômico e intelectual das massas proletárias.
    Para se ter uma ideia do poder dessa relação, a mandatária do país, conserva em seu gabinete uma Bíblia "sagrada". Em troca, as igrejas, diferente do trabalhador, não precisam participar do sistema tributário, Para isso, ela, a Igreja, que possui "autoridade divina", manipula e amedronta a consciência do trabalhador fazendo-o crer que a sua situação de miserabilidade não e culpa do sistema ou da burguesia, mas de sua própria incapacidade, e de que Deus se compraz na submissão do homem ao estado, que é por sua natureza "Divino". Em troca, ele receberá as bênçãos na outra vida. Ela cria uma concepção de caráter afirmativo de submissão. Dessa forma, o proletário passa a crer que sua condição é a vontade de Deus.
   Essa relação promiscua, tem levado ao proletariado a suportar os mais diversos sofrimentos ao longo de sua existência. a mais recente foi a tragédia registrada na região serrana do Rio de Janeiro. Construções sem  devida regulamentação por parte dos profissionais do estado, pelo simples motivo de que o mesmo não possuir estrutura para dar assistência técnica a todos. Crescimento desordenado das cidades, falta de condições financeiras para a maioria dos trabalhadores, o que leva a construir de forma inadequada. Improbidade administrativa do poder público municipal e desvio de verbas para infraestrutura, levaram a catástrofe registrada. A despeito, lógico, do evento natural da tromba d'Água.
    Cinco cidades atingidas: Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro, São José do Rio Preto. Centenas de mortos e milhares de desabrigados.
    Nesse momento a Igreja entra em ação. De um lado procura consolar as almas que sofrem. Do outro coloca o fato ocorrido na estranha vontade divina. Só não culpa o seu eterno aliado, o Estado. Esse por sua vez procura enaltecer o papel da igreja e pedir a compreensão de todo o coletivo social. Homens e mulheres de sinceras intenções, se mobilizam como que um sentimento socialista, de ajuda mútua, que a própria Igreja e o Estado negam, como princípio inerente do ser. No final das contas, os mortos serão enterrados, os vivos consolados, e o novo e vicioso ciclo de poder e domínio se repetirá.
Deus é mera criação do Estado
   Ora, se a divina trindade, Deus, a Igreja e o Estado, não puderam evitar a  tal tragédia, para que eles servem? Será que na verdade a culpa foi de um querubim safado que roubou as chaves de são Pedro enquanto esse dormia e abriu as comportas, despejando toda a água de una só vez? Só pra ficar sorrindo la de cima? Ou onde estava Deus diante de tal tragédia que com todo o seu poder não estendeu sua mão poderosa e reteve a catástrofe? parece que a autoridade divina está em questão. Opa, se a autoridade de Deus pode ser questionada, então temos que repensar  a autoridade de seus representantes, a Igreja. E por tabela, a autoridade do estado.
    Por outra hipótese, o todo poderoso pode em um momento de insanidade ter estado sentado em seu divino trono de ouro maciço rodeado de anjos enquanto observava a tragédia de sua obra inacabada e imperfeita. Se for assim, Então cabe a nós, trabalhadores, corrigir os erros divinos e construir uma nova sociedade proletária. Mais eficiente e menos dependente dos conselhos celestiais e de seus representantes, como o Estado e a Igreja. E que Deus me perdoe mas não vamos nem mesmo convida-lo para a construção da nova epopeia humana.




Nenhum comentário:

Postar um comentário