Satanás, mito criado pela igreja. |
ENTRE A CRUZ E A ESPADA
A Igreja é sem dúvida o maior aliado do Estado Burguês. Cabe a ela, como um micro estado, e tendo a religião como fundamento, disputar a consciência do proletariado contra a revolução. Ela inibe a evolução intelectual do trabalhador o induzindo à mesmice, ao obscurantismo e ao conformismo. É preciso respeitar e aprender a lidar com essa instituição. Ela cria mitos, molda culturas, insere na força vital do proletário uma falsa esperança de um novo porvir. Dentre os mitos criados, nenhum se compara aos do Nordeste. Por coincidência ou não, é uma das regiões mais pobres do Pais, e com um alto índice de analfabetismo.
Além do grande temor que aquela região tem de Satanás, uma outra figura -além do Estado-, aterroriza a vida do trabalhador. É Cuscuz, Um cão que tem no inferno! Reza o mito que ele é pior do que o próprio Satanás, que sua maldade com as almas condenadas vai além da imaginação, Por esse motivo é aconselhável a se pegar com um santo muito forte, para que haja algum tipo de negociação no pós vida, caso o infeliz tenha como destino o inferno. Existe alguns extremos. Quando o moribundo está próximo da extrema unção e se tem a certeza de que o seu destino não será o céu, pela vida de devaneios que levou, se acende uma vela preta, no intuito de agradar a Satanás para que o infeliz não caia nas mãos de Cuscuz. É uma ironia para o trabalhador. Além de sofrer em vida com o descaso do poder constituído pela burguesia, ter que escolher o seu torturador no pós vida.
No dia sete de outubro, ainda em vida, o trabalhador Porto-velhense também terá que fazer uma difícil escolha, entre Lindomar Garçom (PVH), e Mauro Nazif (PSB), como seus tutores. Se vão acender uma vela preta ou contar com a sorte, é escolha e cada um.
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