E a fonte sonora e fria rolava levando a flor |
O CONFLITO
INTER-CLASSE
Eu estava hoje considerando os rumos do conflito interno, vivido pela burguesia brasileira no caso Carlos Augusto Ramos. o Carlinhos Cachoeira. Esse conflito dentro da classe dominante, se dá única e exclusivamente, por não conseguir atender a todas as variantes, e seguimentos interessados na acumulação de capital, oriundo da riqueza produzida pelo proletariado, cuja detenção e poder é o estado democrático burgues.
O conflito de interesses, vai desde pequenos empresários, passando pelas politicas regionais chegando até aos ministérios, levando a reboque também, o poder judiciário. É curioso ver os homens honrados do passado envolvidos em relações promiscuas no presente. Eles foram juízes da boa conduta, como o governador de Minas Gerais Aécio Neves, cotado um dia, até mesmo como presidente da República. Ver o próprio Ex-presidente Lula visitando altos escalões do Poder Judiciário para tentar "contornar a situação", ver homens como Roberto Gurgel, agora Procurador da Republica tentando fazer vistas grossa para evitar maiores traumas, à fração da burguesia que se vê em apuros.
O mais curioso de tudo, é ver que a fração burguesa não beneficiada com o propinauto de hoje, é quem move montanhas para condenar os condenáveis. Por certo ela será réu em outros processos amanhã, movido pelos que serão excluídos das oportunidades futuras, hoje. Eles os que se arvoram juízes da boa conduta, ética e moral, com certeza estarão amanhã no banco dos réus, seja, Lord, Juiz, Empresario ou Plebeu. Assim de uma forma elíptica, segue a dialética histórica da formação, e constituição da sociedade de classes.
Buscando uma natureza mais pura para meus próprios pensamentos, comprometidos demais com com diversos conflitos, relembrei Vicente de Carvalho na época da educação infantil, quando tínhamos que decorar versos e poesias, bem como pintar quadrinhos em tela.
A FLOR E A FONTE
"Deixa-me, fonte!" Dizia a flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria, Cantava, levando a flor.
"Deixa-me, deixa-me, fonte!" Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte... Não me leves para o mar".
E a fonte, rápida e fria, com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria, corria levando a flor.
"Ai, balanços do meu galho, balanços do berço meu;
Ai, claras gotas de orvalho caídas do azul do céu!"...
Chorava a flor, e gemia, branca, branca de terror,
E a fonte, sonora e fria, rolava levando a flor.
"Adeus, sombra das ramadas, cantigas do rouxinol;
Ai, festa das madrugadas, doçuras do pôr do sol;
Carícia das brisas leves que abrem rasgões de luar...
Fonte, fonte, não me leves, não me leves para o mar!"...
As correntezas da vida e os restos do meu amor
Resvalam numa descida como a da fonte e da flor...
Prometheus acorrentado por Vulcano |
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