Escolhemos o caminho da luta ao da conciliação (vladimir llyitch uliánov lenin)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A UNIR O REITOR E O MEPR

O CARÁTER PEQUENO BURGUÊS DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA

O Corrupto Ex-Reitor da UNIR 
José Januário
    Com a subida ao poder da Primeira Ministra Britânica Margaret Thatcher em 1979, se viu a ascensão do Neo-liberalismo em todo mundo, e o declínio dos regimes Socialistas, juntamente com o sonho de uma sociedade de novo tipo. As célebre palavras da Dama de Ferro: "A ganância é um bem". Deixaram claro a natureza e caráter reacionário do novo sistema que ressurgia. A   menina dos olhos do capital inserido nele, seria de fato a Globalização; diferente do que pretendia o Socialismo, que era a internacionalização das economias, permitindo aos países pobres um avanço comum mais justo.
     Com as novas exigências desse pensamento mundial, caia por terra o caráter de instituições que resistiam ao tempo. Como por exemplo, a natureza do pesamento nas Universidades. Essas instituições de caráter Pequeno Burgues nos Países Capitalistas e de Caráter Proletário nos Países Socialistas, começaram a ser engolidas pela ganância do capital; seguindo a deixa da Dama de Ferro. 
     Nos anos oitenta, popularizou-se no Brasil a ideia de que era preciso entrar para uma universidade afim de melhorar de vida. No entanto havia uma contradição. O governo não possuía vagas suficientes para todos os estudantes nas universidades federais. O vestibular sempre foi uma forma de "seleção natural", ou seja, apenas os filhos da pequena burguesia tinham e tem tempo para estudar, e possui bons colégios, garantindo assim uma vaga na instituição. Do lado do governo, o ensino colegial já não oferecia e não oferecem a preparação adequada. Com esse complicador, o capital não dispunha de mão de obra especializada, e em quantidade para sua expansão.
     Foi então no governo do Neo-liberal Fernando Henrrique, que se iniciou na prática, a popularização do ensino superior, e em maior escala com Dilma Rousseff. Com o capital privado tendo direito a ministrar suas idéias à juventude Brasileira, cada boteco pareceu querer ser uma universidade. Começou o vale tudo. A ideia é ganhar dinheiro com esse novo nicho de mercado. A fabrica de profissionais diplomados com nível superior mas com apenas capacidade técnica se espalhou pelo país. Como se não bastasse criou-se o doutor a longa distância, via internet.  Hoje com dinheiro até se comprar um diploma sem precisar cursar uma universidade. O resultado disso foi trágico. Trinta por cento dos trabalhadores desempregados são de "nível superior". O capital conseguiu com a ajuda da imprensa paga, vender em apenas uma década, a falsa ideia de sucesso e felicidade cursando uma universidade . Vendeu um produto que não entregou ao proletariado.
    Seguindo o principio do vale tudo e da ganância sistêmica, juntamente com a desordem institucional do Estado Burguês Brasileiro, Os Reitores das Universidades Federais não quiseram ficar para traz. Praticamente cem por cento das instituições já foram alvo de denuncias de corrupção. A UNIR em Rondônia, com o seu reacionário Reitor José Januário, não ficou de fora. Homofobia, contratação de funcionários fantasmas, desvio de recursos...foram inúmeras denuncias de irregularidade que veio a público; mostrando a ineficiência do atual sistema e sua natureza fascista, fomentada para essas instituições de ensino.
MEPR - Movimento Estudantil
     Como toda ação exige uma reação, os movimentos revolucionários nas universidades, se proliferaram na medida em que o antagonismo neo-liberal se fez reacionário ao extremo. No caso da UNIR, pudemos observar a luta titânica do MEPR (movimento estudantil popular revolucionário), na derrubada do Reitor. O grande complicador, é que o norte utilizado pelo movimento apontou para um imediatismo. Agora a alternância de poder nos moldes da democracia burguesa se faz presente com cinco candidatos: Maria Cristina, Ene Glória, Berenice Tourinho, Júlio Militão, Júlio Rocha.
   A natureza obscurantista pequeno burguesa dos candidatos, já mostra o norte em que seguirá a UNIR. Como afirmou Mao Tsé-Tung: "a ideologia pequeno-burguesa tem um caráter conservador, a sua influência constitui uma das principais fontes do oportunismo...". O MEPR pecou em sua luta por não ter tido em sua orientação, a mudança do caráter mercantilista para o caráter pensante e pesquisador da universidade. Foi uma luta estudantil, artesanal, cotidiana, de interesse moralista e legalista, ao passo que deveria ter sido uma luta politico-ideológica; pautada não só na derrubada do Reitor corrupto, mas na revolução do pensamento e da consciência. Do aprofundamento da discussão em qualidade moral revolucionária do novo homem. Sem o norte adequado, o movimento já pode se preparar para a derrubada do próximo Reitor, em um ciclo vicioso que não abala o sistema, mas desgasta o espírito dos que auferem a luta.





sábado, 11 de fevereiro de 2012

A CRACOLANDIA A PM E O MP

O LUMPEMPROLETÁRIO E O SISTEMA

Uma questão de saúde pública 
    Com o agravamento das contradições em nossa sociedade, no que diga respeito a divisão da riqueza produzida, pode-se ver o aumento do Lumpemproletário. Ou seja, proletários que perderam sua capacidade de produção e se entregaram ao derrotismo. Que não conseguem mais se entender enquanto ser social e histórico.  Isso não é um fenômeno natural, e sim um produto do desfavorecimento econômico do sistema capitalista.
     Esse Lumpem, se aglomera especialmente nos grandes centros de produção, e a resposta do Estado para eles, que deveria ser de satisfação de suas necessidades substantivas, é a força policial.  O que vimos na chamada Cracolândia, em São Paulo, no mês de janeiro, é um exemplo tipico do estado policialesco burguês.
     O MP, Juristas e Políticos, se apressaram a criticar ação do Estado. Até a Presidente Dilma chamou de "barbárie", a ação do adversário político. Denuncias foram levadas a OEA e a ONU. Mas e dai? Vai ficar por isso mesmo. Depois de exaurida a capacidade de produção desse Lumpem, agora ele gera um novo lucro. Ainda que politico.
     Pesquisas apontaram que mais de oitenta por cento da população aprovaram a ação policial. Ora, em se tratando de Pesquisa e História, precisamos analisar sob a ótica crítica de quem pagou para que fosse realizada ou escrita, e com que intenção. A mesma ótica vale para a imprensa. Quem pagou pela reportagem e com que interesse? A quem beneficia? Desenvolver uma visão critica da microfísica do poder, é na verdade uma desalienação.
Violência humana do Estado Burguês
     A ação na Cracolândia (são paulo), ou no morro do Alemão (rio), não altera a conjuntura. O tráfego, inserido no sistema e com tentáculos dentro do Governo Burguês, não é abalado com ação dessa natureza. É preciso levar em conta que o proletário é apenas uma vítima, e não agente provedor. Vale a pena rever o pensamento de Loic Wacquant: [...]  Desenvolver  o  Estado penal  para  responder  às  desordens suscitadas pela desregulamentação da economia, pela dessocialização do  trabalho  assalariado  e  pela  pauperização  relativa e absoluta  de amplos contingentes do proletariado urbano, aumentando os meios, a amplitude e a  intensidade  da  intervenção do aparelho policial  e judiciário, equivale a (r)estabelecer uma verdadeira ditadura sobre os pobres [...]Wacquant 2001
     Segundo os suportes de comunicação, a sociedade aprecia o estado policialesco. Discutindo esse fato com um amigo ele concluiu que a imprensa representa o pensamento da sociedade. Ele apenas esqueceu de um detalhe: A sociedade não pensa. Ela é apenas o fruto de um pensamento em construção.